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Anotações de Heleno continham “diretrizes estratégicas” contra urnas

Provas estão em inquérito encaminhado ao STF

Luiz Clau­dio Fer­reira — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 26/11/2024 — 17:56
Brasília
Repro­dução: © Lula Marques/ Agên­cia Brasil

Indi­ci­a­do pela Polí­cia Fed­er­al, o ex-min­istro do Gabi­nete de Segu­rança Insti­tu­cional gen­er­al da reser­va Augus­to Heleno teria “atu­a­do de for­ma desta­ca­da” no plane­ja­men­to e exe­cução de medi­das para “desa­cred­i­tar o proces­so eleitoral brasileiro” e “sub­vert­er o regime democráti­co”. 

Entre as provas, está uma agen­da em que o gen­er­al teria ano­ta­do, de próprio pun­ho, as medi­das necessárias.

O inquéri­to da Polí­cia Fed­er­al, que apon­ta ações sobre a supos­ta tra­ma golpista, teve sig­i­lo reti­ra­do nes­ta terça-feira (26) pelo min­istro do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al, Alexan­dre de Moraes.

Out­ra ale­gação apon­ta­da pela inves­ti­gação da Polí­cia Fed­er­al é que o gen­er­al ocu­paria a chefia do Gabi­nete Insti­tu­cional de Gestão de Crise, for­ma­do por mil­itares, para ini­ciar os tra­bal­hos no dia 16 de dezem­bro de 2022, após a prisão ou exe­cução do pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va, do vice-pres­i­dente Ger­al­do Alck­min e do min­istro Alexan­dre de Moraes e a con­sumação do golpe de Esta­do no dia ante­ri­or.

Urnas

A Polí­cia Fed­er­al argu­men­ta que doc­u­men­tos encon­tra­dos na residên­cia do gen­er­al iden­ti­ficaram que ele inte­grou reuniões de ‘‘dire­trizes estratég­i­cas’’ para ‘‘esta­b­ele­cer um dis­cur­so sobre urnas eletrôni­cas e votações”. “É váli­do con­tin­uar a criticar a urna eletrôni­ca”, teria apon­ta­do o gen­er­al na ano­tação.

Ain­da na agen­da de Heleno, há um reg­istro apon­ta­do como “Seg Insti­tu­cional”. O inquéri­to da PF desta­ca palavras rela­cionadas a uma pos­sív­el rup­tura insti­tu­cional “lim­i­ar do rompi­men­to”.

A inves­ti­gação ain­da iden­ti­fi­cou, na residên­cia do gen­er­al, doc­u­men­tos que descrevem argu­men­tos rela­ciona­dos a incon­sistên­cias e vul­ner­a­bil­i­dades nas urnas eletrôni­cas.

Liderança

O inquéri­to da Polí­cia Fed­er­al apon­ta que o gen­er­al estaria na posição de lid­er­ança máx­i­ma da estru­tu­ra orga­ni­za­cional do gabi­nete de crise a par­tir do dia 16 de dezem­bro de 2022.

“O foco de atenção e pre­ocu­pação dado pelos diver­sos inves­ti­ga­dos da área mil­i­tar sobre quem teria sido cita­do na colab­o­ração, demon­stra que o gen­er­al Augus­to Heleno tin­ha papel rel­e­vante nos fatos inves­ti­ga­dos, exercendo, con­forme todos os ele­men­tos pro­batórios demon­stram, posição de lid­er­ança e proem­inên­cia na exe­cução do plano de Golpe de Esta­do”.

Outro lado

O advo­ga­do de defe­sa do gen­er­al Heleno, Matheus May­er, disse à Agên­cia Brasil que ain­da não tin­ha condições de se man­i­fes­tar sobre o inquéri­to em vista do vol­ume de infor­mações con­ti­das.

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