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Afundamento do solo continua e Maceió segue em alerta máximo

Repro­dução: © Gésio Passos/Agência Brasil

A superfície cede em uma velocidade vertical de 0,7 cm por hora


Pub­li­ca­do em 02/12/2023 — 18:59 Por Agên­cia Brasil  — Brasília

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No bole­tim mais recente, pub­li­ca­do às 18h deste sába­do (2), a Defe­sa Civ­il de Maceió infor­mou que a veloci­dade ver­ti­cal de afun­da­men­to do solo é de 0,7 cm por hora, a mes­ma do bole­tim ante­ri­or. Nas últi­mas 24 horas foram reg­istra­dos 11,8 cm de deslo­ca­men­to. 

O afun­da­men­to ocorre prin­ci­pal­mente no bair­ro Mutange, onde está local­iza­da a mina número 18 de explo­ração de sal-gema pela empre­sa Braskem. A defe­sa civ­il infor­mou que segue em aler­ta máx­i­mo pelo risco de colap­so imi­nente da mina.

“Por pre­caução, a recomen­dação é clara: a pop­u­lação não deve tran­si­tar na área des­ocu­pa­da até uma nova atu­al­iza­ção da Defe­sa Civ­il, enquan­to medi­das de con­t­role e mon­i­tora­men­to são apli­cadas para reduzir o peri­go”, reforçou o órgão.

Na madru­ga­da deste sába­do (2), um novo aba­lo sís­mi­co, com mag­ni­tude 0,89, foi reg­istra­do a 300 met­ros de pro­fun­di­dade, havia infor­ma­do a defe­sa civ­il mais cedo.

O aba­lo foi mais inten­so do que o reg­istra­do na noite de sex­ta-feira (1º), mas a Defe­sa Civ­il reg­istrou uma diminuição na veloci­dade de afun­da­men­to de ter­ra na mina 18, que des­de a man­hã pas­sou a ser de 0,7 cm por hora. Durante a sem­ana, o afun­da­men­to chegou a 50 cm por dia.

Maceió (AL) 02.12.2023, Bairros com risco de afundamento desocupados em Maceió. Minas da Braskem. Foto: Gésio Passos/Agência Brasil
Repro­dução: Maceió (AL) 02.12.2023, Bair­ros com risco de afun­da­men­to des­ocu­pa­dos em Maceió Gésio Passos/Agência Brasil

O prob­le­ma ocorre prin­ci­pal­mente na área do anti­go cam­po de treina­men­to do clube de fute­bol CSA, no Mutange. Três sen­sores no local con­tin­u­am apre­sen­tan­do aler­tas de movi­men­tação.

Na sex­ta (1º), a Braskem con­fir­mou que pode ocor­rer um grande desaba­men­to na área. É pos­sív­el tambem que a área da mina se aco­mode e esta­bi­lize o afun­da­men­to, segun­do a empre­sa.

Colapso

Des­de o fim da sem­ana existe a expec­ta­ti­va por parte dos órgãos de Defe­sa Civ­il de que a cavi­dade da mina 18 entre em colap­so a qual­quer momen­to. A situ­ação é mais grave nos bair­ros de Mutange, Pin­heiro e Bebedouro, que sofr­eram nos últi­mos aba­los sís­mi­cos dev­i­do à movi­men­tação da Mina 18 da Braskem.

A prefeitu­ra de Maceió declar­ou situ­ação de emergên­cia por 180 dias por causa do imi­nente colap­so da mina 18, que pode provo­car o afun­da­men­to do solo em vários bair­ros. A área já está des­ocu­pa­da e a cir­cu­lação de embar­cações está restri­ta na região da Lagoa Mundaú, no bair­ro do Mutange. O gov­er­no fed­er­al tam­bém recon­heceu o esta­do de emergên­cia na cap­i­tal alagoana.

Em nota, a Braskem disse que con­tin­ua mobi­liza­da e mon­i­toran­do a situ­ação da mina 18, toman­do as medi­das cabíveis para min­i­miza­ção do impacto de pos­síveis ocor­rên­cias e que a área está iso­la­da des­de terça-feira (28). A empre­sa ressalta que a região está desabita­da des­de 2020.

“Referi­do mon­i­tora­men­to, com equipa­men­tos de últi­ma ger­ação, foi imple­men­ta­do para garan­tir a detecção de qual­quer movi­men­tação no solo da região e via­bi­lizar o acom­pan­hamen­to pelas autori­dades e a adoção de medi­das pre­ven­ti­vas como as que estão sendo ado­tadas no pre­sente momen­to”, disse a empre­sa.

Edição: Aécio Ama­do

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