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Apolinho, Sílvio Luiz e Antero Greco: adeus aos craques do jornalismo

Repro­dução: © Redes Soci­ais

Trio marcou gerações de torcedores e jornalistas esportivos


Publicado em 16/05/2024 — 21:39 Por Rodrigo Ricardo — Rádio Nacional — Rio de Janeiro

Olho no lance! As máx­i­mas de Sílvio Luiz estão na memória afe­ti­va de quase todo brasileiro, mes­mo daque­les que não acom­pan­ham o fute­bol. O nar­rador nun­ca gri­tou gol para emo­cionar quem esta­va do out­ro lado do apar­el­ho da tevê. Pelas bar­bas do pro­fe­ta ou Pelo amor dos meus meni­nos são expressões que ain­da vão ecoar, em nos­so imag­inário, mes­mo sem aque­le cara da família, tipo um tio brin­cal­hão, para pro­nun­ciá-las nas tardes de domin­go, depois do almoço.

Pelas ondas do rádio, Wash­ing­ton Rodrigues dis­se­ca­va com per­spicá­cia e irreverên­cia os lances do esporte. Assim como Sil­vio, criou bor­dões e influ­en­ciou ger­ações de cro­nistas esportivos. O Apolin­ho, como car­in­hosa­mente ficou con­heci­do, teve duas pas­sagens pela Rádio Nacional. Entre 1964 e 1969, empun­hou o micro­fone da nos­sa emis­so­ra sem fron­teiras como repórter. Depois de 1977 a 1984, quan­do se tornou comen­tarista, criou os trep­i­dantes, aque­la gente, de colete, atrás das bal­izas, que faça, chu­va ou sol, ten­ta traduzir em close para o ouvinte, de for­ma ráp­i­da, os detal­h­es quentes de uma joga­da den­tro da grande área.

Humor tam­bém foi a mar­ca Antero Gre­co, jor­nal­ista for­ja­do em redações de papel e tin­ta, que lev­ou à tele­visão uma análise leve e ele­gante, sem des­cuidar da pre­cisão das infor­mações e do sen­so críti­co. O Amigão não per­doa­va os desvar­ios políti­cos da car­to­lagem ou dos diri­gentes.

Todos nós, torce­dores ou profis­sion­ais, que con­tin­uare­mos a acom­pan­har as emoções deste país que pul­sa pela pelota, vamos seguir meio-órfãos. Con­tu­do, inspi­ra­dos pelo exem­p­lo de vidas ded­i­cadas a notí­cia da bola. Quan­ta gente, eu mes­mo, não colo­quei o pé na profis­são por con­ta destes ído­los, admi­ra­dos den­tro e fora das qua­tro lin­has.

O grande téc­ni­co resolveu con­vo­car os três de uma vez só, um câm­bio trip­lo, mas sem sub­sti­tu­tos à altura. Por cer­to, lá nos gra­ma­dos dos céus, anjos de per­nas tor­tas, ser­afins e queru­bins terão uma cober­tu­ra jamais vista. Já nós, arquibal­dos e geraldinos, aguardare­mos, em vão, novos campeões da comu­ni­cação.

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