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Agenda de sustentabilidade envolve todas as áreas, afirmam ministros

Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Evento sobre mercado de carbono destaca necessidade de ações conjuntas


Pub­li­ca­do em 20/05/2022 — 13:51 Por Pedro Peduzzi — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

Os impactos que tec­nolo­gias ambi­en­tal­mente sus­ten­táveis terão para a econo­mia em um futuro próx­i­mo deix­am clara a neces­si­dade de ações interli­gadas entre difer­entes pas­tas gov­er­na­men­tais. É com esse espíri­to que algu­mas políti­cas públi­cas têm sido elab­o­radas e anun­ci­adas durante o Con­gres­so Mer­ca­do Glob­al de Car­bono – Descar­boniza­ção & Inves­ti­men­tos Verdes.

Em uma das plenárias des­ta sex­ta-feira (20), sobre cresci­men­to verde, três min­istros ressaltaram a neces­si­dade de tra­bal­har con­jun­ta­mente algu­mas pau­tas. É o caso da pro­dução sus­ten­táv­el de com­bustíveis a par­tir do hidrogênio – o chama­do hidrogênio verde – e da elab­o­ração de um selo para “estradas par­que”, que são rodovias com pas­sagens aéreas e sub­ter­râneas para min­i­mizar os impactos cau­sa­dos à fau­na e à flo­ra próx­i­mas.

Esta é uma das tec­nolo­gias que estão na mira do min­istro da Infraestru­tu­ra, Marce­lo Sam­paio, que desta­ca ain­da a pre­ocu­pação em incen­ti­var cada vez mais rodovias “racional­mente imper­me­áveis”, que devolvem a água da chu­va para o meio ambi­ente, evi­tan­do erosões. “Tudo para mit­i­gar ou garan­tir impacto mín­i­mo [para ess­es ambi­entes]”, afir­mou Sam­paio.

“A agen­da de sus­tentabil­i­dade é trans­ver­sal e pega todos min­istérios”, com­ple­tou.

Tam­bém par­tic­i­param do debate os min­istros do Meio Ambi­ente, Joaquim Leite, e da Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vações, Paulo Alvim, que fiz­er­am algu­mas sug­estões. “O cam­in­ho é crescer verde; é se desen­volver na direção do verde”, disse Joaquim Leite. “Os investi­dores querem isso: estradas que garan­tem pro­teção ambi­en­tal”, disse Alvim, ao sug­erir que tais empreendi­men­tos ten­ham “pon­tos de paradas para obser­vação das flo­restas”.

Alvim sug­eriu que alguns tipos de mate­r­i­al que têm sido usa­dos em lab­o­ratórios, inclu­sive flu­tu­antes, na Amazô­nia pode­ri­am ser tes­ta­dos nas estradas e pavi­men­tações. “Em ciên­cia e tec­nolo­gia, além do papel de con­stru­ir soluções, temos alter­na­ti­vas de pavi­men­tação, como con­strução de pavi­men­tos bons ambi­en­tal­mente e duradouros.”

“Há políti­cas públi­cas con­ver­gentes que se falam e se somam”, disse o min­istro. Para ele, a exem­p­lo do que tem ocor­ri­do em out­ras ini­cia­ti­vas, é pre­ciso que se tra­ga o setor empre­sar­i­al para este “mer­ca­do, que só vai crescer”.

Hidrogênio Verde

Out­ro mer­ca­do que tende a crescer, prin­ci­pal­mente após o inter­esse man­i­fes­ta­do por out­ros país­es, é o do hidrogênio verde, que é a pro­dução de hidrogênio para ser usa­do como com­bustív­el, a par­tir de fontes ambi­en­tal­mente sus­ten­táveis.

A pro­dução do com­bustív­el verde requer uso de grande quan­ti­dade de ener­gia. Caso o proces­so de pro­dução hidrogênio não faça uso de fontes energéti­cas danosas ao meio ambi­ente, dá-se a ele o nome de “hidrogênio verde”.

Entre as pos­si­bil­i­dades em estu­do, está o uso da ener­gia obti­da a par­tir de off­shores (ener­gia eóli­ca ger­a­da a par­tir de estru­turas insta­l­adas no mar) para pro­duzir hidrogênio com­bustív­el. “Temos uma cos­ta sem tem­pes­tades e com ven­tos con­stantes. Poder­e­mos insta­lar mui­ta coisa off­shore para pro­duzir hidrogênio”, disse o min­istro do Meio Ambi­ente, Joaquim Leite.

De acor­do com min­istro de Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vações, segu­rança energéti­ca é um dos prin­ci­pais desafios e pre­cisa ser debati­da. “Quan­do falam­os dis­so, falam­os dos com­bustíveis do futuro e do hidrogênio. Temos políti­cas que avançam nesse sen­ti­do; no desafio tec­nológi­co do hidrogênio, que vai con­tribuir não só para ati­var a bioe­cono­mia como tam­bém para per­mi­tir maior dis­tribuição espa­cial de ener­gia limpa”, desta­cou Alvim.

Ele disse que o gov­er­no está pre­ocu­pa­do com a questão do hidrogênio. “A água [de onde se pode extrair hidrogênio] é uma das fontes, mas há out­ras rotas tec­nológ­i­cas para chegar na ener­gia do hidrogênio, como é o caso do etanol”, acres­cen­tou.

“Já temos pro­dução em alguns esta­dos, e temos car­ros de hidrogênio rodan­do. Temos inclu­sive lin­has de pro­dução em fábri­c­as. É algo que está muito próx­i­mo. Há ain­da pos­si­bil­i­dade de usar essa ener­gia em indús­trias, ener­gia elétri­ca e em out­ras áreas. O hidrogênio tem um arco-íris [de pos­si­bil­i­dades] porque, a par­tir de cada fonte, tem uma alter­na­ti­va. São fontes ilim­i­tadas”, desta­cou.

Alvim aproveitou o encon­tro para adi­antar que, nos próx­i­mos dias, haverá uma grande chama­da para empreende­dores e pesquisadores de ener­gia verde. “Mil­hões serão investi­dos para que, em breve, ten­hamos novas soluções.”

O Con­gres­so Mer­ca­do Glob­al de Car­bono, que ter­mi­na hoje, inclui 24 painéis que estão sendo apre­sen­ta­dos em qua­tro salas temáti­cas. O even­to traz ain­da 120 cas­es (even­to como a cri­ação de uma empre­sa ou o lança­men­to de um pro­du­to ou serviço) de suces­so de empreende­dores verdes.

Edição: Nádia Fran­co

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