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60 anos do golpe: como Estados Unidos apoiaram os militares

Repro­dução: © Arqui­vo Nacional

Pesquisadores apontam que EUA agiram para desestabilizar Goulart


Publicado em 05/04/2024 — 08:01 Por Vitor Abdala — Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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“Espero que você este­ja tão feliz em relação ao Brasil quan­to eu estou”, sug­eriu Thomas Mann, ao tele­fone.

“Eu estou”, respon­deu  Lyn­don  John­son, do out­ro lado da lin­ha.

“Creio que essa seja a coisa mais impor­tante que acon­te­ceu no hem­is­fério em três anos”, desta­cou Mann.

“Espero que eles nos deem algum crédi­to em vez de infer­no”, devolveu John­son.

A con­ver­sa tele­fôni­ca acon­te­ceu no dia 3 de abril de 1964. De um lado da lin­ha esta­va o sub­se­cretário de Esta­do para Assun­tos Inter­amer­i­canos dos Esta­dos Unidos, Thomas Mann. Do out­ro, ninguém menos que o pres­i­dente norte-amer­i­cano, Lyn­don John­son.

O assun­to, como dá para inferir pela data em que ocor­reu a lig­ação, era o golpe civ­il-mil­i­tar que havia ocor­ri­do poucos dias antes, no Brasil. O diál­o­go demon­stra, ao mes­mo tem­po, a sat­is­fação da admin­is­tração norte-amer­i­cana com a der­ruba­da do gov­er­no de João Goulart e a implíci­ta ideia de que os EUA par­tic­i­param do golpe.

Autor de um livro sobre o papel dos EUA na deses­ta­bi­liza­ção do gov­er­no Jan­go, o pro­fes­sor da Uni­ver­si­dade de São Paulo (USP) Felipe Pereira Loureiro lem­bra que, na época, o mun­do vivia a Guer­ra Fria, um embate ide­ológi­co entre o blo­co cap­i­tal­ista, lid­er­a­do pelos norte-amer­i­canos, e o blo­co comu­nista, cap­i­tanea­do pela União Soviéti­ca, hoje extin­ta.

O mod­e­lo soviéti­co tin­ha recen­te­mente fin­ca­do pé na Améri­ca Lati­na, região his­tori­ca­mente influ­en­ci­a­da pelos Esta­dos Unidos, através da rev­olução cubana, em 1959. E os norte-amer­i­canos temi­am a expan­são dos ideais comu­nistas para o resto do con­ti­nente.

O des­ti­no do Brasil, maior país da Améri­ca Lati­na, era, por­tan­to, uma pre­ocu­pação da admin­is­tração norte-amer­i­cana.

“O gov­er­no João Goulart era um gov­er­no que se colo­ca­va como reformista. Mas havia uma dúvi­da den­tro do gov­er­no Kennedy, e isso vai se man­ter no gov­er­no John­son, sobre até que pon­to esse reformis­mo do gov­er­no Goulart pode­ria se trans­for­mar, com o tem­po, em algo mais rad­i­cal, que saísse do con­t­role”, expli­ca Loureiro.

João Goulart havia sido vice-pres­i­dente nos gov­er­nos Jusceli­no Kubitschek e Jânio Quadros e assum­iu a presidên­cia em 1961, depois da renún­cia de Quadros. Ape­sar de ser um empresário do ramo agropecuário, Jan­go não era bem vis­to pela cúpu­la mil­i­tar, dev­i­do a suas lig­ações pas­sadas com Getúlio Var­gas e a suas pro­postas de refor­mas soci­ais.

Goulart prop­un­ha, entre out­ras medi­das, a refor­ma agrária, a sub­or­di­nação de insti­tu­ições finan­ceiras a um Ban­co Cen­tral, a refor­ma trib­utária e a per­mis­são do voto aos anal­fa­betos e mil­itares de baixa patente.

Quadros renun­ciou em 1961, enquan­to Goulart esta­va em viagem ofi­cial ao exte­ri­or. Os min­istros mil­itares não que­ri­am que Jan­go assumisse a presidên­cia, o que ger­ou um impasse e um racha nas Forças Armadas. A solução foi a implan­tação de um regime par­la­men­tarista no Brasil, para que o novo pres­i­dente fos­se aceito.

O his­to­ri­ador norte-amer­i­cano James Green, da Uni­ver­si­dade Brown, coor­de­na o pro­je­to Open­ing the Archives, que bus­ca doc­u­men­tar as relações entre Brasil e EUA entre as décadas de 60 e 80. Segun­do ele, hou­ve um erro de leitu­ra do Depar­ta­men­to de Esta­do amer­i­cano em relação às intenções de Goulart.

O presidente Jango e o embaixador dos Estados Unidos, Lincoln Gordon
Repro­dução: 60 anos do golpe: Jan­go (a dire­i­ta) e o embaix­ador dos Esta­dos Unidos, Lin­coln Gor­don — Foto: Arqui­vo Nacional

“O embaix­ador [dos EUA no Brasil na época] Lin­coln Gor­don chegou em 61, jus­ta­mente na tran­sição de gov­er­no entre Jânio Quadros e João Goulart, com a mis­são de acom­pan­har a situ­ação no Brasil, porque cir­cula­va entre o Depar­ta­men­to de Esta­do e as pes­soas que acom­pan­ham a Améri­ca Lati­na, o grande medo de que o Brasil pode­ria ser a próx­i­ma Cuba, de que pode­ria haver uma rev­olução social­ista que lev­asse ao comu­nis­mo e um gov­er­no con­tra os Esta­dos Unidos”, afir­ma Green.

Havia, den­tro do Depar­ta­men­to de Esta­do norte-amer­i­cano, uma pre­ocu­pação que João Goulart se aprox­i­masse dos comu­nistas e desse um golpe de Esta­do. “Então Lin­coln Gor­don tin­ha a clara indi­cação de evi­tar uma pos­sív­el rev­olução social­ista, uma mudança rad­i­cal no gov­er­no”.

Goulart man­tinha boas relações com Cuba e havia se posi­ciona­do de for­ma con­trária ao embar­go econômi­co ao regime de Fidel Cas­tro. Além dis­so, algu­mas expro­pri­ações de empre­sas amer­i­canas no Brasil desagradaram a Wash­ing­ton.

A tran­scrição de um encon­tro de Gor­don com Kennedy, em jul­ho de 1962, mostra que os EUA já temi­am os rumos que seri­am toma­dos pelo gov­er­no Jan­go e cog­i­tavam reduzir os poderes do pres­i­dente brasileiro ou até mes­mo retirá-lo da presidên­cia. Tam­bém já havia planos de for­t­ale­cer o poder dos mil­itares. Havia con­ver­sas para inve­stir US$ 1 mil­hão nas eleições par­la­mentares brasileiras daque­le ano para apoiar can­didatos opos­i­tores de Goulart.

Nes­sa mes­ma reunião, definiu-se que Gor­don con­taria com a aju­da de Ver­non Wal­ters para esta­b­ele­cer uma boa relação com os mil­itares brasileiros. Wal­ters havia servi­do como homem de lig­ação entre as Forças Expe­di­cionárias Brasileiras (FEB) e o Coman­do do Exérci­to amer­i­cano na cam­pan­ha da Itália, durante a Segun­da Guer­ra Mundi­al, e seria apon­ta­do como adi­do mil­i­tar na embaix­a­da dos EUA no Brasil.

“Wal­ters foi chama­do por Gor­don para asses­sorá-lo nas relações com as Forças Armadas brasileiras. A mis­são de Wal­ters era jun­tar as várias con­spir­ações que já estavam fer­ven­do den­tro das Forças Armadas [brasileiras] e uni-las em uma con­spir­ação úni­ca. Ele foi muito impor­tante em dar unidade nas Forças Armadas brasileiras e de mostrar que os amer­i­canos iam apoiar o golpe”, afir­ma Green.

Pelo menos des­de 1974, quan­do os primeiros doc­u­men­tos secre­tos foram tor­na­dos públi­cos, já se sabia do papel dos Esta­dos Unidos no golpe.

“Os EUA aju­daram a orques­trar toda uma oper­ação não declar­a­da de deses­ta­bi­liza­ção do gov­er­no João Goulart, sob a for­ma de finan­cia­men­to da oposição nas eleições de 1962, no suporte a gov­er­nadores críti­cos ao gov­er­no e fomen­tan­do a pro­pa­gan­da políti­ca oposi­cionista. Hou­ve con­tribuição efe­ti­va, por­tan­to, na con­spir­ação para der­rubar o gov­er­no. Além dis­so, já ocor­ri­am, há anos, pro­gra­mas de treina­men­to de forças poli­ci­ais e mil­itares nos EUA, ou no Brasil, por ofi­ci­ais estadunidens­es”, expli­ca a pesquisado­ra da Uni­ver­si­dade do Esta­do de San­ta Cata­ri­na (Ude­sc) Mar­i­ana Joffi­ly.

Além de estim­u­lar man­i­fes­tações con­trárias a Jan­go, havia um plano pron­to para ser exe­cu­ta­do, caso os mil­itares brasileiros não con­seguis­sem der­rubar o pres­i­dente. Chama­do de oper­ação Broth­er Sam, o plano pre­via o uso de apoio mil­i­tar norte-amer­i­cano aos golpis­tas para garan­tir que um novo regime fos­se implan­ta­do.

Em 27 de março de 1964, o embaix­ador Lin­coln Gor­don envi­ou um telegra­ma a diver­sas autori­dades amer­i­canas solic­i­tan­do o envio ime­di­a­to de embar­cações, para garan­tir, aos oposi­cionistas de Jan­go, com­bustív­el e supri­men­tos. No mes­mo doc­u­men­to, Gor­don sug­ere a entre­ga clan­des­ti­na de armas aos golpis­tas.

60 ANOS DO GOLPE - João Goulart e Lincoln Gordon. Foto: Arquivo Nacional
Repro­dução: 60 anos do Golpe — João Goulart e Lin­coln Gor­don. Foto: Arqui­vo Nacional

Segun­do o embaix­ador, o golpe esta­va próx­i­mo de ocor­rer. Doc­u­men­tos da Agên­cia Cen­tral de Inteligên­cia (CIA) amer­i­cana tam­bém infor­mam a iminên­cia da movi­men­tação dos mil­itares.

“Havia um temor muito grande de que comu­nistas pudessem ter se infil­tra­do em pos­tos estratégi­cos na Petro­bras e que, sem com­bustív­el, tan­ques, cam­in­hões, veícu­los mil­itares não teri­am como cir­cu­lar pelo país. Então, havia uma pre­ocu­pação muito grande com o petróleo. Por­tan­to, há uma promes­sa efe­ti­va da embaix­a­da norte-amer­i­cana às prin­ci­pais lid­er­anças golpis­tas, de apoio logís­ti­co, sobre­tu­do petróleo”, expli­ca Felipe Loureiro.

O pesquisador ressalta que a chega­da de uma força naval tam­bém teria um efeito psi­cológi­co, ain­da que ela não ata­casse nec­es­sari­a­mente as facções resistentes ao golpe. Os amer­i­canos, àquela altura, esper­avam uma dis­sidên­cia nas Forças Armadas e, por­tan­to, uma guer­ra civ­il.

No dia 31 de março, um telegra­ma envi­a­do pelo secretário de Esta­do norte-amer­i­cano Dean Rusk a Gor­don infor­ma­va sobre a mobi­liza­ção de um navio-tanque, de um por­ta-aviões, qua­tro destroieres, além de 110 toneladas de armas, dez aviões de car­ga e seis caças.

As forças golpis­tas brasileiras, chamadas de “forças ami­gas” por Gor­don, acabaram colo­can­do seu plano em movi­men­to naque­le mes­mo dia, com a mobi­liza­ção de tropas em um quar­tel de Juiz de Fora (MG) pelo gen­er­al Olím­pio Mourão Fil­ho.

Na tarde de 31 de março, o sub­se­cretário de Esta­do dos EUA, George Ball, e Thomas Mann lig­aram para o pres­i­dente Lyn­don John­son, e falaram sobre o golpe em anda­men­to em Minas Gerais. Eles reforçaram a neces­si­dade de garan­tir apoio logís­ti­co aos golpis­tas, mas ain­da se mostravam inde­cisos, sob que rumo a revol­ta con­tra Goulart tomaria.

“Pen­so que deve­mos dar todos os pas­sos que pud­er­mos, estar prepara­dos para faz­er tudo o que for necessário, tal como fize­mos no Panamá, se isso for viáv­el”, Lyn­don John­son ori­en­tou.

Novo Governo

No dia 1º, parte da aju­da amer­i­cana já esta­va a cam­in­ho do Brasil. Naque­le dia, o golpe gan­haria força com o pas­sar das horas e, à noite, Jan­go deixaria Brasília rumo a Por­to Ale­gre. Os EUA ain­da se man­tinham cautelosos, evi­tan­do se expor para não dar, a Jan­go, um pre­tex­to “anti-yan­kee” para angari­ar apoio.

No dia 2 de abril, a força naval con­tin­u­a­va a cam­in­ho do Brasil, dev­i­do ao receio de que o dep­uta­do fed­er­al Leonel Brizo­la, cun­hado de Jan­go, lid­erasse uma resistên­cia no Rio Grande do Sul e que as refi­nar­ias como a Reduc (Duque de Cax­i­as) per­manecessem con­tro­ladas pelos “com­mies” (gíria amer­i­cana para “comu­nistas”).

O pres­i­dente da Câmara dos Dep­uta­dos, Ranieri Mazz­il­li, havia assum­i­do a presidên­cia da Repúbli­ca tem­po­rari­a­mente, depois de o Sena­do ter declar­a­do a vacân­cia do car­go, mes­mo com Jan­go ain­da em ter­ritório nacional. Os EUA esper­avam que o Con­gres­so ou a Supre­ma Corte brasileiros legit­i­massem a autori­dade de Mazz­il­li, por isso ain­da se man­tinham cautelosos em recon­hecer o novo gov­er­no.

A tran­scrição de um encon­tro do Con­sel­ho de Segu­rança Nacional norte-amer­i­cano, ao meio-dia de 2 de abril, mostra um Lyn­don John­son pre­ocu­pa­do com a situ­ação de Mazz­il­li, já que ele ain­da pos­suía mino­ria no Con­gres­so para recon­hecê-lo como pres­i­dente.

O secretário de Esta­do Dean Rusk responde, então, que o embaix­ador Gor­don esta­va usan­do os recur­sos à sua dis­posição para enco­ra­jar os dep­uta­dos brasileiros a recon­hecer Mazz­il­li como pres­i­dente da Repúbli­ca.

Mais tarde, chegam infor­mações, incor­re­tas, de que Jan­go havia deix­a­do o Brasil rumo ao Uruguai. Naque­le mes­mo dia, mes­mo sem ter a certeza de que Goulart havia saí­do do Brasil ou os dep­uta­dos votarem a favor de Mazz­il­li, os norte-amer­i­canos decidi­ram recon­hecer o gov­er­no dos golpis­tas, sob ori­en­tação do embaix­ador Gor­don.

Lyn­don John­son então autor­iza o envio de um telegra­ma em que ele dese­ja suces­so a Mazz­il­li e parab­eniza a “comu­nidade brasileira” por resolver as difi­cul­dades políti­cas e econômi­cas que o Brasil “vin­ha enfrentan­do” de acor­do com “a democ­ra­cia con­sti­tu­cional e sem con­fli­tos civis”. A oper­ação Broth­er Sam, por­tan­to, não chega a ser colo­ca­da em práti­ca e os navios retor­nam ao por­to, no Caribe.

Golpe sem EUA

A his­to­ri­ado­ra Mar­i­ana Jofil­ly diz que é difí­cil afir­mar se o golpe ocor­re­ria mes­mo sem o apoio dos EUA, mas afir­ma que rece­ber o aval de uma grande potên­cia foi impor­tante para que os golpis­tas lev­assem, à frente, seu plano de der­rubar Jan­go.

“Não foi ape­nas o Brasil que se cer­ti­fi­cou do apoio dos EUA antes de par­tir para a der­ruba­da de um pres­i­dente demo­c­ra­ti­ca­mente eleito. Isso acon­te­ceu tam­bém no Chile e na Argenti­na. Na época, fazia parte da agen­da golpista a obtenção do apoio dos EUA. A garan­tia de que o novo gov­er­no seria recon­heci­do e legit­i­ma­do pela grande potên­cia e que o novo poder insti­tuí­do seguiria receben­do finan­cia­men­to estadunidense não era um item do qual se pudesse abrir mão”, pon­dera Mar­i­ana Joffi­ly.

James Green diz que os brasileiros seri­am capazes de der­rubar Jan­go mes­mo sem o apoio dos EUA e que out­ros golpes de Esta­do já havi­am ocor­ri­do no Brasil antes de 1964, mes­mo sem a aju­da norte-amer­i­cana.

“Os brasileiros são muito capazes de dar golpes de Esta­do. Pode-se diz­er que havi­am amer­i­canos envolvi­dos [no golpe de 64], mas a questão prin­ci­pal foram as Forças Armadas brasileiras e a elite brasileira, que que­ri­am man­ter con­t­role sobre a situ­ação políti­co-social que esta­va fug­in­do de seu con­t­role. O apoio amer­i­cano deu mais deter­mi­nação, foi fun­da­men­tal para a luz verde”, afir­ma o brasil­ian­ista.

Procu­ra­da pela Agên­cia Brasil, a Embaix­a­da dos Esta­dos Unidos, por meio da asses­so­ria de impren­sa, afir­mou que o pres­i­dente norte-amer­i­cano Joe Biden tem expres­sa­do, pub­li­ca­mente e em con­ver­sas pri­vadas, o apoio do país às insti­tu­ições democráti­cas brasileiras, incluin­do “o sis­tema eleitoral, a trans­fer­ên­cia pací­fi­ca de poder e a autori­dade civ­il sobre as Forças Armadas”.

“Ambas as nações recon­hecem a importân­cia de se posi­cionar con­tra o extrem­is­mo políti­co, a vio­lên­cia, o dis­cur­so de ódio e a desin­for­mação que pos­sam pros­per­ar em sociedades democráti­cas”, desta­cou a rep­re­sen­tação diplomáti­ca norte-amer­i­cana.

Em jun­ho de 2014, Joe Biden, então vice-pres­i­dente na gestão Barack Oba­ma, entre­gou ao gov­er­no brasileiro 43 doc­u­men­tos pro­duzi­dos por autori­dades norte-amer­i­canas entre os anos de 1967 e 1977. Os relatórios detal­ham infor­mações sobre cen­sura, tor­tu­ra e assas­si­natos cometi­dos pelo regime mil­i­tar no Brasil.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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