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Abertas inscrições para artistas negros ao edital Sesc — O Corpo Negro

Repro­dução: © Hélio Melo/Divulgação Sesc RJ

Programa distribuirá R$ 850 mil a projetos de dança no estado do Rio


Pub­li­ca­do em 28/06/2023 — 08:39 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Artis­tas negros de todo o país podem se inscr­ev­er — a par­tir do próx­i­mo dia 30 — no 3º Edi­tal de Cul­tura do Sesc RJ Pul­sar – O Cor­po Negro, que vai dis­tribuir R$ 850 mil para pro­je­tos sele­ciona­dos na área da dança.

As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de jul­ho no neste endereço. Os clas­si­fi­ca­dos serão con­heci­dos no dia 26 de out­ubro. Além de sele­cionar atrações artís­ti­cas para a pro­gra­mação, o edi­tal inclui os pro­je­tos estratégi­cos O Cor­po NegroBaix­a­da em FocoNova Músi­ca Con­vi­da e Palavra Líqui­da, como acon­te­ceu na edição de 2022, cujas apre­sen­tações foram real­izadas no iní­cio de 2023.

O pro­je­to de dança O Cor­po Negro é real­iza­do anual­mente no esta­do do Rio de Janeiro, sendo con­sid­er­a­do um dos maiores do gênero no país, engloban­do artis­tas, cole­tivos, gru­pos artís­ti­cos, estu­dantes, pro­fes­sores e pro­du­tores cul­tur­ais negros.

Os pro­gra­mas sele­ciona­dos terão apre­sen­tações no perío­do de 27 de abril a 2 de jun­ho de 2024, total­izan­do 14 polos com aces­so ampli­a­do para difer­entes públi­cos. No Rio, a agen­da con­tem­pla o Espaço Cul­tur­al Arte Sesc (Fla­men­go) e as unidades do Sesc na Tiju­ca, Copaca­bana e Ramos. Na região met­ro­pol­i­tana do Rio e no inte­ri­or, o pro­je­to per­cor­rerá Duque de Cax­i­as, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonça­lo, Petrópo­lis (Sesc Nogueira e Cen­tro Cul­tur­al Sesc Qui­tand­in­ha), Teresópo­lis, Bar­ra Mansa e Nova Fribur­go.

Novidades

O 3º Edi­tal de Cul­tura do Sesc RJ Pul­sar – O Cor­po Negro mostra novi­dades em relação ao ante­ri­or. Os inves­ti­men­tos serão de R$ 850 mil, con­tra R$ 690 mil do edi­tal pas­sa­do e o número de municí­pios incluí­dos na grade da pro­gra­mação é maior.

“Este ano, a gente tem novas cat­e­go­rias, voltadas para a cri­ação em dança, que con­tem­plam elab­o­ração, mon­tagem e apre­sen­tação de obras inédi­tas e tam­bém de cri­ação e danças para a infân­cia, que são espetácu­los volta­dos para a cri­ança”, infor­mou à Agên­cia Brasil a anal­ista de Artes Cêni­cas do Sesc RJ, Cami­la Bar­bosa.

Esclare­ceu que as cat­e­go­rias de cri­ação de dança para adul­tos e cri­anças, bem como ações educa­ti­vas em dança, são voltadas para artis­tas res­i­dentes no esta­do do Rio. Já pro­je­tos de difusão em dança e urban­idades em dança são aber­tos para artis­tas de todo o ter­ritório nacional. “Têm uma abrangên­cia maior”, esclare­ceu.

O edi­tal vai con­tem­plar tam­bém pro­je­tos audio­vi­suais, como a cri­ação de um cur­ta-metragem e a dança em todos os seus âmbitos.

“O pro­du­to final pode ser um doc­u­men­tário, uma per­for­mance que envol­va a lin­guagem cor­po­ral, e, prin­ci­pal­mente, com pro­tag­o­nis­mo dess­es cor­pos negros”, disse Cami­la. Desta­cou, ain­da, a pro­dução audio­vi­su­al para a infân­cia, que pode ser uma ani­mação, um cur­ta-metragem, tam­bém com pro­tag­o­nis­mo de artis­tas negros.

“O edi­tal é volta­do para par­tic­i­pação cada vez maior de artis­tas negros e negras do país. É um edi­tal de ação afir­ma­ti­va em que a gente quer traz­er para a cena o tra­bal­ho dess­es artis­tas para reit­er­ar o nos­so com­pro­mis­so em artic­u­lar a cul­tura, o debate públi­co e os espaços qual­i­fi­ca­dos para for­t­alec­i­men­to do pro­tag­o­nis­mo dos artis­tas pre­tos no cam­po das artes cêni­cas”, sus­ten­tou a anal­ista do Sesc RJ.

Com essa visão, o edi­tal foi ampli­a­do, con­tem­p­lan­do mais cat­e­go­rias, além de espetácu­los e per­for­mances. “Porque, ago­ra, a gente está atuan­do com audio­vi­su­al e a cat­e­go­ria infan­til. Dessa for­ma, a gente tam­bém con­segue ampli­ar a questão da empre­ga­bil­i­dade”, salien­tou.

Empregabilidade

Este ano, cer­ca de 10 mil pes­soas com­pare­ce­r­am às pro­gra­mações do edi­tal de 2022, com entra­da gra­tui­ta. O pro­je­to empre­gou cer­ca de 200 profis­sion­ais negras e negros em mão de obra dire­ta para via­bi­lizar as apre­sen­tações e demais ativi­dades.

“A gente movi­men­ta esse cenário cul­tur­al e for­t­alece tam­bém ess­es artis­tas negros e amplia o cenário cul­tur­al para rece­ber os tra­bal­hos dess­es pro­tag­o­nistas”, frisou. Em 2024, os tra­bal­hos sele­ciona­dos no 3º edi­tal serão apre­sen­ta­dos em esco­las de teatro e de dança e em uni­ver­si­dades, além das unidades do Sesc RJ e praças munic­i­pais.

A pro­pos­ta do pro­je­to é realizar ain­da ações educa­ti­vas em dança e inter­me­di­ação cul­tur­al e pro­por­cionar tam­bém inter­câm­bio entre téc­ni­cas de artis­tas e gru­pos para difundir e fomen­tar cada vez mais o que ess­es artis­tas estão pro­duzin­do.

O edi­tal 2022 — cujos pro­je­tos foram real­iza­dos em 2023 — envolver­am 51 apre­sen­tações de espetácu­los e oito ofic­i­nas for­ma­ti­vas. Para 2024, a expec­ta­ti­va é mais que dobrar esse número, atingin­do uma meta de 126 apre­sen­tações, ofic­i­nas e palestras.

“A ideia é que o pro­je­to cresça bas­tante”, ante­cipou Cami­la. Admi­tiu, con­tu­do, que isso vai depen­der das com­posições dos tra­bal­hos que o Sesc RJ vai rece­ber. “Estou muito empol­ga­da para rece­ber ess­es artis­tas”, final­i­zou.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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