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Após morte de Joca, tutores se manifestam no aeroporto de Brasília

Repro­dução: © Fabio Rodrigues-Pozze­bom/ Agên­cia Brasil

Eles cobram a regulamentação do transporte aéreo de pets


Publicado em 28/04/2024 — 12:26 Por André Richter – Repórter da Agência Brasil — Brasília

Tutores de cães da raça gold­en retriev­er se reuni­ram neste domin­go (28) no aero­por­to de Brasília para uma man­i­fes­tação em defe­sa da reg­u­la­men­tação do trans­porte aéreo de cachor­ros de grande porte.

A ini­cia­ti­va foi moti­va­da pela morte do cão Joca, um gold­en de qua­tro anos que mor­reu durante um voo oper­a­do pela Gol, no últi­mo dia 22.

Pro­movi­do pelo Clube Gold­en de Brasília, o protesto reuniu tutores no aero­por­to de Brasília em defe­sa do trata­men­to dig­no durante o transla­do dos ani­mais.

Para a rep­re­sen­tante do clube Fer­nan­da Macha­do, a ini­cia­ti­va foi moti­va­da pelo desca­so das com­pan­hias aéreas no trans­porte de ani­mais domés­ti­cos de grande porte. Ela citou que são comuns casos de des­cui­dos, como fuga dos cães durante o embar­que e mortes durante o transla­do.

Brasília (DF) 28/04/2024 Tutores de pets fazem protesto no Aeroporto Juscelino Kubitschek de Brasília cobrando justiça pela morte do Golden Retriever Joca, durante viagem aérea. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Repro­dução: Tutores da cães, prin­ci­pal­mente da raça gold­en retriev­er cobraram justiça pela morte de Joca durante uma viagem aérea — Fabio Rodrigues-Pozze­bom/Agên­cia Brasil

Tuto­ra da Nala, uma fêmea de suporte emo­cional, Fer­nan­da defend­eu a reg­u­la­men­tação do trans­porte. “Eles tratam nos­sos cães como bagagem, obje­to, e eles não são. Não é bara­to para colo­car um cão em um trans­porte desse. O nos­so gri­to é de socor­ro, de bas­ta. A gente não quer mais isso. Pre­cisa mudar. O trans­porte pre­cisa ser reg­u­la­men­ta­do”, defend­eu.

Raniela Resende lev­ou seu gold­en chama­do Oliv­er para a man­i­fes­tação e disse que pref­ere via­jar de car­ro porque não con­fia no serviço de trans­porte de pets ofer­e­ci­do pelas aéreas. Para Raniela, o trans­porte dos ani­mais dev­e­ria ser feito em um espaço reser­va­do den­tro da cab­ine da aeron­ave.

“Eles são vida como qual­quer out­ra. O ide­al seria levar na cab­ine, eles são cal­mos. Os pequenos podem ir na caix­in­ha”, sug­eriu.

Atual­mente, cães de grande porte são colo­ca­dos em uma caixa de trans­porte e lev­a­dos em um com­par­ti­men­to local­iza­do no porão da aeron­ave. Segun­do as com­pan­hias, o local é pres­sur­iza­do e não ofer­ece risco aos ani­mais, que não via­jam jun­to com malas e car­gas. Somente ani­mais com até 10 qui­los (kg) podem ser lev­a­dos jun­to aos pas­sageiros.

Outros protestos

Tutores de pets e orga­ni­za­ções não gov­er­na­men­tais de defe­sa de ani­mais protes­taram em out­ras cap­i­tais do país. Em São Paulo, duas man­i­fes­tações simultâneas ocor­reram no Aero­por­to de Cumbi­ca, em Guarul­hos – onde a morte de Joca foi reg­istra­da – e tam­bém no Aero­por­to de Con­gonhas, na Zona Sul de São Paulo.

Joca

Na segun­da-feira (22), o gold­en retriev­er Joca foi despacha­do pelo tutor em São Paulo com des­ti­no a Sinop (MT). No entan­to, a caixa de trans­porte foi colo­ca­da em um voo para For­t­aleza. Em segui­da, o cão foi man­da­do de vol­ta para São Paulo. No tra­je­to de vol­ta, Joca não supor­tou o total de oito horas de viagem e mor­reu.

Após o episó­dio, a Agên­cia Nacional de Avi­ação Civ­il (Anac) e a Polí­cia Civ­il de São Paulo pas­saram a inves­ti­gar o caso.

Em nota divul­ga­da após o episó­dio, a GOL se sol­i­dari­zou e lamen­tou a per­da do ani­mal. A empre­sa tam­bém anun­ciou a sus­pen­são, por 30 dias, do trans­porte aéreo de ani­mais.

Edição: Denise Griesinger

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