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Ano-novo: fogos de artifício exigem prudência e manuseio correto

Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal jr/Agência Brasil

Agência Brasil conversou com especialistas sobre cuidados necessários


Pub­li­ca­do em 31/12/2022 — 07:42 Por Cami­la Maciel — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Janeiro é um mês em que unidades médi­cas espe­cial­izadas em queima­dos cos­tu­mam obser­var um aumen­to da deman­da. Um dos motivos são os fogos de artifí­cio bas­tante uti­liza­dos nas fes­tivi­dades de ano novo. O mes­mo ocorre no São João ou em perío­dos de Copa do Mun­do. Imprudên­cia e manu­seio incor­re­to são alguns dos com­por­ta­men­tos de risco. A Agên­cia Brasil con­ver­sou com espe­cial­is­tas que expli­cam os cuida­dos necessários.

O médi­co André Toshi­a­ki Nishimu­ra, coor­de­nador do Cen­tro de Trata­men­to de Queima­dos da prefeitu­ra de São Paulo, ori­en­ta que quem for manuse­ar fogos de artifí­cio não deve con­sumir bebi­da alcoóli­ca. “Às vezes, quan­do os fogos não fun­cionam, a pes­soa vai lá e ten­ta abrir o dis­pos­i­ti­vo, mexe na pólvo­ra e vai acabar se queiman­do. Eu acred­i­to que a maior parte [dos aci­dentes] é de imprudên­cia e de geral­mente mis­tu­rar [con­sumo de] álcool com fogos”, acres­cen­ta.

De janeiro a novem­bro deste ano, o Cen­tro de Trata­men­to de Queima­dos (CTQ) do Hos­pi­tal Munic­i­pal Doutor Cár­mi­no Car­ic­chio – Tat­u­apé, que é refer­ên­cia na cap­i­tal paulista, aten­deu 6.692 pacientes queima­dos. Desse total, 3.073 apre­sen­tavam queimaduras por líqui­dos escal­dantes, 661 por con­ta­to com fogo e tem­po exces­si­vo de exposição ao sol sem pro­teção e 317 por elet­ri­ci­dade. Em 2021, a unidade de atendi­men­to aos queima­dos do hos­pi­tal munic­i­pal rece­beu 7.911 pes­soas.

Cuidado na compra

O sar­gen­to Alan Azeve­do, do Cor­po de Bombeiros de Minas Gerais, desta­ca que os cuida­dos com os fogos de artifí­cios devem começar no momen­to da aquisição do pro­du­to. “[O con­sum­i­dor] deve procu­rar saber se ele é cer­ti­fi­ca­do pelo Exérci­to Brasileiro, se tem uma fis­cal­iza­ção naque­le local, se tem um alvará de fun­ciona­men­to naque­le esta­b­elec­i­men­to aprova­do pelo Cor­po de Bombeiros e out­ros órgãos prin­ci­pais”, ori­en­ta. Segun­do o sar­gen­to, a cer­ti­fi­cação deve con­star nas embal­a­gens.

Ler e seguir as ori­en­tações do rótu­lo é fun­da­men­tal. Além dis­so, não se deve, em hipótese algu­ma, rea­cen­der o artefa­to, que, por algum moti­vo, não ten­ha fun­ciona­do. “Se esse mate­r­i­al não for ini­ci­a­do, deve-se descar­tar aque­le fogo de artifí­cio ali, jus­ta­mente para não chegar próx­i­mo ao local e esse fogo de artifí­cio acabar ten­do reignição e causar algum tipo de aci­dente”, apon­ta. Ele acres­cen­ta que não se deve acen­der o pro­du­to em local fecha­do, nem per­to de rede de alta ten­são e é pre­ciso estar longe do públi­co.

Azeve­do chama a atenção tam­bém para o manu­seio dos fogos com o mate­r­i­al de suporte que acom­pan­ha o pro­du­to. “Não soltar na própria mão, que a pes­soa uti­lize a base que vem den­tro da embal­agem”, pon­tua. Além dis­so, o mate­r­i­al só pode ser manuse­a­do por maiores de idade. “Cri­ança somente aque­las bombin­has, tipo estal­in­ho, que não tem risco”, indi­ca.

Primeiros socorros

Em caso de aci­dentes, Nishimu­ra apon­ta que uma ação emer­gen­cial pos­sív­el, em caso de queimadu­ra, é o res­fri­a­men­to da área. “[Isso] diminui a pro­fun­di­dade da queimadu­ra. Lavar a região é impor­tante, isso é fun­da­men­tal. Lavar com água cor­rente”, expli­ca o médi­co. Azeve­do lem­bra ain­da que médi­cos ou enfer­meiros que este­jam no local podem ser aciona­dos para os primeiros pro­ced­i­men­tos antes da chega­da ao hos­pi­tal ou da ambulân­cia.

Nos casos em que há amputação de algum mem­bro, o sar­gen­to Alan Azeve­do expli­ca que é fun­da­men­tal estancar o san­gra­men­to e encam­in­har a pes­soa ao hos­pi­tal, ou ain­da lig­ar para o 193. “Pega um pano limpo, colo­ca sobre o local de fer­i­men­to e faça uma peque­na pressão de for­ma a estancar o san­gra­men­to”, ori­en­ta.

Edição: Lílian Beral­do

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