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Arquidiocese de SP arquiva investigação sobre padre Júlio Lancellotti

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Ministério Público aponta ausência de materialidade em vídeo


Pub­li­ca­do em 24/01/2024 — 13:28 Por Agên­cia Brasil — São Paulo

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A Arquid­io­cese de São Paulo arquiv­ou a inves­ti­gação sobre o padre Júlio Lan­cel­lot­ti, da Pas­toral de Rua da cap­i­tal paulista. Segun­do a enti­dade, o vídeo de con­teú­do sex­u­al foi divul­ga­do em 2020 e já era inves­ti­ga­do pela Cúria Met­ro­pol­i­tana paulista.

“A Arquid­io­cese de São Paulo, não chegan­do à con­vicção sufi­ciente sobre a mate­ri­al­i­dade da denún­cia e con­sideran­do as con­clusões do MPSP [Min­istério Públi­co de São Paulo], bem como da Justiça Paulista, tam­bém decid­iu pelo arquiv­a­men­to e infor­mou a San­ta Sé”, diz nota da orga­ni­za­ção. 

De acor­do com o advo­ga­do de Lan­cel­lot­ti, Luiz Eduar­do Green­hal­gh, tra­ta-se de uma mon­tagem, um vídeo fake (fal­so).

No iní­cio de janeiro, o mate­r­i­al havia sido entregue ao pres­i­dente da Câmara Munic­i­pal de São Paulo, Mil­ton Leite (União Brasil), pelo vereador Rubin­ho Nunes, do mes­mo par­tido. Nunes é o autor do requer­i­men­to de comis­são par­la­men­tar de inquéri­to (CPI) que pre­tende inves­ti­gar o padre Lan­cel­lot­ti e orga­ni­za­ções soci­ais que apoiam pes­soas em situ­ação de rua no cen­tro de São Paulo.

O vídeo foi entregue à Cúria Met­ro­pol­i­tana na segun­da-feira pas­sa­da (22). Tam­bém fora lev­a­do ao Min­istério Públi­co. O mate­r­i­al con­tém uma supos­ta videochama­da entre um homem que ale­garam ser o padre e um rapaz menor de idade. O con­teú­do pas­sou por pro­ced­i­men­to inves­tiga­ti­vo. O MPSP tam­bém inves­tigou o caso, con­cluin­do que não há mate­ri­al­i­dade na denún­cia e arquiv­ou o inquéri­to.

A Arquid­io­cese infor­ma ain­da que per­manece aten­ta a ele­men­tos ver­dadeiros sobre os fatos denun­ci­a­dos, man­ten­do dis­tân­cia de inter­ess­es ide­ológi­cos e políti­cos.

Sete vereadores paulis­tanos que assi­naram o doc­u­men­to para a instau­ração da CPI já reti­raram o apoio. Os par­la­mentares se dis­ser­am engana­dos pelo autor da CPI, uma vez que o tex­to não men­ciona­va o padre.

Ínte­gra do posi­ciona­men­to da Arquid­io­cese de São Paulo: 

“A Arquid­io­cese de São Paulo, medi­ante ofí­cio envi­a­do por e‑mail ao vereador Mil­ton Leite, pres­i­dente da Câmara Munic­i­pal de São Paulo, no dia 6 de janeiro, pro­to­co­la­do na Câmara Munic­i­pal no dia 8 suces­si­vo, solic­i­tou-lhe que fos­se envi­a­do o mate­r­i­al ref­er­ente à supos­ta denún­cia con­tra o Padre Júlio Rena­to Lan­cel­lot­ti.

Final­mente, na tarde do dia 22 de janeiro, o mate­r­i­al foi entregue na Cúria Met­ro­pol­i­tana de São Paulo. Toma­do con­hec­i­men­to do mate­r­i­al rece­bido, con­sta­tou-se que se tra­ta do mes­mo con­teú­do divul­ga­do em 2020. Naque­la ocasião, a Cúria Met­ro­pol­i­tana de São Paulo, con­forme pre­screvem as nor­mas da Igre­ja para ess­es casos, real­i­zou um pro­ced­i­men­to inves­tiga­ti­vo para apu­rar a denún­cia rece­bi­da.

Con­comi­tan­te­mente, o Min­istério Públi­co de São Paulo (MPSP) pas­sou a inves­ti­gar a dita denún­cia, con­forme inquéri­to aber­to jun­to ao Setor de Atendi­men­to de Crimes da Vio­lên­cia con­tra Infante, Idoso, Pes­soa com defi­ciên­cia e Víti­ma de trá­fi­co inter­no de pes­soas.

O MPSP, con­sideran­do ausên­cia de mate­ri­al­i­dade, a seu tem­po, emi­tiu pare­cer con­trário à instau­ração de uma ação penal, acom­pan­hado pelo D. Juiz que decid­iu pelo arquiv­a­men­to do inquéri­to.

A Arquid­io­cese de São Paulo, não chegan­do à con­vicção sufi­ciente sobre a mate­ri­al­i­dade da denún­cia e con­sideran­do as con­clusões do MPSP, bem como da Justiça Paulista, tam­bém decid­iu pelo arquiv­a­men­to e infor­mou a San­ta Sé.

Dis­tante de inter­ess­es ide­ológi­cos e políti­cos, com serenidade e obje­tivi­dade, a Cúria Met­ro­pol­i­tana de São Paulo per­manece aten­ta a ulte­ri­ores ele­men­tos de ver­dade sobre os fatos denun­ci­a­dos.”

Edição: Nádia Fran­co

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