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Após morte de torcedor, federação proíbe Mancha Alvi Verde em estádios

Medida é recomendada pelo Ministério Público

Elaine Patri­cia Cruz – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 30/10/2024 — 15:45
São Paulo
São Paulo 28/10/2024 Emboscada da Mancha Verde contra cruzeirenses deixa 17 feridos e um morto em SP. Foto PRF/SP
Repro­dução: © Foto PRF/SP

Após a morte de um torce­dor do Cruzeiro no últi­mo domin­go, a Fed­er­ação Paulista de Fute­bol (FPF) decid­iu proibir a entra­da da Man­cha Alvi Verde — prin­ci­pal tor­ci­da orga­ni­za­da do Palmeiras — em jogos real­iza­dos nos está­dios e are­nas do esta­do de São Paulo.

A medi­da havia sido recomen­da­da pelo Min­istério Públi­co do Esta­do de São Paulo (MPESP), que abriu inves­ti­gação sobre o caso.

Para o MP, o ocor­ri­do demon­strou que as tor­ci­das orga­ni­zadas agem como “facções crim­i­nosas”. “O enfrenta­men­to de gru­pos for­ma­dos por pre­ten­sos torce­dores da Sociedade Esporti­va Palmeiras e do Cruzeiro Esporte Clube resul­tou, infe­liz­mente, em um sal­do trági­co, deixan­do diver­sos feri­dos e um mor­to. Tal episó­dio é ina­ceitáv­el e rep­re­sen­ta uma grave afronta à segu­rança públi­ca e à con­vivên­cia pací­fi­ca em nos­sa sociedade”, escreveu o procu­rador-ger­al de Justiça, Paulo Sér­gio de Oliveira e Cos­ta.

Um torce­dor do Cruzeiro, de 30 anos, mor­reu no últi­mo domin­go após um ônibus da tor­ci­da orga­ni­za­da Máfia Azul ter sido inter­cep­ta­do por torce­dores da Man­cha Alvi Verde, do Palmeiras, na Rodovia Fer­não Dias, per­to da cidade de Mairi­porã, na região met­ro­pol­i­tana de São Paulo. De acor­do com a Polí­cia Civ­il, que tam­bém inves­ti­ga o caso, hou­ve uma embosca­da.

Envolvidos identificados

Hoje (30), a Del­e­ga­cia de Polí­cia de Repressão aos Deli­tos de Intol­erân­cia Esporti­va (Drade) infor­mou que parte dos envolvi­dos nes­sa embosca­da aos torce­dores do Cruzeiro já foi iden­ti­fi­ca­da. “A autori­dade poli­cial segue empen­ha­da no esclarec­i­men­to dos fatos”, acres­cen­tou.

Em nota divul­ga­da no domin­go (27), a Fed­er­ação Paulista de Fute­bol havia lamen­ta­do o ocor­ri­do. “O aten­ta­do, pro­movi­do por ban­di­dos que usam indu­men­tárias alu­si­vas ao fute­bol e a clubes, é mais um triste episó­dio que deve ser sev­era­mente punido pelas autori­dades com­pe­tentes. O fute­bol jamais pode ser usa­do como pre­tex­to para que indi­ví­du­os cometam crimes, e a FPF atu­ará sem­pre para que o esporte seja um ambi­ente de paz, entreten­i­men­to e trans­for­mação social pos­i­ti­va”, infor­mou a fed­er­ação.

A Man­cha Alvi Verde ain­da não se man­i­festou sobre a decisão. Mas negou que ten­ha sido respon­sáv­el pelo ocor­ri­do. “Lamen­ta­mos pro­fun­da­mente mais esse triste acon­tec­i­men­to e man­i­fes­ta­mos nos­sa sol­i­dariedade e demon­stramos nos­sa con­ster­nação aos famil­iares da víti­ma, repu­dian­do com veemên­cia tais atos de vio­lên­cia. Quer­e­mos, des­de já, deixar claro que a Man­cha Alvi Verde não orga­ni­zou, par­ticipou ou incen­tivou qual­quer ação rela­ciona­da a esse inci­dente. Com mais de 45 mil asso­ci­a­dos, nos­sa tor­ci­da não pode ser respon­s­abi­liza­da por ações iso­ladas de cer­ca de 50 torce­dores, que desre­speitam os princí­pios de paz que pro­move­mos e defend­emos”, diz a nota.

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