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Ano de 2023 é o mais quente da série histórica no Brasil

Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Temperaturas no país ficou 0,69°C acima da média


Pub­li­ca­do em 10/01/2024 — 09:43 Por Ana Cristi­na Cam­pos – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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O ano de 2023 é o mais quente da história do plan­e­ta, segun­do dados da Orga­ni­za­ção Mete­o­rológ­i­ca Mundi­al (OMM). No Brasil, a média das tem­per­at­uras do ano ficou em 24,92ºC, sendo 0,69°C aci­ma da média históri­ca de 1991/2020, que é 24,23°C. Em 2022, a média anu­al foi de 24,07ºC, 0,16ºC abaixo da média históri­ca.

Segun­do lev­an­ta­men­to do Insti­tu­to Nacional de Mete­o­rolo­gia (Inmet), dos 12 meses do ano de 2023, nove tiver­am médias men­sais de tem­per­atu­ra aci­ma da média históri­ca (1991/2020), com destaque para setem­bro, que apre­sen­tou maior desvio (difer­ença entre o val­or reg­istra­do e a média históri­ca) des­de 1961, com 1,6ºC aci­ma da cli­ma­tolo­gia de 1991/2020 (média históri­ca).

Ao lon­go do ano, o Brasil enfren­tou nove episó­dios de onda de calor, reflexo dos impactos do fenô­meno El Niño (aque­c­i­men­to aci­ma da média das águas do Oceano Pací­fi­co Equa­to­r­i­al), que tende a favore­cer o aumen­to da tem­per­atu­ra em várias regiões do plan­e­ta. Além dis­so, segun­do o Inmet, out­ros fatores têm con­tribuí­do para a ocor­rên­cia de even­tos cada vez mais extremos, como o aumen­to da tem­per­atu­ra glob­al da super­fí­cie ter­restre e dos oceanos.

Após análise dos desvios de tem­per­at­uras médias anu­ais do Brasil des­de 1961 a 2023, o Inmet ver­i­fi­cou uma tendên­cia de aumen­to esta­tis­ti­ca­mente sig­ni­fica­ti­vo das tem­per­at­uras ao lon­go dos anos, que pode estar asso­ci­a­da à mudança no cli­ma em decor­rên­cia da ele­vação da tem­per­atu­ra glob­al e mudanças ambi­en­tais locais.

As tem­per­at­uras mais ele­vadas foram obser­vadas no sul do Pará, Mato Grosso, sul de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, áreas de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Per­nam­bu­co e Ceará.

Temperatura global

De acor­do com a ver­são pro­visória do Esta­do Glob­al do Cli­ma 2023, pub­li­ca­da pela OMM, em 30 de novem­bro de 2023, a tem­per­atu­ra média da super­fí­cie glob­al ficou 1,4°C aci­ma da média históri­ca de 1850/1900, até out­ubro do ano pas­sa­do.

Com este val­or, o ano de 2023 já é con­sid­er­a­do o mais quente em 174 anos de medições mete­o­rológ­i­cas, superan­do os anos de 2016, com 1,29°C aci­ma da média, e 2020, com 1,27°C aci­ma da média.

Ontem (9), o Serviço de Mudanças Climáti­cas Coper­ni­cus, da União Europeia, con­fir­mou que o ano pas­sa­do foi o mais quente reg­istra­do no plan­e­ta e provavel­mente o mais quente do mun­do nos últi­mos 100 mil anos.

Edição: Valéria Aguiar

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