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Anvisa alerta sobre lotes falsificados de dois medicamentos

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Tysabri é indicado para esclerose e Ozempic, para diabetes tipo 2


Pub­li­ca­do em 03/11/2023 — 17:38 Por Daniel­la Almei­da – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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A Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária (Anvisa) pub­li­cou, nes­ta sex­ta-feira (3), em seu site, um aler­ta aos profis­sion­ais de saúde e à pop­u­lação sobre lotes fal­si­fi­ca­dos de dois medica­men­tos: Tysabri® (que con­tém a sub­stân­cia ati­va natal­izum­abe), indi­ca­do para trata­men­to de for­mas mais ati­vas de escle­rose múlti­pla, e Ozem­pic® (o princí­pio ati­vo semaglu­ti­da), para tratar, em con­jun­to com dieta e ativi­dades físi­cas, pacientes adul­tos com dia­betes tipo 2, quan­do o cor­po não pro­duz insuli­na ou cria resistên­cia a ela. 

O aler­ta sobre o medica­men­to Tysabri ocorre após a empre­sa deten­to­ra do reg­istro, Bio­gen Brasil Pro­du­tos Far­ma­cêu­ti­cos Ltda., comu­nicar à Anvisa a iden­ti­fi­cação, no país, da fal­si­fi­cação do pro­du­to biológi­co Tysabri (natal­izum­abe), lote FF00336, váli­do até janeiro de 2026.

De acor­do com o lab­o­ratório Bio­gen, o lote foi pro­duzi­do ape­nas para fins insti­tu­cionais, e não com­er­ci­ais, e tem car­ac­terís­ti­cas diver­gentes das con­stantes no medica­men­to orig­i­nal, ven­di­do nas far­má­cias.

Para este caso, a Anvisa pub­li­cou no Diário Ofi­cial da União a Res­olução 3.874/2023, que ado­ta medi­das pre­ven­ti­vas, como apreen­são e proibição de dis­tribuição, com­er­cial­iza­ção e uso do pro­du­to fal­si­fi­ca­do.

Para iden­ti­ficar itens do lote em questão (FF00336), a empre­sa infor­ma que há erros de ortografia do endereço da empre­sa respon­sáv­el pela impor­tação e dis­tribuição do pro­du­to no país, difer­ença na cor da faixa laran­ja e azul da embal­agem, for­matação das letras e ausên­cia da inscrição em braile na embal­agem, tratan­do-se, por­tan­to, de fal­si­fi­cação, con­forme imagem abaixo.

Brasília (DF) 03/11/2023 – Anvisa alerta sobre falsificação dos medicamentos Tysabri® e Ozempic ® Foto: Avisa/Divulgação
Repro­dução: Erros de ortografia e difer­ença de cores e de fonte evi­den­ci­am fal­si­fi­cação do Tysabri — Avisa/Divulgação

Sobre a fal­si­fi­cação do Ozem­pic, a Anvisa rece­beu out­ro comu­ni­ca­do, des­ta vez, da empre­sa respon­sáv­el pelo pro­du­to biológi­co Ozem­pic (semaglu­ti­da), a Novo Nordisk Far­ma­cêu­ti­ca do Brasil Ltda. A empre­sa denun­ciou como fal­so, no mer­ca­do brasileiro, o lote LP6F832, que indi­caria ser váli­do até novem­bro de 2025.

O lab­o­ratório Novo Nordisk não con­sid­era esse lote das cane­tas váli­do e, por­tan­to, tra­ta-se de um pro­du­to fal­si­fi­ca­do.

Da mes­ma for­ma que no caso do Tysabri, a agên­cia pub­li­cou a Res­olução 3.945/2023, que deter­mi­na, igual­mente, a apreen­são e a proibição de com­er­cial­iza­ção, dis­tribuição e uso do medica­men­to fal­si­fi­ca­do.

Em seu site, A Novo Nordisk ori­en­ta o con­sum­i­dor a descon­fi­ar de preços muito baixos, pon­tos de ven­das não tradi­cionais e aten­ta que o Ozem­pic é ven­di­do ape­nas em cane­tas pré-preenchi­das injetáveis. Não existe out­ra apre­sen­tação.

Orientações

A Anvisa recomen­da que a pop­u­lação e os profis­sion­ais de saúde somente adquiram medica­men­tos em esta­b­elec­i­men­tos dev­i­da­mente reg­u­lar­iza­dos, sem­pre na embal­agem com­ple­ta (den­tro da caixa) e com nota fis­cal.

Em caso de iden­ti­fi­cação de unidades de remé­dios com sus­pei­ta de fal­si­fi­cação, a pop­u­lação ou os profis­sion­ais de saúde não devem usar o pro­du­to e devem entrar em con­ta­to com as empre­sas deten­toras do reg­istro dess­es pro­du­tos, para ver­i­ficar sua aut­en­ti­ci­dade.

Além dis­so, o fato deve ser comu­ni­ca­do ime­di­ata­mente à Anvisa, pref­er­en­cial­mente por meio do sis­tema Notivisa, no caso de profis­sion­al de saúde. Já os pacientes podem denun­ciar a existên­cia do medica­men­to fal­si­fi­ca­do na ouvi­do­ria, por meio da platafor­ma Fal­aBR, com login (CPF) e sen­ha cadastra­dos no por­tal Gov.br.

A con­sul­ta do históri­co de pro­du­tos irreg­u­lares já iden­ti­fi­ca­dos no Brasil pode ser real­iza­da no sis­tema de con­sul­tas da Anvisa, disponív­el em seu web­site.

Para mais infor­mações, a Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária tem a cen­tral de atendi­men­to tele­fôni­co ao públi­co (0800–6429782), disponív­el das 7h30 às 19h30, de segun­da a sex­ta-feira, exce­to feri­ados. A lig­ação é gra­tui­ta para todo o Brasil.

Edição: Nádia Fran­co

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