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Apenas cinco estados ainda não notificaram casos de Oropouche

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Ministério da Saúde acompanha evolução da doença no país


Publicado em 16/08/2024 — 10:26 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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Den­tre as 27 unidades da fed­er­ação que com­põem o país, ape­nas Dis­tri­to Fed­er­al, Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul ain­da não reg­is­tram casos de febre do Oropouche em 2024.

Dados do Painel de Mon­i­tora­men­to de Arbovi­ros­es indicam que Mato Grosso do Sul e Paraí­ba noti­ficaram um caso cada; São Paulo, cin­co casos; Alagoas, seis; e Tocan­tins, oito. Até o iní­cio da sem­ana, o Brasil con­tabi­liza­va 7.653 casos da doença e duas mortes.

O Ama­zonas lid­era o rank­ing de infecções por febre do Oropouche, com 3.228 casos. Em segui­da apare­cem Rondô­nia (1.710 casos), Bahia (844 casos), Espíri­to San­to (441 casos) e Acre (270 casos).

Mortes

Em jul­ho, o Min­istério da Saúde con­fir­mou duas mortes pela doença no inte­ri­or da Bahia. Até então, não havia rela­to na lit­er­atu­ra cien­tí­fi­ca mundi­al sobre a ocor­rên­cia de óbito por febre do Oropouche.

Segun­do a pas­ta, as duas víti­mas eram mul­heres, tin­ham menos de 30 anos de idade e não reg­is­travam nen­hum tipo de comor­bidade. Ambas apre­sen­taram sinais e sin­tomas semel­hantes ao quadro de dengue grave.

Transmissão vertical

No iní­cio da sem­ana, o min­istério inves­ti­ga­va ain­da pelo menos oito casos de trans­mis­são ver­ti­cal da febre do Oropouche – quan­do a infecção é pas­sa­da da mãe para o bebê, durante a ges­tação ou no par­to.

Os casos em inves­ti­gação foram reg­istra­dos em Per­nam­bu­co, na Bahia e no Acre. Segun­do a pas­ta, metade dos bebês nasceu com anom­alias con­gêni­tas, como micro­ce­falia, enquan­to a out­ra metade mor­reu.

Na últi­ma segun­da-feira (13), a Sec­re­taria de Saúde do Ceará infor­mou que inves­ti­ga um óbito fetal que pode estar asso­ci­a­do à infecção por febre do Oropouche. A secretária de Saúde do esta­do, Tânia Coel­ho, disse que o óbito foi reg­istra­do no últi­mo fim de sem­ana.

A ges­tante tem 40 anos de idade, é res­i­dente de Batu­rité, mas foi aten­di­da no municí­pio de Capis­tra­no. Tânia Coel­ho expli­cou que 60% das doenças infec­ciosas reg­istradas em humanos são cau­sadas por ani­mais ou inse­tos, incluin­do o mos­qui­to, e desta­cou a importân­cia de um plano de ação.

Na sem­ana pas­sa­da, o Acre noti­fi­cou um caso de bebê nasci­do com anom­alias con­gêni­tas asso­ci­adas à trans­mis­são ver­ti­cal da febre do Oropouche. Em nota, a pas­ta infor­mou que o recém-nasci­do mor­reu aos 47 dias de vida.

A mãe da cri­ança, de 33 anos, havia apre­sen­ta­do erupções cutâneas e febre no segun­do mês de gravidez. Exam­es lab­o­ra­to­ri­ais feitos no pós-par­to acusaram resul­ta­do pos­i­ti­vo para o vírus Oropouche.

A doença

A febre do Oropouche é trans­mi­ti­da pelo Culi­coides paraen­sis, con­heci­do como maruim ou mos­qui­to-pólvo­ra. Por causa da predileção do mos­qui­to por mate­ri­ais orgâni­cos, a recomen­dação é que a pop­u­lação man­ten­ha os quin­tais limpos, evi­tan­do o acú­mu­lo de fol­has e lixo orgâni­co domés­ti­co, além de usar roupas com­pri­das e sap­atos fecha­dos em locais com muitos inse­tos.

Edição: Denise Griesinger

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