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Agência Brasil explica o que é febre maculosa e quais os sintomas

Repro­dução: © Prefeitu­ra de Jun­di­aí

Estado de São Paulo registrou três casos recentemente


Pub­li­ca­do em 13/06/2023 — 17:06 Por Agên­cia Brasil — Brasília
Atu­al­iza­do em 13/06/2023 — 18:18

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Com 49 casos reg­istra­dos no Brasil em 2023, e seis evoluções para óbito, a febre mac­u­losa é trans­mi­ti­da pela pic­a­da do car­ra­p­a­to e cau­sa­da por bac­téria do gênero Rick­ettsia. A doença não é pas­sa­da dire­ta­mente entre pes­soas pelo con­ta­to. No Brasil, os prin­ci­pais vetores são car­ra­p­atos do gênero Ambly­omma. 

Este mês, três pes­soas que estiver­am em even­to na Fazen­da San­ta Mar­gari­da, em Camp­inas (SP), mor­reram com sin­tomas da doença. Uma delas, uma mul­her de 36 anos, teve o diag­nós­ti­co con­fir­ma­do.

Segun­do o Min­istério da Saúde, nor­mal­mente a doença se man­i­fes­ta de for­ma repenti­na, com um con­jun­to de sin­tomas semel­hantes aos de out­ras infecções: febre alta, dor na cabeça e no cor­po, fal­ta de apetite e desân­i­mo. Em segui­da é comum apare­cerem peque­nas man­chas aver­mel­hadas, que crescem e ficam salientes.

O quadro é agrava­do com náuse­as e vômi­tos, diar­reia e dor abdom­i­nal, dor mus­cu­lar con­stante, inchaço e ver­mel­hidão nas pal­mas das mãos e sola dos pés, gan­grena nos dedos e orel­has. Nos casos mais graves, pode haver par­al­isia, começan­do nas per­nas e subindo até os pul­mões, o que pode causar para­da res­pi­ratória.

Prevenção

A pre­venção da febre mac­u­losa é basea­da em impedir o con­ta­to com o car­ra­p­a­to. Por­tan­to, em locais onde haverá exposição ao bicho, algu­mas medi­das podem aju­dar a evi­tar a infecção, como usar roupas claras para aju­dar a iden­ti­ficar o bicho; uti­lizar calças, botas e blusas com man­gas com­pri­das ao cam­in­har em áreas arborizadas e gra­ma­dos; evi­tar andar em locais com gra­ma ou veg­e­tação alta e usar repe­lentes de inse­tos.

Além dis­so, o Min­istério da Saúde recomen­da a remoção — com uma pinça — se um car­ra­p­a­to for encon­tra­do no cor­po; não aper­tar ou esma­gar o bicho e, depois de removê-lo inteiro, lavar a área da mor­di­da com álcool ou sabão e água. Quan­to mais rápi­do reti­rar os car­ra­p­atos do cor­po, menor será o risco de se con­trair a doença.

Diagnóstico

Diag­nos­ticar pre­co­ce­mente a febre mac­u­losa é muito difí­cil, prin­ci­pal­mente nos primeiros dias da infecção, já que os primeiros sin­tomas podem ser con­fun­di­dos com os de out­ras doenças, como lep­tospirose, dengue, hepatite viral, entre out­ras. Mas o que é impor­tante para o caso, segun­do o Min­istério da Saúde  é se o paciente esteve em locais de mata, flo­restas, fazen­das, tril­has ecológ­i­cas onde pos­sa ter sido pic­a­do por um car­ra­p­a­to.

O profis­sion­al de saúde dev­erá ain­da solic­i­tar exam­es para con­fir­mar ou con­tribuir com o diag­nós­ti­co.

Tratamento

Segun­do o Min­istério da Saúde, a febre mac­u­losa tem cura des­de que o trata­men­to com antibióti­cos especí­fi­cos seja admin­istra­do nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medica­men­to deve ser admin­istra­do assim que sur­girem os primeiros sin­tomas, mes­mo sem o diag­nós­ti­co con­fir­ma­do, já que ele pode demor­ar. Segun­do o Min­istérios da Saúde, em deter­mi­na­dos casos, pode ser necessária a inter­nação da pes­soa. A ter­apêu­ti­ca é empre­ga­da por um perío­do de 7 dias, deven­do ser man­ti­da por 3 dias, após o tér­mi­no da febre.

Atra­so no diag­nós­ti­co e, con­se­quente­mente, no iní­cio do trata­men­to pode provo­car com­pli­cações graves, como o com­pro­me­ti­men­to do sis­tema ner­voso cen­tral, dos rins, dos pul­mões, das lesões vas­cu­lares e levar ao óbito.

Matéria alter­a­da às 18h18 para atu­al­iza­ção do número de casos em 2023.

Edição: Aline Leal

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