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Agência Brasil explica: portabilidade de planos de saúde

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© Arquivo/Agência Bra­sil (Repro­du­ção)

Uma das exigências é estar em dia com as mensalidades


Publi­ca­do em 22/03/2021 — 06:30 Por Vini­cius Lis­boa — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Rio de Janei­ro

Tro­car de pla­no de saú­de sem enfren­tar um novo perío­do de carên­cia é um direi­to de bene­fi­ciá­ri­os que aten­dem a deter­mi­na­dos requi­si­tos defi­ni­dos pela Agên­cia Naci­o­nal de Saú­de Suple­men­tar (ANS). Tais exi­gên­ci­as inclu­em estar em dia com o paga­men­to das men­sa­li­da­des, estar em um con­tra­to ati­vo e res­pei­tar o pra­zo míni­mo de per­ma­nên­cia no pla­no atu­al.

Pode pedir a por­ta­bi­li­da­de quem se enqua­dra nes­sas con­di­ções e con­tra­tou o pla­no após 1° de janei­ro de 1999, ou teve seu pla­no adap­ta­do à Lei dos Pla­nos de Saú­de (Lei n° 9.656/98). Como a por­ta­bi­li­da­de é uma con­tra­ta­ção com isen­ção do perío­do de carên­cia, o usuá­rio tam­bém deve aten­der a todas as regras de con­tra­ta­ção do pla­no esco­lhi­do.

O pra­zo míni­mo que o usuá­rio deve per­ma­ne­cer no pla­no de saú­de antes de soli­ci­tar a por­ta­bi­li­da­de pela pri­mei­ra vez é de dois anos, poden­do che­gar a três anos se esti­ver cum­prin­do uma Cober­tu­ra Par­ci­al Tem­po­rá­ria (CPT). Caso já tenha pedi­do a por­ta­bi­li­da­de antes, a per­ma­nên­cia exi­gi­da pode cair para um ano.

Aten­di­das essas exi­gên­ci­as, o usuá­rio pode soli­ci­tar a por­ta­bi­li­da­de a qual­quer momen­to, des­de que não este­ja inter­na­do. Com a exce­ção de alguns casos, é neces­sá­rio esco­lher um pla­no de des­ti­no com pre­ço com­pa­tí­vel ao do pla­no atu­al, o que pode ser con­fe­ri­do no Guia ANS de Pla­nos de Saú­de. Nes­sa pági­na, é pos­sí­vel gerar um rela­tó­rio de com­pa­ti­bi­li­da­de entre os pla­nos seguin­do os pas­sos des­cri­tos nes­se vídeo.

Ape­sar de pres­tar esse ser­vi­ço, a ANS não rea­li­za o pedi­do de por­ta­bi­li­da­de em si. Para isso, o usuá­rio pre­ci­sa soli­ci­tar a tro­ca à ope­ra­do­ra de des­ti­no e can­ce­lar o pla­no na ope­ra­do­ra de ori­gem depois que a mudan­ça for con­cluí­da.

Documentação

O rela­tó­rio de com­pa­ti­bi­li­da­de gera­do no site da ANS tem pra­zo de vali­da­de de cin­co dias depois de sua emis­são, e é um dos docu­men­tos usa­dos para soli­ci­tar a por­ta­bi­li­da­de na ope­ra­do­ra do pla­no de des­ti­no, poden­do ser subs­ti­tuí­do pelo núme­ro de pro­to­co­lo de por­ta­bi­li­da­de, que tam­bém é emi­ti­do no Guia ANS de Pla­nos de Saú­de. Além dis­so, é neces­sá­rio apre­sen­tar com­pro­van­te de paga­men­to das últi­mas três fatu­ras ou uma decla­ra­ção da ope­ra­do­ra atu­al de que o bene­fi­ciá­rio está em dia com os paga­men­tos.

Ao pedir a por­ta­bi­li­da­de, o usuá­rio pre­ci­sa­rá com­pro­var ain­da que cum­priu o pra­zo míni­mo de per­ma­nên­cia no pla­no atu­al. Para isso, pode apre­sen­tar a pro­pos­ta de ade­são assi­na­da, o con­tra­to assi­na­do ou uma decla­ra­ção da ope­ra­do­ra do pla­no de ori­gem ou do con­tra­tan­te do pla­no atu­al.

O pedi­do de por­ta­bi­li­da­de deve ser ana­li­sa­do em até dez dias pela ope­ra­do­ra do pla­no de des­ti­no, e, se não hou­ver res­pos­ta, a tro­ca é con­si­de­ra­da váli­da. A par­tir da mudan­ça, o usuá­rio tem cin­co dias para can­ce­lar o pla­no ante­ri­or, ou esta­rá sujei­to a cum­prir carên­ci­as do novo pla­no.

As ope­ra­do­ras de pla­nos de saú­de não podem cobrar pelo exer­cí­cio da por­ta­bi­li­da­de nem dis­cri­mi­nar pre­ços para quem exer­cer esse direi­to. Tam­bém é proi­bi­do exi­gir o pre­en­chi­men­to de um novo for­mu­lá­rio de Decla­ra­ção de Saú­de, a não ser que o novo pla­no tenha cober­tu­ras que não esta­vam pre­vis­tas no pla­no de ori­gem.

Caso o pla­no de des­ti­no tenha cober­tu­ras não pre­vis­tas no pla­no atu­al, o usuá­rio pode­rá cum­prir carên­cia ape­nas para esses ser­vi­ços. Nes­se caso, o perío­do de carên­cia é limi­ta­do a 300 dias para par­tos e 180 dias para as demais cober­tu­ras.

Outras dúvi­das sobre o tema podem ser res­pon­di­das no site da ANS, na seção de per­gun­tas fre­quen­tes.

A agên­cia regu­la­do­ra tam­bém publi­cou uma car­ti­lha em que expli­ca todas essas regras e ori­en­ta os usuá­ri­os sobre casos excep­ci­o­nais. Os requi­si­tos para a por­ta­bi­li­da­de não se apli­cam intei­ra­men­te a qua­tro casos: quan­do o pla­no cole­ti­vo é can­ce­la­do pela ope­ra­do­ra ou pela pes­soa jurí­di­ca con­tra­tan­te, como uma empre­sa, por exem­plo; quan­do o titu­lar do pla­no mor­re; quan­do o titu­lar do pla­no per­de o vín­cu­lo empre­ga­tí­cio com a empre­sa con­tra­tan­te; quan­do o bene­fi­ciá­rio per­de a con­di­ção de titu­lar.

Edi­ção: Gra­ça Adju­to

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