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Agência Brasil, 31 anos: alcance além das fronteiras

Foto capa Agência Brasil 30 anos
Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal jr/Agência Brasil

Em 2021, reportagens foram replicadas mais de 40 milhões de vezes


Pub­li­ca­do em 10/05/2021 — 06:05 Por Luiz Clau­dio Fer­reira — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

Um aler­ta de novi­dade dis­para na redação do jor­nal O Mamoré, na cidade de Gua­jará-Mir­im (RO), cada vez que é pub­li­ca­do um mate­r­i­al jor­nalís­ti­co da Agên­cia Brasil, veícu­lo da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC).

Brasília, sede prin­ci­pal da agên­cia, fica a cer­ca de 2,8 mil km por estra­da da cidade ron­doniense. Graças à Agên­cia Brasil, que é públi­ca e, por isso, fornece con­teú­dos jor­nalís­ti­cos gra­tu­itos para todos os veícu­los de comu­ni­cação, o que pare­cia tão dis­tante pas­sa a ficar per­t­in­ho.

Tornar o públi­co mais próx­i­mo e colab­o­rar com a inte­gração do país por inter­mé­dio do jor­nal­is­mo são práti­cas diárias da Agên­cia Brasil, que com­ple­ta, nes­ta segun­da-feira (10 de maio), 31 anos de história. O veícu­lo vive um momen­to espe­cial. Alcançou a mar­ca de 94,8 mil­hões de usuários no ano pas­sa­do e man­tém o rit­mo de aces­so. Neste ano, já está per­to de 31 mil­hões de usuários.

Out­ro dado men­su­ráv­el é que, somente em 2021, os mate­ri­ais da agên­cia tiver­am cer­ca de 40 mil­hões de reposta­gens (novas pub­li­cações) por veícu­los e usuários, das maiores às menores cidades.

O  coor­de­nador de Pro­je­tos Mul­ti­platafor­mas da EBC, Luis Flavio Rocha, expli­ca que uma fer­ra­men­ta de medição de audiên­cia desen­volvi­da na empre­sa (ABTrack­er) per­mi­tiu desco­brir que o vol­ume de aces­sos das notí­cias da Agên­cia Brasil que são uti­lizadas em out­ros veícu­los é próx­i­mo ao vol­ume de aces­sos no site do veícu­lo.

“Isso sig­nifi­ca que a audiên­cia é prati­ca­mente o dobro da que se acha­va que a agên­cia tin­ha”, afir­ma o espe­cial­ista. Essa medição foi pos­sív­el a par­tir da uti­liza­ção de téc­ni­cas e algo­rit­mos que per­mitem ter a infor­mação de quais matérias são da Agên­cia Brasil e o vol­ume de aces­so que esse con­teú­do acu­mu­lou.

Do cen­tro às fron­teiras do país, o que sig­nifi­ca ocu­pação estratég­i­ca com infor­mações para pop­u­lações inteiras que não seri­am aten­di­das por grandes mídias com­er­ci­ais. Essa garan­tia de inclusão e de cidada­nia é con­sid­er­a­da de val­or imen­su­ráv­el por quem estu­da a comu­ni­cação públi­ca.

» Leia reportagem pro­duzi­da no aniver­sário de 30 anos da ABr

» Enten­da mais sobre comu­ni­cação públi­ca e o papel da EBC

Para a jor­nal­ista e pesquisado­ra em comu­ni­cação Clau­dia Lemos, que é pres­i­dente da Asso­ci­ação Brasileira de Comu­ni­cação Públi­ca (ABCPúbli­ca), como out­ros dire­itos, a garan­tia da infor­mação é fun­da­men­tal para a cidada­nia, para ter aces­so aos serviços presta­dos pelo Esta­do e para efe­ti­va par­tic­i­pação nas dis­cussões. “Por isso, a Agên­cia Brasil tem o papel impor­tante de ofer­e­cer infor­mação jor­nalís­ti­ca que pode ser con­sul­ta­da dire­ta­mente pelo cidadão ou uti­liza­da gra­tuita­mente por veícu­los de comu­ni­cação no país inteiro, que de out­ro modo talvez não tivessem aces­so a ela”, afir­ma.

Pesquisado­ra Clau­dia Lemos expli­ca que Agên­cia Brasil aju­da a com­bat­er notí­cias fal­sas

No caso do jor­nal O Mamoré, a dire­to­ra Min­er­va Soto expli­ca que a uti­liza­ção das reporta­gens da Agên­cia Brasil não leva ape­nas em con­ta o vol­ume de con­teú­dos diários forneci­dos. “Temos extrema con­fi­ança em tudo o que é pro­duzi­do pela Agên­cia Brasil. Cada vez que ver­i­fi­camos que há uma pub­li­cação nova, sabe­mos que é de alta qual­i­dade. Pelo o que percebe­mos a Agên­cia Brasil investe em um jor­nal­is­mo de soluções e não ape­nas apre­sen­tação de prob­le­mas”, afir­ma.

Fazem parte do públi­co de O Mamoré comu­nidades que vivem em regiões ribeir­in­has daque­la cidade que, prin­ci­pal­mente após o iní­cio da pan­demia, pas­saram a bus­car mais infor­mações, segun­do infor­ma a dire­to­ra do veícu­lo. “A gente se entende como um elo entre as notí­cias nacionais feitas pela Agên­cia Brasil e os públi­cos locais que pre­cisam das infor­mações do país inteiro”. Os locais inter­es­sa­dos pelo que se pas­sa no país incluem até os estrangeiros. Na fron­teira, está a cidade “irmã” boli­viana de Gua­yaramerín. Para Min­er­va Soto, infor­mação sig­nifi­ca autono­mia e tam­bém segu­rança.

As notí­cias que chegam da Agên­cia Brasil aju­dam a com­por para os moradores das fron­teiras, inclu­sive, uma visão mais ampla que com­ple­men­ta as notí­cias ape­nas locais. Ain­da na Região Norte, o site Notí­cias da Fron­teira, em Brasileia (AC), uti­liza diari­a­mente as notí­cias da Agên­cia Brasil. A trans­mis­são das infor­mações, segun­do o respon­sáv­el pelo site, o jor­nal­ista Almir Andrade, sig­nifi­ca pro­teção das iden­ti­dades nacional e local. Ele man­tém, além de reporta­gens em tex­to, tam­bém pro­gra­ma de TV e rádio na web. Andrade con­sid­era que os con­teú­dos da Agên­cia Brasil são fun­da­men­tais para a via­bi­liza­ção de tudo o que ele pro­duz. “Infor­mações, tex­to, foto…para mim, tudo é muito impor­tante para levar aqui ao nos­so públi­co”. Brasileia faz fron­teira com a cidade boli­viana de Cobi­ja.

No Ama­zonas, o jor­nal­ista Nail­son Tena­zor, no site Jam­bo Verde, em Ata­la­ia (AM), con­sid­era que a Agên­cia Brasil e a Radioagên­cia Nacional são par­ceiros no olhar para a região no Alto Solimões. A EBC tem estru­tu­ra e profis­sion­ais em Tabatin­ga, municí­pio viz­in­ho de Ata­la­ia, e tam­bém de Letí­cia (Colôm­bia). Tena­zor diz que as infor­mações em qual­i­dade na região são fun­da­men­tais e sig­nifi­cam inclusão para as regiões em que ele cobre. Um lugar em que o tem­po de tra­je­to não é con­ta­do por min­u­tos na estra­da, mas por horas ou dias de bar­co.

Proteção contra falsas notícias

No Amapá, o Jor­nal do Dia, que é o primeiro veícu­lo diário do Esta­do (de 1987), uti­liza diari­a­mente os mate­ri­ais da Agên­cia Brasil. “A agên­cia é um veícu­lo que con­tribui para trans­mi­tir notí­cias ao públi­co ama­paense de for­ma fidedigna, em um cenário atu­al em que as notí­cias fal­sas estão cada vez maiores”, diz o edi­tor Luciano Pereira.

É da redação do jornal "Diário Corumbaense" O crédito das fotos é Anderson Gallo/Diário Corumbaense/Divulgação
Repro­dução: Redação do jor­nal Diário Corum­baense: uso diário de reporta­gens da Agên­cia Brasil. Foto: Ander­son Gallo/Diário Corumbaense/Divulgação

A pro­teção via infor­mação de qual­i­dade é um foco de atenção desta­ca­do pela dire­to­ra do Diário Corum­baense, Rosana Nunes. “A Agên­cia Brasil pres­ta um serviço muito impor­tante e gra­tu­ito com fontes con­fiáveis para a nos­sa região. Aqui em Corum­bá temos o úni­co hos­pi­tal públi­co da região e que aca­ba receben­do tam­bém estrangeiros e que tam­bém pre­cisam rece­ber infor­mações do que ocorre no Brasil”. A cidade de Corum­bá (MS) tem fron­teira seca com a cidade de Por­to Qui­jar­ro, na Bolívia.

No Sul do Brasil, o jor­nal A Plateia, da cidade de San­tana do Livra­men­to (RS), tem 84 anos de fun­dação, e tam­bém uti­liza con­teú­dos da Agên­cia Brasil diari­a­mente. Além das notí­cias nacionais na ínte­gra repub­li­cadas, o veícu­lo traz as pau­tas da agên­cia como con­teú­do com­ple­men­tar ao que é feito em âmbito local. “Notí­cias dos três poderes que traze­mos da Agên­cia Brasil aju­dam a com­por o con­teú­do e reper­cu­tir em nos­so con­tex­to”, afir­ma o edi­tor-chefe do veícu­lo, Rodri­go Evaldt.

Das fronteiras aos grandes centros

Além dos sites e jor­nais pequenos, a Agên­cia Brasil tam­bém é fonte de refer­ên­cia e con­fi­ança para grandes veícu­los de comu­ni­cação do país. Muitos aces­sam e repub­li­cam, gra­tuita­mente, o con­teú­do pro­duzi­do pela Agên­cia. Matérias de inter­esse públi­co, como o paga­men­to do auxílio emer­gen­cial e o impos­to de ren­da fre­quente­mente lev­am o selo Agên­cia Brasil.

Imagens para matéria Agência Brasil
Repro­dução: Ima­gens para matéria Agên­cia Brasil, Yahoo.
Imagens para matéria Agência Brasil
Repro­dução: Ima­gens para matéria Agên­cia Brasil, Isto é .

Repro­dução: Ima­gens para matéria Agên­cia Brasil, Uol .

Satisfação na Agência

O jor­nal­ista Kle­ber Sam­paio, que atua no cenário de comu­ni­cação públi­ca des­de 1974 (na Agên­cia Nacional), é sat­is­feito pelas reper­cussões das reporta­gens da Agên­cia Brasil. “Cheg­amos com nos­sas matérias no país inteiro”, afir­ma.  Ele tra­bal­hou na EBN, esta­va na anti­ga agên­cia de notí­cias, e que gan­hou o nome de Radio­brás e da trans­for­mação da estatal em EBC.

Ele teste­munhou, ao lon­go de sua car­reira, recon­hec­i­men­to por parte de cole­gas jor­nal­is­tas e tam­bém do públi­co pelo serviço presta­do pela agên­cia. Nes­sa jor­na­da, histórias mem­o­ráveis. ”A cober­tu­ra que eu jamais esque­cerei foi do sepul­ta­men­to do ex-pres­i­dente Jusceli­no Kubitschek. O Brasil e Brasília pararam. Lem­bro bem que tin­ham umas 500 mil pes­soas acom­pan­han­do o corte­jo”, recor­da. Kle­ber Sam­paio, hoje, atua como edi­tor da Agên­cia Brasil.

Con­tem­porâ­neo de Sam­paio, o jor­nal­ista Luiz Fer­nan­do Fra­ga atua há 40 anos pela comu­ni­cação públi­ca e tam­bém desem­pen­hou difer­entes ativi­dades. “Essa empre­sa faz parte da min­ha vida”, diz o profis­sion­al. Fazem parte da vida deles a pres­sa e a pre­cisão, da pau­ta à edição final. Não há tem­po a perder. Eles pre­cisam pub­licar. Alguém do out­ro lado está à espera de um aler­ta: lá vem uma nova notí­cia da Agên­cia Brasil.

Edição: Alessan­dra Esteves

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