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Artistas e ativistas lamentam morte de artista circense venezuelana

Repro­dução: © utopiamaceradaenchocolate/ Insta­gram

Corpo de Julieta Hernández foi encontrado em cidade do Amazonas


Pub­li­ca­do em 07/01/2024 — 11:41 Por Daniel Mel­lo — Repórter da Agên­cia Brasil — unde­fined

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Diver­sas enti­dades artís­ti­cas e movi­men­tos soci­ais man­i­fes­taram pesar pela morte da artista venezue­lana Juli­eta Hernán­dez Martínez, de 37 anos.  No Brasil des­de 2015, ela se apre­sen­ta­va como pal­haça Juju­ba em diver­sas partes do país e inte­gra­va o grupo de mul­heres que via­jam de bici­cle­ta Pé Ver­mei.

O cor­po da artista foi encon­tra­do nesse sába­do (6) no municí­pio de Pres­i­dente Figueire­do, no Ama­zonas. Juli­eta via­ja­va em direção à Venezuela para encon­trar a família. Ela esta­va desa­pare­ci­da des­de 23 de dezem­bro. Ami­gos e ativis­tas fiz­er­am uma cam­pan­ha para ten­tar localizar a artista. Pelas redes soci­ais, foi infor­ma­do que o val­or arrecada­do será, ago­ra, usa­do para cobrir os cus­tos do transla­do do cor­po ao país de origem.

A Fun­dação Nacional de Artes (Funarte) divul­gou uma nota em que lamen­ta a morte da artista. “É com tris­teza e indig­nação que recebe­mos a notí­cia da morte da bonequeira, pal­haça, artista e ciclovi­a­jante, Juli­eta Her­nan­dez. Com toda ale­gria e irreverên­cia, Juli­eta via­ja­va com sua arte con­duzin­do cri­anças e adul­tos ao mun­do circense e por isso, sem­pre será lem­bra­da. Inqui­eta em relação à desigual­dade de gênero, sua bus­ca por equidade é uma inspi­ração para todas nós”, declara a pres­i­den­ta da Fun­dação, Maria Marighel­la, no comu­ni­ca­do. A Funarte infor­ma ain­da que, jun­to com o gov­er­no do Ama­zonas, está acom­pan­han­do os des­do­bra­men­tos da inves­ti­gação e pres­ta apoio à família.

Nas redes soci­ais, o cole­ti­vo Pé Ver­mei divul­gou nota: “Que­ria poder diz­er que Ju se encan­tou nas estradas de uma for­ma bem poéti­ca, bem Juli­eta. Mas a ver­dade é que nos­sa ami­ga foi mais uma víti­ma de fem­i­nicí­dio. Quero agrade­cer a essa rede tod­in­ha que está se mobi­lizan­do, foi graças a todo esse movi­men­to cole­ti­vo que ela foi encon­tra­da”.

O grupo de pal­haçaria fem­i­nista Cir­co di SóLadies tam­bém expres­sou pesar pela per­da da artista. “Juju­ba, infe­liz­mente não encon­tramos você a tem­po. Tudo isso nos mostra o quan­to somos pequenos diante de taman­ha bru­tal­i­dade. Mas você, com sua gigante grandeza con­ti­da em seu nar­iz, nos ensi­nou que é pre­ciso ter a cor­agem para seguir ped­a­lan­do. Nos res­ta a memória do seu sor­riso e sua von­tade de viv­er”, diz a nota pub­li­ca­da na rede Insta­gram.

O Movi­men­to de Pequenos Agricul­tores (MPA) relem­brou encon­tro com Juli­eta há um ano e res­ga­tou memórias envol­ven­do a artista. “Era uma sex­ta-feira, dia 21 de janeiro de 2022 a noite quan­do encon­tramos na rodoviária de Picos — Piauí uma mul­her chama­da Ale­gria, Riso, Sol­i­dariedade e Liber­dade, seu nome Juli­eta Her­nan­dez que com a magia pop­u­lar da pal­haçaria se trans­for­ma­va na Mis Juju­ba pal­haça, cicloa­t­ivista e bonequeira”.

O MPA desta­ca ain­da que os indí­cios apon­tam para que a artista foi víti­ma de fem­i­nicí­dio. “Que nos­sa Flo­res­ta Amazôni­ca pos­sa ecoar o riso, a ale­gria e a liber­dade de toda mul­her que se son­ha livre. Por nos­sas mor­tas nen­hum min­u­to de silên­cio, mas toda uma vida de lutas”, acres­cen­ta.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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