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Almanaque conta história do circo para público infantojuvenil

Divulgação do Almanaque do Circo
Repro­dução: © Divul­gação do Almanaque do Cir­co

Obra será distribuída para bibliotecas comunitárias


Pub­li­ca­do em 08/08/2021 — 18:03 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

A par­tir da próx­i­ma sem­ana, mais de 1,5 mil exem­plares do Almanaque do Cir­co, ded­i­ca­do ao públi­co infan­to­ju­ve­nil, serão dis­tribuí­dos em bib­liote­cas comu­nitárias e insti­tu­ições local­izadas em difer­entes regiões do Rio de Janeiro. O livro tam­bém estará disponív­el gra­tuita­mente para leitu­ra online na platafor­ma Issuu, no per­fil da A Coisa Toda Pro­duções.

O even­to de lança­men­to está pro­gra­ma­do para aman­hã (9), às 18h, com um bate-papo ao vivo com a escrito­ra Angela Carneiro e o pesquisador, ator, acro­ba­ta e dire­tor Cláu­dio Bal­tar, no canal do YouTube da Est­u­fa de Ideias. Na ocasião, haverá per­for­mance dos artis­tas Cesar Tavares e Julia Scha­ef­fer, que inter­pre­tam os pal­haços Invólu­cro e Shei-lá, do grupo Roda de Pal­haço.

Com tex­to de Angela Carneiro, o Almanaque do Cir­co con­ta a história do cir­co no Brasil e no mun­do por meio de con­ver­sas man­ti­das pela jovem Feli­pa com seu bisavô Felis­ber­to, duas per­son­agens de uma família circense fic­tí­cia cri­a­da pela auto­ra. Ela res­ga­tou memórias da infân­cia, como o pal­haço Care­quin­ha, até o cir­co mais human­iza­do de hoje, que tra­bal­ha sem ani­mais.

“Foi um pre­sente da pan­demia. Eu esta­va em casa quan­do min­ha agente ligou falan­do sobre esse pro­je­to”, disse Angela à Agên­cia Brasil. Esse será o quin­quagési­mo livro da escrito­ra, que já gan­hou vários prêmios ao lon­go da car­reira, entre os quais o Jabu­ti, em 1993, pelo romance Caixa Postal 1989, livro que até hoje é ado­ta­do em esco­las. Por essa obra, Angela esteve pre­sente entre os dez autores infan­tis mais pre­mi­a­dos do país.

Pesquisa

Divulgação do Almanaque do Circo
Repro­dução: Divul­gação do Almanaque do Cir­co — Divul­gação do Almanaque do Cir­co

No livro, Felis­ber­to é um per­son­agem idoso, próx­i­mo dos 100 anos de idade, mas total­mente lúci­do, e res­i­dente na Casa dos Artis­tas. Sua bis­ne­ta Feli­pa quer ser engen­heira, estu­da para as provas do Exame Nacional do Ensi­no Médio (Enem), gos­ta de passear com as ami­gas, ir ao cin­e­ma, namorar, postar self­ies nas redes soci­ais.

Feli­pa seria uma garo­ta comum, como muitas out­ras, se não fos­se o fato de ter nasci­do e cresci­do em um cir­co. Como muitas famílias circens­es que migraram da Europa para o Brasil a par­tir dos anos de 1830, seus tatar­avós artis­tas vier­am de Por­tu­gal. Depois que o cir­co da família fechou, Feli­pa foi morar com seu bisavô Felis­ber­to, a quem ela chama car­in­hosa­mente de Bivô. Felis­ber­to foi pal­haço, mestre de cer­imô­nias e domador de feras, em um tem­po em que havia ani­mais no cir­co.

Com ilus­trações da design­er Giu­lia Burat­ta, o livro apre­sen­ta a tra­jetória do cir­co em 18 capí­tu­los. O almanaque traz muitas curiosi­dades que são desta­cadas nos box­es ilustra­dos e bati­za­dos como “Você sabia?”. Ali, ficamos saben­do que são muitas as denom­i­nações atribuí­das ao cir­co ao lon­go da história como cir­co de cav­al­in­hos, cir­co mambe­m­be, cir­co-teatro, cir­co de var­iedades, cir­co rodeio, cir­co amer­i­cano, entre out­ras.

Respon­sáv­el pela pesquisa sobre o cir­co, o ator Cláu­dio Bal­tar, que por 20 anos fez parte da Intrép­i­da Trupe, afir­mou que o cir­co é uma paixão e con­tin­ua vivo. “O cir­co vai resi­s­tir e se rein­ven­tar sem­pre”, apos­tou.

Aprendizado

Divulgação do Almanaque do Circo
Repro­dução: Capa do Almanaque do Cir­co — Divul­gação do Almanaque do Cir­co

Mestre em edu­cação pela Pon­tif­í­cia Uni­ver­si­dade Católi­ca do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e pro­fes­so­ra aposen­ta­da da Fac­ul­dade de Arquite­tu­ra e Urban­is­mo da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro (FAU/UFRJ), Angela Carneiro afir­mou que faz­er o Almanaque do Cir­co foi um apren­diza­do. “Me deu muito praz­er em escr­ev­er. Eu ten­ho saudade dessas pes­soas [per­son­agens] que fiz­er­am com­pan­hia para mim na pan­demia”.

O livro mis­tu­ra infor­mações da tradição oral, basea­da na exper­iên­cia do bisavô Felis­ber­to, com doc­u­men­tos guarda­dos e con­sul­ta de livros. A obra mostra ain­da como o cir­co foi um ambi­ente acol­he­dor e agre­gou pes­soas que eram iso­ladas na sociedade, como a mul­her bar­ba­da.

Entre as bib­liote­cas comu­nitárias que rece­berão o Almanaque do Cir­co estão Mun­do da Lua, Palavras Com­par­til­hadas (Insti­tu­to Con­sue­lo Pin­heiro), Profª Judith Lacaz, Ate­lier das Palavras (Asso­ci­ação Meni­nas e Mul­heres do Mor­ro), Elias José (Museu da Maré).

O Almanaque do Cir­co foi pro­duzi­do pela A Coisa Toda Pro­duções através da Lei Estad­ual de Incen­ti­vo à Cul­tura.

Edição: Lílian Beral­do

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