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Amazonia 1 chega à orbita com sucesso e inicia transmissão de dados

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© Divulgação/MCTI (Repro­du­ção)

Programa permitirá teste de nova plataforma multimissão brasileira


Publi­ca­do em 28/02/2021 — 01:00 Por Sarah Qui­nes — Repór­ter da TV Bra­sil — Bra­sí­lia

Atu­a­li­za­do em 28/02/2021 — 04:50

Em ape­nas 17 minu­tos após o lan­ça­men­to, ocor­ri­do à 1h54 (horá­rio de Bra­sí­lia), o saté­li­te Ama­zo­nia 1 alcan­çou o des­ti­no a 752 quilô­me­tros de alti­tu­de da super­fí­cie da Ter­ra. O lan­ça­men­to ocor­reu a par­tir do Cen­tro Espa­ci­al Satish Dhawan, na cida­de de Sriha­ri­ko­ta, na pro­vín­cia de Andh­ra Pra­desh, na Índia, e mar­cou dois avan­ços tec­no­ló­gi­cos do país: o domí­nio com­ple­to do ciclo de desen­vol­vi­men­to de um saté­li­te — conhe­ci­men­to domi­na­do por ape­nas vin­te paí­ses no mun­do — e a vali­da­ção de voo da Pla­ta­for­ma Mul­ti­mis­são (PMM), que fun­ci­o­na como um sis­te­ma adap­tá­vel modu­lar que pode ser con­fi­gu­ra­do de diver­sas manei­ras para cum­prir dife­ren­tes obje­ti­vos. A afir­ma­ção foi fei­ta por Môni­ca Rocha, dire­to­ra subs­ti­tu­ta do Ins­ti­tu­to Naci­o­nal de Pes­qui­sas Espa­ci­ais (Inpe).

O lan­ça­men­to do saté­li­te — fru­to de uma par­ce­ria entre o pro­gra­ma espa­ci­al bra­si­lei­ro e a Índia — foi come­mo­ra­do na madru­ga­da de hoje (28) por téc­ni­cos, enge­nhei­ros e demais mem­bros da equi­pe de desen­vol­vi­men­to tec­no­ló­gi­co do equi­pa­men­to. O minis­tro da Ciên­cia, Tec­no­lo­gia e Ino­va­ção, Mar­cos Pon­tes, acom­pa­nhou dire­ta­men­te do cen­tro de con­tro­le da mis­são na Índia, e fez ques­tão de rea­fir­mar a par­ce­ria entre os dois paí­ses. “Este momen­to repre­sen­ta o ápi­ce des­se esfor­ço [de desen­vol­vi­men­to do pro­je­to], fei­to por tan­tas pes­so­as. Esse saté­li­te tem uma mis­são mui­to impor­tan­te para o Bra­sil. Essa par­ce­ria [entre Bra­sil e Índia] vai cres­cer mui­to. Por­tan­to, mui­to obri­ga­do pelo lin­do lan­ça­men­to, lin­do fogue­te e por todo o esfor­ço. As ban­dei­ras [da índia e do Bra­sil] repre­sen­tam exa­ta­men­te o que esta­mos fazen­do aqui hoje: uma rela­ção cada vez mais for­te”, dis­cur­sou o minis­tro para a equi­pe indi­a­na após o anún­cio do suces­so da mis­são.

“Estou extre­ma­men­te satis­fei­to em decla­rar o suces­so do lan­ça­men­to pre­ci­so do Ama­zo­nia 1 hoje. Nes­ta mis­são, a Índia e a ISRO [agên­cia espa­ci­al indi­a­na] estão extre­ma­men­te hon­ra­das e feli­zes em lan­çar o pri­mei­ro saté­li­te ope­ra­do pelo Bra­sil. Minhas sin­ce­ras con­gra­tu­la­ções ao time bra­si­lei­ro por essa con­quis­ta. O saté­li­te está em órbi­ta, os pai­néis sola­res se abri­ram e está tudo fun­ci­o­nan­do mui­to bem”, afir­mou o pre­si­den­te da ISRO, K. Sivan ao final da ope­ra­ção.

TV Bra­sil acom­pa­nhou todas as eta­pas do lan­ça­men­to em um pro­gra­ma espe­ci­al com entre­vis­tas, comen­tá­ri­os e curi­o­si­da­des sobre o Ama­zo­nia 1 e a nova eta­pa do pro­gra­ma espa­ci­al bra­si­lei­ro.

O Ama­zo­nia 1 foi desen­vol­vi­do pelo Ins­ti­tu­to Naci­o­nal de Pes­qui­sas Espa­ci­ais (INPE) em par­ce­ria com a Agên­cia Espa­ci­al Bra­si­lei­ra (AEB) — órgãos liga­dos ao Minis­té­rio da Ciên­cia, Tec­no­lo­gia e Ino­va­ções.

Veja o lançamento na íntegra:

#AoVi­vo Acom­pa­nhe com a TV Bra­sil o lan­ça­men­to do Ama­zo­nia 1, saté­li­te de obser­va­ção da Ter­ra pro­je­ta­do, inte­gra­do, tes­ta­do e ope­ra­do pelo Brasil.O lan­ça­men­to acon­te­ce a par­tir do Cen­tro Espa­ci­al de Satish Dhawan na Índia.
Par­ti­ci­pe da trans­mis­são usan­do #Bra­sil­no­Es­pa­ço!

Minis­té­rio da Ciên­cia, Tec­no­lo­gia e Ino­va­ções
Agên­cia Espa­ci­al Bra­si­lei­ra — AEB

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O Ama­zo­nia 1 foi colo­ca­do em órbi­ta pela mis­são PSLV-C51, da agên­cia espa­ci­al indi­a­na Indi­an Spa­ce Rese­ar­ch Orga­ni­sa­ti­on (ISRO). Com seis quilô­me­tros de fios e 14 mil cone­xões elé­tri­cas, o saté­li­te tem por obje­ti­vo for­ne­cer dados de sen­so­ri­a­men­to remo­to para obser­var e moni­to­rar o des­ma­ta­men­to, espe­ci­al­men­te na região amazô­ni­ca, além de moni­to­rar a agri­cul­tu­ra no país.

Inter­nau­tas e teles­pec­ta­do­res pude­ram par­ti­ci­par com per­gun­tas e comen­tá­ri­os usan­do a hash­tag #Bra­sil­No­Es­pa­ço.

Em entre­vis­ta exclu­si­va à Rádio Naci­o­nal, o pre­si­den­te da Agên­cia Espa­ci­al Bra­si­lei­ra, Car­los Mou­ra, que acom­pa­nha a comi­ti­va na Índia, dis­se que o momen­to é de expec­ta­ti­va e tam­bém de pro­je­ção do Bra­sil.

» Leia a entre­vis­ta na ínte­gra

Missão Amazonia e Plataforma Multimissão

A Mis­são Ama­zo­nia pre­ten­de lan­çar, em data a ser defi­ni­da, mais dois saté­li­tes de sen­so­ri­a­men­to remo­to: o Ama­zo­nia 1B e o Ama­zo­nia 2. “Os saté­li­tes da série Ama­zo­nia serão for­ma­dos por dois módu­los inde­pen­den­tes: um módu­lo de ser­vi­ço — que é a Pla­ta­for­ma Mul­ti­mis­são (PMM) — e um módu­lo de car­ga útil, que abri­ga câme­ras e equi­pa­men­tos de gra­va­ção e trans­mis­são de dados de ima­gens”, deta­lha o Inpe.

Além de aju­dar no moni­to­ra­men­to do meio ambi­en­te, a mis­são aju­da­rá na vali­da­ção da Pla­ta­for­ma Mul­ti­mis­são como base modu­lar para diver­sos tipos de saté­li­tes. Essa pla­ta­for­ma repre­sen­ta, segun­do o Inpe, “um con­cei­to moder­no de arqui­te­tu­ra de saté­li­tes, que tem o pro­pó­si­to de reu­nir em uma úni­ca pla­ta­for­ma todos os equi­pa­men­tos que desem­pe­nham fun­ções neces­sá­ri­as à sobre­vi­vên­cia de um saté­li­te, inde­pen­den­te­men­te do tipo de órbi­ta.”

Entre as fun­ções exe­cu­ta­das pela pla­ta­for­ma estão as de gera­ção de ener­gia, con­tro­le tér­mi­co, geren­ci­a­men­to de dados e tele­co­mu­ni­ca­ção de ser­vi­ço — o que pos­si­bi­li­ta­rá a adap­ta­ção a dife­ren­tes car­gas úteis, além de redu­zir cus­tos e pra­zos no desen­vol­vi­men­to de novas mis­sões.

“Essa com­pe­tên­cia glo­bal em enge­nha­ria de sis­te­mas e em geren­ci­a­men­to de pro­je­tos colo­ca o país em um novo pata­mar cien­tí­fi­co e tec­no­ló­gi­co para mis­sões espa­ci­ais. A par­tir do lan­ça­men­to do saté­li­te Ama­zo­nia 1 e da vali­da­ção em voo da PMM, o Bra­sil terá domi­na­do o ciclo de vida de fabri­ca­ção de sis­te­mas espa­ci­ais para saté­li­tes esta­bi­li­za­dos em três eixos”, infor­ma o Inpe.

Entre os ganhos tec­no­ló­gi­cos que a mis­são deve­rá ren­der ao país, o Inpe des­ta­ca, além da vali­da­ção da PMM, a con­so­li­da­ção do conhe­ci­men­to do país no ciclo com­ple­to de desen­vol­vi­men­to de saté­li­tes; o desen­vol­vi­men­to da indús­tria naci­o­nal dos meca­nis­mos de aber­tu­ra de pai­néis sola­res, o desen­vol­vi­men­to da pro­pul­são do sub­sis­te­ma de con­tro­le de ati­tu­de e órbi­ta na indús­tria naci­o­nal e a con­so­li­da­ção de conhe­ci­men­tos na cam­pa­nha de lan­ça­men­to de saté­li­tes de mai­or com­ple­xi­da­de.

» Leia mais sobre o Ama­zo­nia 1

*Maté­ria atu­a­li­za­da às 4h50 para acrés­ci­mo de infor­ma­ções.

Edi­ção: Pedro Ivo de Oli­vei­ra

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