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Aquário de São Paulo anuncia nascimento de seu primeiro urso-polar

Nur é o primeiro caso de reprodução de ursos-polares na América Latina

Guil­herme Jerony­mo — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 14/02/2025 — 18:07
São Paulo
São Paulo (SP) 14/02/2025 - O Aquário de São Paulo divulgou o primeiro caso de sucesso na reprodução de urso polar na América Latina. O filhote, uma fêmea que recebeu o nome Nur. Foto: Aquário de São Paulo/Divulgação
Repro­dução: © Aquário de São Paulo/Divulgação

O Aquário de São Paulo anun­ciou o primeiro caso de suces­so na repro­dução de ursos-polares na Améri­ca Lati­na. O fil­hote, uma fêmea, que rece­beu o nome Nur, nasceu em 17 de novem­bro. A expec­ta­ti­va da insti­tu­ição é de começar o proces­so de adap­tação ao recin­to onde poderá ser vista pelos vis­i­tantes. Ela per­manece com a mãe em uma área inter­na, sim­i­lar ao habi­tat que a espé­cie mon­ta em condições nat­u­rais, e a saí­da respeitará o rit­mo dos ani­mais.

Nur nasceu com 400 gra­mas, e está ago­ra com cer­ca de 6 qui­los. A equipe não fez exam­es dire­tos ain­da, para não inter­ferir na dinâmi­ca entre o fil­hote e a mãe, Auro­ra, um ani­mal de cer­ca de 220 qui­los.

O preparo para o nasci­men­to começou logo que a equipe do aquário perce­beu os primeiros sinais de gravidez, todos a par­tir do com­por­ta­men­to da fêmea.

Auro­ra começou a pas­sar mais tem­po em sua toca, demon­stran­do maior neces­si­dade de des­can­so e reduzin­do sua inter­ação com Pere­gri­no, pai de Nur. A espé­cie não man­tém con­ta­to de machos com as fêmeas fora do perío­do repro­du­ti­vo, e os machos adul­tos podem rep­re­sen­tar risco para fil­hotes.

Após o nasci­men­to, o mon­i­tora­men­to a dis­tân­cia per­mi­tiria uma inter­venção ráp­i­da, descar­ta­da pois mãe e bebê se adap­taram rap­i­da­mente, para alívio e feli­ci­dade da equipe. A con­fir­mação de que o fil­hote era uma fêmea veio somente quan­do ficou deita­da de frente para uma das câmeras.

“Pro­por­cional­mente, a mãe é enorme per­to da bebê, e vê-la manuse­an­do com todo o cuida­do, acol­hen­do, ajei­tan­do e aque­cen­do, a pre­ocu­pação dela de ‘não adi­anta só ama­men­tar, ela nasceu com uma cama­da muito fin­in­ha de pelo, se eu não aque­cer, ela não vai con­seguir mamar’, com todo esse cuida­do e ded­i­cação dela de dar tudo que ela pre­cisa­va, foi incrív­el”, disse a vet­er­inária chefe do Aquário de São Paulo, Lau­ra Reis­feld.

Auro­ra e o pai de Nur, Pere­gri­no, são rus­sos e vier­am para o Brasil em um inter­câm­bio entre o Aquário e o Zoológi­co de Kazan, há cer­ca de 10 anos. A adap­tação dos dois con­tou com apoio de fun­cionários da insti­tu­ição rus­sa.

Em con­tra­parti­da, o aquário de São Paulo cus­teou a tradução para o rus­so da obra Polar Bears: The Nat­ur­al His­to­ry of a Threat­ened Species, do reno­ma­do pesquisador Ian Stir­ling (1941–2024), cien­tista do meio ambi­ente e mudanças climáti­cas do Canadá, e dis­tribuiu 20 mil exem­plares na Rús­sia, que tem a maior pop­u­lação sel­vagem de ursos polares.

“A disponi­bi­liza­ção dessa lit­er­atu­ra cien­tí­fi­ca em rus­so rep­re­sen­tou um avanço sig­ni­fica­ti­vo para o con­hec­i­men­to sobre a espé­cie no país, con­tribuin­do para a for­mação de novos pesquisadores e para apri­morar as estraté­gias de con­ser­vação”, expli­ca a direção do aquário.

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