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Auxílio emergencial e criptomoedas deverão ser declarados no IR

IMPOSTO DE RENDA 201,Declaração IRPF 2019
© Mar­cel­lo Casal JrA­gên­cia Bra­sil (Repro­du­ção)

Saques emergenciais do FGTS também precisarão ser informados


Publi­ca­do em 24/02/2021 — 16:45 Por Well­ton Máxi­mo – Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia

O con­tri­buin­te não isen­to de Impos­to de Ren­da que rece­beu auxí­lio emer­gen­ci­al no ano pas­sa­do deve­rá estar aten­to. Pre­vis­tas para serem publi­ca­das ama­nhã (25) no Diá­rio Ofi­ci­al da União, as regras da Decla­ra­ção do Impos­to de Ren­da Pes­soa Físi­ca (IRPF) 2021 esta­be­le­cem a obri­ga­ção de decla­rar o bene­fí­cio assis­ten­ci­al rece­bi­do duran­te a pan­de­mia de covid-19. O pra­zo de entre­ga do IRPF2021 come­ça na pró­xi­ma segun­da-fei­ra (1º) e vai até 30 de abril.

Pela pri­mei­ra vez, o pro­gra­ma pre­en­che­dor dedi­ca­rá espa­ço para a decla­ra­ção de crip­to­mo­e­das e de outros ati­vos ele­trô­ni­cos. Quem fez o saque emer­gen­ci­al de até R$ 1.045 do Fun­do de Garan­tia do Tem­po de Ser­vi­ço (FGTS) tam­bém pre­ci­sa­rá infor­mar o rece­bi­men­to do dinhei­ro.

No caso do auxí­lio emer­gen­ci­al, tan­to o auxí­lio cheio, de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães sol­tei­ras), e do auxí­lio emer­gen­ci­al exten­são, de R$ 300 (R$ 600 para mães sol­tei­ras), terão de ser decla­ra­dos por serem con­si­de­ra­dos ren­di­men­tos tri­bu­tá­veis de pes­soa jurí­di­ca. Quem rece­beu mais de R$ 22.847,76 de ren­di­men­tos tri­bu­tá­veis no ano pas­sa­do e tiver sido con­tem­pla­do com o auxí­lio emer­gen­ci­al deve­rá devol­ver os valo­res do bene­fí­cio.

A devo­lu­ção do auxí­lio emer­gen­ci­al está esta­be­le­ci­da pela Lei 13.982, de abril de 2020. Mais infor­ma­ções sobre como devol­ver os recur­sos podem ser obti­das na pági­na do Minis­té­rio da Cida­da­nia na inter­net.

A decla­ra­ção no Impos­to de Ren­da e a devo­lu­ção do bene­fí­cio vale tan­to para o con­tri­buin­te prin­ci­pal como para os depen­den­tes. Quem ganhou menos que R$ 22.847,76 em ren­di­men­tos tri­bu­tá­veis em 2020 e rece­beu auxí­lio emer­gen­ci­al está isen­to da decla­ra­ção do IRPF e não pre­ci­sa se pre­o­cu­par. Para quem não rece­beu o auxí­lio, a fai­xa de isen­ção foi man­ti­da em R$ 28.559,70 em ren­di­men­tos tri­bu­tá­veis no ano pas­sa­do.

O saque emer­gen­ci­al de R$ 1.045 do FGTS, auto­ri­za­do como medi­da de alí­vio duran­te a pan­de­mia de covid-19, tam­bém pre­ci­sa­rá ser decla­ra­do, como todos os saques do Fun­do de Garan­tia. O dinhei­ro deve­rá ser infor­ma­do no cam­po “Ren­di­men­tos isen­tos e não tri­bu­tá­veis”. Por se tra­tar de um ren­di­men­to isen­to, o FGTS não alte­ra a base de cál­cu­lo do IR, mas o valor deve ser decla­ra­do para com­pro­var a ori­gem dos recur­sos.

Criptomoedas

Em rela­ção aos ati­vos ele­trô­ni­cos, o pro­gra­ma gera­dor pas­sa­rá a ter três códi­gos para a decla­ra­ção des­ses bens. Na ficha “Bens e direi­tos”, foi cri­a­do o códi­go 81 para bit­coins, 82 para outras moe­das digi­tais (ether, XRP, bit­coin cash, tether, chain­link, lite­coin e outras) e 83 para os demais crip­to­a­ti­vos (ati­vos não con­si­de­ra­dos crip­to­mo­e­das, mas clas­si­fi­ca­dos como secu­rity tokens ou uti­lity tokens).

Outras novidades

A decla­ra­ção de 2021 trou­xe outras novi­da­des. O ende­re­ço de e‑mail e o núme­ro de celu­lar infor­ma­dos na ficha de iden­ti­fi­ca­ção pode­rão ser usa­dos pela Recei­ta para comu­ni­car a exis­tên­cia de men­sa­gens impor­tan­tes. O con­teú­do das men­sa­gens, no entan­to, só pode­rá ser vis­to na cai­xa pos­tal do con­tri­buin­te no e‑CAC. A Recei­ta lem­bra que não envia e‑mails pedin­do o for­ne­ci­men­to de infor­ma­ções fis­cais, ban­cá­ri­as e cadas­trais fora do e‑CAC.

A par­tir da decla­ra­ção des­te ano é pos­sí­vel envi­ar a infor­ma­ção de sobre­par­ti­lha sem a neces­si­da­de de reti­fi­car a decla­ra­ção final de espó­lio da par­ti­lha envi­a­da ante­ri­or­men­te. Bas­ta­rá o con­tri­buin­te mar­car, na ficha espó­lio, que a ope­ra­ção se tra­ta de sobre­par­ti­lha.

Ao infor­ma­rem os pro­ven­tos de apo­sen­ta­do­ria, reser­va remu­ne­ra­da, refor­ma e pen­são, na ficha “Ren­di­men­tos isen­tos e não tri­bu­tá­veis”, os decla­ran­tes de mais de 65 anos terão o limi­te da par­ce­la isen­ta cal­cu­la­do auto­ma­ti­ca­men­te, com os valo­res exce­den­tes trans­fe­ri­dos na hora para a ficha “Ren­di­men­tos tri­bu­tá­veis rece­bi­dos de pes­soa jurí­di­ca”.

A par­tir des­te ano, os con­tri­buin­tes pode­rão esco­lher con­tas de paga­men­to para rece­be­rem a res­ti­tui­ção. Até ago­ra, a Recei­ta só depo­si­ta­va os valo­res em con­tas cor­ren­tes ou pou­pan­ça.

Edi­ção: Líli­an Beral­do

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