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Ação do MPDFT mobiliza homens pelo fim da violência contra mulheres

Laço Branco: campanha ocorre em 60 países, de todos os continentes

Daniel­la Almei­da – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 06/12/2024 — 14:09
Brasília
MPDFT - Ministério Público do DF e Territórios. Foto: GM/MPDFT
Repro­dução: © GM/MPDFT

O Min­istério Públi­co do Dis­tri­to Fed­er­al e dos Ter­ritórios (MPDFT) lançou, nes­ta sex­ta-feira, a Cam­pan­ha do Laço Bran­co, que mar­ca o Dia Nacional de Mobi­liza­ção dos Home­ns pelo Fim da Vio­lên­cia con­tra as Mul­heres, neste 6 dezem­bro.Em vídeo, o procu­rador-ger­al de justiça do Dis­tri­to Fed­er­al e dos Ter­ritórios, Georges Seigneur, expli­ca que o com­bate à vio­lên­cia con­tra as mul­heres é respon­s­abil­i­dade de todos. “Vamos usar nos­sas vozes, ações e nos­so com­pro­mis­so para con­stru­ir uma sociedade na qual as mul­heres exerçam sua liber­dade com respeito e sem medo. Que o Laço Bran­co seja, não ape­nas um sím­bo­lo, mas uma práti­ca cotid­i­ana de respeito e respon­s­abil­i­dade com o gênero fem­i­ni­no.”

A ação de sen­si­bi­liza­ção dos inte­grantes do MPDFT e da sociedade faz parte da jor­na­da dos “21 dias de ativis­mo pelo fim da vio­lên­cia con­tra a mul­her”. A ini­cia­ti­va é real­iza­da anual­mente de 20 de novem­bro, Dia da Con­sciên­cia Negra, até 10 de dezem­bro, Dia Inter­na­cional dos Dire­itos Humanos, quan­do a Declar­ação Uni­ver­sal dos Dire­itos Humanos fará o 76º aniver­sário. “Essa cam­pan­ha que inte­gra os 21 dias de ativis­mo rep­re­sen­ta um sím­bo­lo de respeito, igual­dade e sol­i­dariedade”, defend­eu a coor­de­nado­ra do Núcleo de Dire­itos Humanos do MPDFT, a pro­mo­to­ra de justiça Adal­giza Aguiar.

Campanha do Laço Branco

A cam­pan­ha do Laço Bran­co foi lança­da pela Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU) em 2001, com o obje­ti­vo de envolver os home­ns na luta pelo fim da vio­lên­cia con­tra as mul­heres.

A data é uma refer­ên­cia ao mas­sacre na Esco­la Politéc­ni­ca de Mon­tre­al, no Canadá, ocor­ri­do em 6 de dezem­bro de 1989. Nes­sa data, um homem de 25 anos inva­diu uma sala de aula, man­dou que os home­ns saíssem e matou 14 mul­heres.

A tragé­dia ger­ou diver­sas man­i­fes­tações em que gru­pos mas­culi­nos saíam às ruas usan­do laços bran­cos como sím­bo­lo de paz e do com­pro­mis­so de não come­ter nem fechar os olhos a vio­lên­cia con­tra as mul­heres.

A ação, que está pre­sente em cer­ca de 60 país­es, em todos os con­ti­nentes, é con­sid­er­a­da pela ONU como a maior ini­cia­ti­va mundi­al com essa temáti­ca.

O tra­bal­ho é feito em con­jun­to com diver­sos órgãos das Nações Unidas, par­tic­u­lar­mente o Fun­do de Desen­volvi­men­to das Nações Unidas para a Mul­her (Unifem), e em parce­ria com orga­ni­za­ções de mul­heres.

Brasília 06/12/2024 NãoTemDesculpa: UNA-SE pelo fim da violência contra mulheres e meninas. Imagem/divulgação/ UNO

Em 2023, os fem­i­nicí­dios cresce­r­am 0,8% em relação ao ano ante­ri­or

Violência

Dados da ONU Mul­heres apon­tam que, em 2023, em todo o mun­do, cer­ca de 51,1 mil mul­heres e meni­nas foram mor­tas por seus par­ceiros ínti­mos ou out­ros mem­bros da família, o que sig­nifi­ca que, em média, 140 mul­heres ou meni­nas são mor­tas todos os dias por alguém da sua própria família.

No Brasil, o 18º Anuário Brasileiro de Segu­rança Públi­ca: 2024, do Fórum Brasileiro de Segu­rança Públi­ca, mostra que a vio­lên­cia con­tra a mul­her no Brasil con­tin­ua crescen­do. Somente em 2023, as taxas de reg­istro de difer­entes crimes com víti­mas mul­heres chegou a 1.238.208. O número cor­re­sponde a agressões em con­tex­to de vio­lên­cia domés­ti­ca; todos os homicí­dios e fem­i­nicí­dios, nas modal­i­dades con­sumadas e ten­tadas; ameaças; perseguição (stalk­ing), vio­lên­cia psi­cológ­i­ca e estupro. As taxas são cal­cu­ladas de boletins de ocor­rên­cia poli­ci­ais.

Em 2023, os fem­i­nicí­dios cresce­r­am 0,8% em relação ao ano ante­ri­or. Foram 1.467 mul­heres mor­tas por razões de gênero, o maior número já reg­istra­do des­de a pub­li­cação da Lei nº 13.104/2015, que tip­i­fi­ca o crime de fem­i­nicí­dio como hedion­do.

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