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Anielle chama de “aterrorizante” vídeo de morador baleado na Maré

Repro­dução: © Vídeo/Redes Soci­ais

Ministra e Anistia Internacional cobram investigações sobre o caso


Pub­li­ca­do em 08/02/2024 — 20:55 Por Rafael Car­doso — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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A min­is­tra da Igual­dade Racial, Anielle Fran­co, usou as redes soci­ais para con­denar o poli­cial mil­i­tar que atirou à queima-roupa con­tra um homem no Com­plexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação foi grava­da em vídeo e com­par­til­ha­da na inter­net.

Nas ima­gens, o poli­cial agride o homem negro com um fuzil e é ouvi­do um dis­paro. O homem atingi­do parece estar desar­ma­do. Logo em segui­da, ele cai feri­do, é socor­ri­do por uma mul­her e perde muito sangue. Tam­bém é pos­sív­el ouvir gri­tos das pes­soas ao redor.

Anielle chamou o vídeo de “ater­ror­izante” e disse que vai acom­pan­har as inves­ti­gações.

“A lei deve ser cumpri­da por todos, inde­pen­dente do local, raça ou ren­da. A imagem mostra uma ação no mín­i­mo despro­por­cional. Liguei para o Min­istro Lewandows­ki e acom­pan­hare­mos as inves­ti­gações. Man­i­festo sol­i­dariedade à família da víti­ma e a toda a pop­u­lação da Maré, ater­ror­iza­da com esse tipo de oper­ações”. A min­is­tra acres­cen­ta que não se pode aceitar esse tipo de vio­lên­cia “numa comu­nidade que é for­ma­da por tra­bal­hadores, em sua maio­r­ia pes­soas negras”.

A dep­uta­da fed­er­al Talíria Petrone (PSOL-RJ) e a dep­uta­da estad­ual Rena­ta Souza (PSOL) con­fir­maram a morte do homem balea­do e o iden­ti­ficaram como “Jef­fer­son”. Elas entraram com uma rep­re­sen­tação no Min­istério Públi­co estad­ual para “cobrar con­t­role exter­no da oper­ação de hoje na Maré”.

A Anis­tia Inter­na­cional tam­bém se man­i­festou sobre o ocor­ri­do nas redes soci­ais.

“Inad­mis­síveis as cenas de hor­ror reg­istradas hoje, na Maré, com um morador sendo exe­cu­ta­do sumari­a­mente à queima roupa por tiro de fuzil. Exigi­mos inves­ti­gações impar­ci­ais e respon­s­abi­liza­ção de todos os envolvi­dos nesse crime, incluin­do a cadeia de coman­do da força poli­cial”.

Mais cedo, a asses­so­ria de impren­sa da Sec­re­taria de Esta­do de Polí­cia Mil­i­tar disse, em nota, que já iden­ti­fi­cou o agente envolvi­do na ocor­rên­cia e que “instau­rou um pro­ced­i­men­to para averiguar as cir­cun­stân­cias do fato”. O poli­cial usa­va uma câmera opera­cional portátil e as ima­gens vão ser disponi­bi­lizadas para inves­ti­gadores.

A Polí­cia Civ­il disse que a Del­e­ga­cia de Homicí­dios da Cap­i­tal (DHC) foi aciona­da e que vai faz­er uma perí­cia no local. Tam­bém garan­tiu que “out­ras diligên­cias estão em anda­men­to para apu­rar e esclare­cer todos os fatos”.

Operação policial

O dis­paro con­tra o homem acon­te­ceu em meio a uma oper­ação poli­cial para recu­per­ar uma car­ga de veícu­los de luxo rouba­da. Par­tic­i­param poli­ci­ais civis da Del­e­ga­cia de Rou­bos e Fur­tos de Car­gas (DRFC), da Del­e­ga­cia de Rou­bos e Fur­tos de Automóveis (DRFA) e da Coor­de­nado­ria de Recur­sos Espe­ci­ais (Core) e poli­ci­ais mil­itares do Batal­hão de Oper­ações Espe­ci­ais (Bope) e do Batal­hão de Polí­cia de Choque (BPChoque).

Os agentes recu­per­aram 11 veícu­los, um car­ro de luxo e qua­tro moto­ci­cle­tas na favela Nova Holan­da, no Com­plexo da Maré. Os car­ros estavam em um cam­in­hão-cegonha rou­ba­do durante a madru­ga­da, na Aveni­da Brasil. O motorista tam­bém chegou a ser man­ti­do como refém pelos crim­i­nosos.

Edição: Aline Leal

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