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Agência Brasil explica: como funciona nova bandeira tarifária de luz

Repro­dução:  © Mar­cel­lo Casal jr/Agência Brasil

Criadas em 2015, tarifas refletem custo variável na produção elétrica


Pub­li­ca­do em 02/09/2021 — 06:30 Por Well­ton Máx­i­mo e Marce­lo Brandão – Repórteres da Agên­cia Brasil — Brasília

Des­de o últi­mo dia 1º, os brasileiros estão sentin­do no bol­so os impactos da escassez de chu­vas nas usi­nas hidrelétri­c­as. Com a cri­ação da ban­deira de escassez hídri­ca, o con­sum­i­dor pas­sará a pagar R$ 14,20 extras a cada 100 quilowatts-hora (kWh) con­sum­i­dos.

A cobrança extra será fei­ta até 30 de abril de 2022 e encar­e­cerá a con­ta de ener­gia, em média, em 6,78%, segun­do a Agên­cia Nacional de Ener­gia Elétri­ca (Aneel). A ban­deira de escassez hídri­ca sub­sti­tui a ban­deira ver­mel­ha 2, em vig­or des­de jun­ho e que sofreu rea­juste de 52% em jul­ho.

Ini­cial­mente, o pata­mar 2 da ban­deira ver­mel­ha esta­va em R$ 6,24 para cada 100 kWh. Com o rea­juste, o val­or havia subido para R$ 9,49 em jul­ho. Na práti­ca, a ban­deira de escassez hídri­ca cria out­ro pata­mar, com a cobrança de R$ 14,20. O aumen­to não é cal­cu­la­do sobre o val­or total da con­ta de luz, mas a cada 100 kWh con­sum­i­dos.

Custos variáveis

Cri­adas em 2015 pela Aneel, as ban­deiras tar­ifárias refletem os cus­tos var­iáveis da ger­ação de ener­gia elétri­ca e é divi­di­da em níveis. Elas indicam quan­to está cus­tan­do para o Sis­tema Interli­ga­do Nacional (SIN) ger­ar a ener­gia usa­da nas casas, em esta­b­elec­i­men­tos com­er­ci­ais e nas indús­trias. Quan­do a con­ta de luz é cal­cu­la­da pela ban­deira verde, sig­nifi­ca que a con­ta não sofre nen­hum acrésci­mo.

Entenda mais:

A ban­deira amarela sig­nifi­ca que as condições de ger­ação de ener­gia não estão favoráveis, e a con­ta sofre acrésci­mo de R$ 1,874 por 100 quilowatt-hora (kWh) con­sum­i­do. A ban­deira ver­mel­ha mostra que está mais caro ger­ar ener­gia naque­le perío­do. A ban­deira ver­mel­ha é divi­di­da em dois pata­mares. No primeiro pata­mar, o val­or adi­cional cobra­do pas­sa a ser pro­por­cional ao con­sumo, na razão de R$ 3,971 por 100 kWh; o pata­mar 2 apli­ca a razão de R$ 9,492 por 100 kWh.

“Com as ban­deiras tar­ifárias, o con­sum­i­dor gan­ha um papel mais ati­vo na definição de sua con­ta de ener­gia. Ao saber, por exem­p­lo, que a ban­deira está ver­mel­ha, o con­sum­i­dor pode adap­tar seu con­sumo e diminuir o val­or da con­ta (ou, pelo menos, impedir que ele aumente)”, expli­ca a Aneel.

Por que a conta aumenta?

A usi­na hidrelétri­ca, que gera ener­gia a par­tir da força da água nos reser­vatórios, é a mais bara­ta e a primeira opção do SIN. Por isso, em épocas de mui­ta chu­va e reser­vatórios cheios, a ban­deira tar­ifária cos­tu­ma ser a verde, porque a ener­gia está sendo pro­duzi­da em grande capaci­dade e em condições favoráveis

Em perío­dos de esti­agem, quan­do o nív­el dos reser­vatórios diminui, é necessário cap­tar ener­gia de out­ros tipos de usi­na, como as ter­melétri­c­as. Esse tipo de usi­na gera ener­gia a par­tir de com­bustíveis fós­seis, como carvão, diesel e gás. Além de ser mais polu­ente, é menos efi­caz e mais cara. Por isso, quan­do as ter­melétri­c­as são acionadas, o cus­to da ger­ação de ener­gia aumen­ta e a ban­deira tar­ifária muda, já que as condições de pro­dução ficam menos favoráveis.

Quem faz a avali­ação das condições de ger­ação de ener­gia no país é o Oper­ador Nacional do Sis­tema Elétri­co (ONS). É ele que define a mel­hor estraté­gia de ger­ação de ener­gia para atendi­men­to da deman­da. Ela define a pre­visão de ger­ação hidráuli­ca e tér­mi­ca, além do preço de liq­uidação da ener­gia no mer­ca­do de cur­to pra­zo.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

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