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Apagão cibernético afetou voos da Azul e aplicativo do Bradesco

Repro­dução: © José Cruz/Agência Brasil

Problema já foi corrigido, diz empresa de segurança cibernética


Publicado em 19/07/2024 — 12:16 Por Pedro Peduzzi — Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O apagão cibernéti­co glob­al cau­sa­do nes­ta sex­ta-feira (19) pela empre­sa de segu­rança cibernéti­ca Crowd­Strike afe­tou algu­mas empre­sas brasileiras, em espe­cial do setor aere­o­por­tuário e bancário. Há queixas de usuários de aplica­tivos de ban­cos fora do ar e de atra­sos de voos, em ger­al por difi­cul­dades no sis­tema de check-in.

A com­pan­hia aérea Azul infor­mou que, dev­i­do à inter­mitên­cia no serviço glob­al do sis­tema de gestão de reser­vas, alguns voos podem sofr­er atra­sos pon­tu­ais. “A recomen­dação é que os clientes que pos­suem voo hoje, e ain­da não realizaram o check-in, cheguem ao aero­por­to mais cedo e diri­jam-se ao bal­cão de atendi­men­to da com­pan­hia.”

No Aero­por­to Inter­na­cional de Brasília, admin­istra­do pela Inframer­i­ca, o impacto foi muito pouco, restri­to a voos da Azul. Até as 11 horas de hoje, cin­co voos da empre­sa deco­laram com atra­so. Out­ros três ain­da se encon­travam atrasa­dos. Todos da Azul. Diante da fal­ha no sis­tema, o check-in pas­sou a ser feito de for­ma man­u­al, enquan­to o sis­tema esteve fora do ar. “Out­ras com­pan­hias não repor­taram impacto”, infor­mou a Inframer­i­ca.

No Aero­por­to San­tos Dumont, no Rio de Janeiro, ocor­reram alguns prob­le­mas dev­i­do à inter­mitên­cia no sis­tema de check-in. Com as empre­sas pas­san­do a faz­er o pro­ced­i­men­to man­ual­mente, não hou­ve maiores impactos, segun­do a Infraero, admin­istrado­ra do aero­por­to.

A Força Aérea Brasileira não foi afe­ta­da pelo apagão cibernéti­co. “O sis­tema de con­t­role do espaço aéreo brasileiro, incluin­do todos os equipa­men­tos e soft­wares uti­liza­dos pelo Depar­ta­men­to de Con­t­role do Espaço Aéreo, per­maneceu operan­do nor­mal­mente durante o perío­do. Não hou­ve impacto nos serviços de nave­g­ação aérea provi­dos, man­ten­do-se o ele­va­do nív­el de segu­rança das oper­ações”, infor­mou a FAB.

Aero­por­tos em todo o mun­do, incluin­do Tóquio, Ams­ter­dã, Berlim e vários ter­mi­nais espan­hóis, relataram prob­le­mas em seus sis­temas e atra­sos. A Amer­i­can Air­lines, a Delta Air­lines, a Unit­ed Air­lines e a Alle­giant Air sus­pender­am seus voos ale­gan­do prob­le­mas de comu­ni­cação.

“Uma fal­ha de soft­ware de ter­ceiros está afe­tan­do os sis­temas de com­puta­dores em todo o mun­do, inclu­sive na Unit­ed. Enquan­to tra­bal­hamos para restau­rar ess­es sis­temas, esta­mos man­ten­do todas as aeron­aves em seus aero­por­tos de par­ti­da”, disse a Unit­ed em um comu­ni­ca­do. “Os voos que já estão no ar con­tin­u­am em seus des­ti­nos.”

A Ryanair, maior com­pan­hia aérea da Europa em número de pas­sageiros, tam­bém aler­tou sobre prob­le­mas em seus sis­temas de reser­va.

No Reino Unido, os sis­temas de reser­vas usa­dos pelos médi­cos estavam fora do ar, segun­do vários relatórios de autori­dades médi­cas no X, enquan­to a Sky News, uma das prin­ci­pais emis­so­ras de notí­cias do país, esta­va fora do ar, pedin­do des­cul­pas por não poder trans­mi­tir ao vivo.

Bancos

Clientes do Brade­sco foram sur­preen­di­dos com uma fal­ha no aplica­ti­vo do ban­co que, durante a man­hã, apre­sen­ta­va uma men­sagem dizen­do que “em vir­tude de um apagão cibernéti­co glob­al, alguns canais dig­i­tais do Brade­sco apre­sen­tam indisponi­bil­i­dade”. O ban­co sug­eriu, a seus clientes, que não desin­stalem o aplica­ti­vo para não perderem a chave de segu­rança.

Em nota à impren­sa, o Brade­sco infor­mou que equipes estão atuan­do para reg­u­lar­iza­ção o mais breve pos­sív­el, e que seus ter­mi­nais de autoa­tendi­men­to fun­cionam nor­mal­mente.

Segun­do a Fed­er­ação Brasileira de Ban­cos (Febra­ban), a maio­r­ia das insti­tu­ições finan­ceiras brasileiras já nor­mal­i­zou seus serviços ain­da pela man­hã. “As demais estão em avança­do esta­do de nor­mal­iza­ção e tra­bal­han­do para garan­tir o fun­ciona­men­to de seus serviços rap­i­da­mente”, acres­cen­tou ao infor­mar que “alguns sis­temas das insti­tu­ições finan­ceiras brasileiras chegaram a ser tem­po­rari­a­mente afe­ta­dos em difer­entes escalas pela atu­al­iza­ção do antivírus Crowd­Strike, mas nada que com­pro­m­etesse a prestação de serviços de for­ma rel­e­vante”.

O Ban­co Cen­tral infor­mou que seus sis­temas estão operan­do nor­mal­mente.

CrowdStrike

A Crowd­Strike é uma empre­sa norte-amer­i­cana de segu­rança cibernéti­ca. Ela divul­gou uma nota na qual assume a respon­s­abil­i­dade pelo apagão cibernéti­co que afe­tou diver­sas empre­sas e serviços em diver­sos país­es.

De acor­do com o CEO da Crowd­Strike, George Kurtz, o prob­le­ma já foi “iden­ti­fi­ca­do, iso­la­do e uma cor­reção foi implan­ta­da”.

O inci­dente decorre de uma atu­al­iza­ção de con­teú­do para com­puta­dores com o sis­tema opera­cional Win­dows, da Microsoft, rela­ciona­dos ao sen­sor Fal­con. Em con­se­quên­cia, o com­puta­dor tra­va e aparece a chama­da “tela azul da morte”, que indi­ca que há prob­le­mas com o com­puta­dor.

“A Crowd­Strike está tra­bal­han­do ati­va­mente com clientes afe­ta­dos por um defeito encon­tra­do em uma úni­ca atu­al­iza­ção de con­teú­do para hosts Win­dows. Os hosts Mac e Lin­ux não são afe­ta­dos.”

“Este não é um inci­dente de segu­rança ou ataque cibernéti­co. O prob­le­ma foi iden­ti­fi­ca­do, iso­la­do e uma cor­reção foi implan­ta­da.”, infor­mou por meio das redes soci­ais o CEO da Crowd­Strike.

George Kurtz sug­eriu a seus clientes que acessem o por­tal de suporte da empre­sa para obter as atu­al­iza­ções mais recentes. “Recomen­damos, ain­da, que as orga­ni­za­ções garan­tam a comu­ni­cação com os rep­re­sen­tantes da Crowd­Strike por meio de canais ofi­ci­ais. Nos­sa equipe está total­mente mobi­liza­da para garan­tir a segu­rança e esta­bil­i­dade dos clientes Crowd­Strike”, acres­cen­tou.

Edição: Maria Clau­dia

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