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Amor e luta: exposição no Rio conta trajetória do movimento LGBTI+

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Evento também celebra 30 anos do Grupo Arco-Íris


Pub­li­ca­do em 18/11/2023 — 10:55 Por Rafael Car­doso — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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“Nada a temer, senão o cor­rer da luta”. A frase, da músi­ca Caçador de Mim, de Mil­ton Nasci­men­to, foi escol­hi­da como inspi­ração para a aber­tu­ra da exposição Amor e Luta, neste sába­do (17) na estação do metrô Car­i­o­ca, na região cen­tral do Rio de Janeiro. Painéis ilus­tra­tivos, fotografias e peças de ves­tuário apre­sen­tam a história do movi­men­to LGBTI+ e do Grupo Arco-Íris, que em maio com­ple­tou 30 anos de existên­cia em defe­sa da diver­si­dade e dos dire­itos humanos.

O espaço expos­i­ti­vo foi divi­do em difer­entes setores. Uma primeira parte apre­sen­ta a lin­ha do tem­po com os prin­ci­pais fatos rela­ciona­dos ao movi­men­to LGBTI+ e ao Grupo Arco-Íris. Depois, há um memo­r­i­al volta­do espe­cial­mente para a arte e cul­tura trans­formista. A ideia é hom­e­nagear atores e atrizes que con­tribuíram para divul­gar as ban­deiras de luta políti­ca por meio da cul­tura e da arte. Out­ros memo­ri­ais lem­bram can­toras lés­bi­cas e bis­sex­u­ais emblemáti­cas da mil­itân­cia, e ativis­tas que já fale­ce­r­am e se destacaram na luta pelos dire­itos da comu­nidade no país.

Rio de Janeiro (RJ) 17/11/2023 – Exposição Amor & Luta: Trajetórias do Movimento LGBTI+ e 30 anos do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+, na estação Carioca do MetrôRio. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Repro­dução: Rio de Janeiro (RJ) 17/11/2023 – Exposição Amor & Luta: Tra­jetórias do Movi­men­to LGBTI+ e 30 anos do Grupo Arco-Íris de Cidada­nia LGBTI+, na estação Car­i­o­ca do MetrôRio. Foto: Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

A inau­gu­ração da mostra foi pen­sa­da estrate­gi­ca­mente para acon­te­cer dois dias antes da 28ª Para­da do Orgul­ho LGBTI+ Rio, que ocorre no próx­i­mo domin­go (19), às 11h, no Pos­to 5 da Pra­ia de Copaca­bana, na zona sul da cidade. O even­to tam­bém é orga­ni­za­do pelo Grupo Arco-Íris.

“É um momen­to impor­tante de olhar para o pas­sa­do e val­orizar toda essa história. Tam­bém deixar uma men­sagem para as futuras ger­ações que pre­cisamos incluir na per­spec­ti­va humana a questão da diver­si­dade e da plu­ral­i­dade. A base da sociedade democráti­ca tem que ser o afe­to e a liber­dade para que as pes­soas expressem sem cul­pa e sem medo a própria existên­cia. Esse lega­do pro­je­ta uma inspi­ração para os próx­i­mos anos”, afir­ma Cláu­dio Nasci­men­to, pres­i­dente do Grupo Arco-Íris e curador da exposição.

A princí­pio, a exposição seria na sede do Grupo Arco-Íris. Mas a parce­ria com a empre­sa MetrôRio trouxe a memória e as men­sagens de luta da pop­u­lação LGBTI+ para um espaço de maior cir­cu­lação de pes­soas.

“É um lugar de grande vis­i­bil­i­dade. Entre 70 e 80 mil pas­sageiros pas­sam por dia nes­sa estação, que fica no coração do cen­tro do Rio. A exposição aqui con­tribui de maneira impac­tante para que mais pes­soas pos­sam ter aces­so”, diz Cláu­dio.

“Nós somos muito plu­rais, trans­porta­mos muitas pes­soas todos os dias. E a diver­si­dade e a inclusão são val­ores muito impor­tantes para nós. Sedi­ar essa exposição vai aju­dar nos­sos clientes a con­hecerem mel­hor as lutas do movi­men­to LGBTI+ e o tra­bal­ho do Grupo Arco-Íris”, reforça Marce­lo Manci­ni, do Núcleo Diver­si­dade do MetrôRio.

Entre o públi­co que par­ticipou do even­to hoje, a men­sagem de con­tinuidade da luta por igual­dade de dire­itos e justiça social impactou prin­ci­pal­mente os mais jovens.

“Eu sou de uma nova ger­ação. Mas a gente tem que saber o que acon­te­ceu lá atrás. As trans, gays e lés­bi­cas abri­ram essa alame­da para a que a gente pudesse estar aqui hoje”, diz Yas­min Oliveira, que é trans­sex­u­al, pro­mo­to­ra de ven­das e cov­er da Lady Gaga. “É muito inteligente que ten­ham escol­hi­do esse lugar no metrô, porque muitas pes­soas pas­sam por aqui e isso aumen­ta a vis­i­bil­i­dade da causa”.

Edição: Aécio Ama­do

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