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Ações em favelas do Rio buscam cumprir 100 mandados de prisão

Repro­dução: © Philippe Lima

Operação com mil policiais é feita na Penha, Maré e Cidade de Deus


Pub­li­ca­do em 09/10/2023 — 07:58 Por Vitor Abdala — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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A oper­ação poli­cial fei­ta na man­hã des­ta segun­da-feira (9) em três con­jun­tos de fave­las do Rio de Janeiro bus­ca cumprir 100 man­da­dos de prisão. A infor­mação foi divul­ga­da pelo secretário estad­ual de Polí­cia Civ­il flu­mi­nense, José Rena­to Tor­res, em entre­vista.

As ações fazem parte da Oper­ação Maré, anun­ci­a­da no fim de setem­bro pelo gov­er­no flu­mi­nense. Os poli­ci­ais estão atuan­do nas comu­nidades da Cidade de Deus, Vila Cruzeiro (no Com­plexo da Pen­ha), de Nova Holan­da e do Par­que União (ambas no Com­plexo da Maré).

As comu­nidades são con­tro­ladas pelo Coman­do Ver­mel­ho, facção crim­i­nosa cujos inte­grantes, segun­do a polí­cia, estari­am envolvi­dos na morte dos três médi­cos na sem­ana pas­sa­da, na Bar­ra da Tiju­ca.

“Todos os inte­grantes dessa facção crim­i­nosa que têm man­da­dos de prisão são alvos da oper­ação”, expli­cou Tor­res. “Hoje, especi­fi­ca­mente, quer­e­mos atacar essa facção crim­i­nosa que está ten­tan­do expandir seu ter­ritório e geran­do con­fli­to com out­ras orga­ni­za­ções, trazen­do cer­ta insta­bil­i­dade na nos­sa segu­rança”.

A Oper­ação Maré foi anun­ci­a­da como respos­ta a crim­i­nosos da Maré, na zona norte da cidade, que usavam um espaço públi­co de laz­er para treinar seus home­ns em táti­cas de guer­ril­ha.

Segun­do Tor­res, a oper­ação des­ta terça-feira foi expandi­da para a Pen­ha, tam­bém na zona norte, e para a Cidade de Deus, na zona oeste, porque há infor­mações de que lid­er­anças crim­i­nosas da Maré bus­caram refú­gio ness­es out­ros locais.

O secretário de Polí­cia Civ­il afir­mou que, até a hora da cole­ti­va, por vol­ta das 7h, não havia ninguém feri­do nas ações. Dois helicópteros da polí­cia, no entan­to, foram atingi­dos e tiver­am que pousar para ver­i­ficar pos­síveis danos.

Rio de Janeiro, 06.10.2023 - Operacão Maré – Centro Integrado de Comando e Controle – CICC. Fotos: Rafael Campos
Repro­dução: Rio de Janeiro, Oper­ação Maré – Cen­tro Inte­gra­do de Coman­do e Con­t­role – Foto Rafael Cam­pos

Ape­sar de a Oper­ação Maré ter sido anun­ci­a­da como ação con­jun­ta com o gov­er­no fed­er­al, nas ações des­ta terça-feira não há a par­tic­i­pação de agentes fed­erais.

O secretário estad­ual de Polí­cia Mil­i­tar, coro­nel Luiz Hen­rique Pires, afir­mou que, mes­mo sem a par­tic­i­pação da Força Nacional de Segu­rança, cujo envio foi adi­a­do pelo gov­er­no fed­er­al, a Polí­cia Mil­i­tar está con­seguin­do atu­ar nas três comu­nidades simul­tane­a­mente.

“Todo reforço é impor­tante, não só para o Rio de Janeiro, como para todos os esta­dos do Brasil, mas nós temos capaci­dade e esta­mos atuan­do nas três comu­nidades. Essa questão está sendo resolvi­da entre o gov­er­no do esta­do e o gov­er­no fed­er­al”, disse.

Segun­do Pires, todos os poli­ci­ais mil­itares estão usan­do câmeras cor­po­rais no Com­plexo da Maré. Tam­bém estão sendo usa­dos drones com capaci­dade de faz­er recon­hec­i­men­to facial e leituras de pla­cas de automóveis. As ima­gens estão sendo trans­mi­ti­das, em tem­po real, ao Cen­tro Inte­gra­do de Coman­do e Con­t­role (CICC), do gov­er­no do esta­do.

Edição: Graça Adju­to

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