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A cada dia, 145 mulheres são internadas para tratar varizes

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Além da estética, problema pode causar dores e desconforto


Pub­li­ca­do em 29/03/2023 — 07:32 Por Paula Labois­sière – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Dados da Sociedade Brasileira de Angi­olo­gia e Cirur­gia Vas­cu­lar mostram que 145 mul­heres são inter­nadas todos os dias no Brasil para trata­men­to de varizes. O cál­cu­lo é que, a cada hora, em média, seis mul­heres são sub­meti­das a cirur­gias para tratar do prob­le­ma ape­nas na rede públi­ca. Ape­sar dos altos números, a enti­dade aler­ta que muitos casos repre­sa­dos durante a pan­demia de covid-19 podem ain­da não ter sido trata­dos.

O lev­an­ta­men­to, elab­o­ra­do a par­tir de infor­mações disponíveis na base de dados do Min­istério da Saúde, mostra que as varizes são ampla­mente mais comuns em mul­heres. Na série históri­ca anal­isa­da, entre 2013 e 2022, 76% dos 695 mil casos reg­istra­dos foram em pes­soas do sexo fem­i­ni­no, total­izan­do 529 mil mul­heres sub­meti­das ao trata­men­to nos últi­mos dez anos.

A enti­dade respon­sáv­el pelo estu­do desta­ca que não se tra­ta ape­nas de uma questão estéti­ca e que, sem o cuida­do dev­i­do, as varizes impli­cam per­da de qual­i­dade de vida, cau­san­do dores e descon­for­to. O prob­le­ma com­pro­m­ete a roti­na de mil­hares de brasileiras e pode evoluir para situ­ações graves e de difí­cil rever­são.

Pandemia

Com 45,8 mil mul­heres inter­nadas por varizes em 2022, o ban­co de dados do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS) reg­istrou aumen­to de 103,4% em com­para­ção ao ano ante­ri­or, quan­do 22,5 mil mul­heres foram inter­nadas pelo prob­le­ma na rede públi­ca. O número ain­da é 26% menor que a média de pro­ced­i­men­tos que noti­fi­ca­da nos anos ante­ri­ores.

O lev­an­ta­men­to mostra que, entre 2013 e 2019, recorte da série históri­ca que não sofreu impacto da covid-19, em média, 62 mil mul­heres foram inter­nadas a cada ano para trata­men­to da doença.

Os dados rev­e­lam ain­da que 2020 e 2021 foram os anos com maior per­centu­al de inter­nações de caráter de urgên­cia, em com­para­ção ao número total de reg­istros. Nesse perío­do, 17% das inter­nações não foram de caráter ele­ti­vo. Em todos os out­ros anos da série históri­ca, essa mar­ca per­maneceu abaixo dos 14%.

“O cenário sug­ere que muitas pacientes não con­taram com suporte clíni­co e ambu­la­to­r­i­al, ten­do que recor­rer ao atendi­men­to emer­gen­cial em pron­tos-socor­ros dev­i­do à gravi­dade dos sinais e sin­tomas”, con­cluiu a enti­dade.

Edição: Graça Adju­to

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