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Apoiado por campeão, Joeferson Marinho quer ouro na Paralimpíada 2028

Repro­dução: © Mar­cel­lo Zambrana/CPB/Direitos Reser­va­dos

Bronze em Paris, velocista ganhou “benção” de Yohansson Nascimento


Publicado em 02/09/2024 — 13:07 Por Lincoln Chaves — Repórter da EBC — Paris

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Antes de ser entre­vis­ta­do pela Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC) na Casa Brasil Par­alímpi­co, em Saint-Ouen, cidade viz­in­ha a Paris, Joe­fer­son Mar­in­ho rece­beu um forte abraço do vice-pres­i­dente do Comitê Par­alímpi­co Brasileiro (CPB), Yohans­son Nasci­men­to. Campeão dos 200 met­ros da classe T46 (amputa­dos de mem­bro supe­ri­or) nos Jogos de 2012, em Lon­dres (Inglater­ra), o ex-velocista apon­tou para a medal­ha de bronze con­quis­ta­da por Joe­fer­son nos 100m classe T12 (baixa visão) no últi­mo sába­do (31) e decre­tou:

“Em Los Ange­les [Esta­dos Unidos, sede dos Jogos de 2028], você vai mudar a cor dela. Pode ter certeza. Você vai gan­har daque­les caras”.

O sor­riso tomou o ros­to de Joe­fer­son. Não bas­tasse a “benção” de Yohans­son, ele é treina­do por Pedro Almei­da, o Pedrin­ho, mes­mo téc­ni­co de Petrú­cio Fer­reira, tri­cam­peão par­alímpi­co e recordista mundi­al dos 100m na classe T47 (amputa­dos de mem­bro supe­ri­or).

“Ele [Yohans­son] já foi atle­ta, teve essa sen­sação de rece­ber uma medal­ha, de ser um campeão. Para mim, é uma hon­ra. Dá mais moti­vação para con­tin­uar, focar. A par­tir do momen­to que o escutei, isso me trouxe uma ale­gria para tra­bal­har bas­tante, chegar em Los Ange­les e traz­er uma medal­ha que rep­re­sente tudo isso que ele falou para mim”, disse Joe­fer­son, que nasceu com albinis­mo.

“Ele [Pedrin­ho] olhou para mim e falou que tin­ha tal­en­to, então, por aí, você tira que o cara é bom mes­mo. Se um cara desse tem a visão de diz­er que você é bom, só de olhar para você, imag­i­na no estu­do, no dia a dia, ele pas­san­do ali a con­fi­ança de você con­fi­ar no tra­bal­ho dele. Hoje, con­fio cada dia mais. Então, se ele falar uma coisa, eu vou lá”, com­ple­tou o velocista, que tra­bal­ha com o treinador des­de 2016.

O son­ho de Joe­fer­son era ser jogador de fute­bol, ape­sar da baixa visão. Aos dez anos, um pro­fes­sor de Edu­cação Físi­ca o con­vi­dou a cor­rer. O garo­to aceitou, mas seguiu jogan­do bola e adap­tou a roti­na aos dois esportes, até decidir pelo atletismo por con­ta do poten­cial, con­fir­ma­do em 2017, no Mundi­al de Jovens de Notwill, na Suíça, e dois anos depois, já no Mundi­al Adul­to, em Dubai, nos Emi­ra­dos Árabes. Em ambos, o paraibano foi pra­ta.

A estreia par­alímpi­ca ocor­reu nos Jogos de Tóquio, em 2021. Na ocasião, ficou em quar­to lugar. A frus­tração pelo quase há três anos deu lugar à ale­gria na cap­i­tal france­sa.

“Sen­sação muito boa de vir aqui rep­re­sen­tar o Brasil e con­quis­tar medal­ha. Min­ha pro­va era muito difí­cil, vim com isso na cabeça, mas sem o pen­sa­men­to de que iria con­seguir. Na min­ha cabeça, tin­ha na cabeça que iria em bus­ca da medal­ha, não sabia a cor. Hoje eu sou o ter­ceiro mel­hor atle­ta do mun­do da min­ha classe e estou bas­tante feliz por isso”, final­i­zou.

Edição: Cláu­dia Soares Rodrigues

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