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Bienal do Livro do Rio de Janeiro abre nesta sexta e celebra 40 anos

Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

Organização espera público de 600 mil pessoas em dez dias de evento


Pub­li­ca­do em 01/09/2023 — 07:00 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Terá iní­cio nes­ta sex­ta-feira (1º), às 10h, a 20ª Bien­al do Livro do Rio de Janeiro, que cel­e­bra 40 anos em 2023. Orga­ni­za­da pelo Sindi­ca­to Nacional de Livros (Snel) e pela GL Events Brasilien­al, a bien­al ficará aber­ta até o dia 10 deste mês, no Rio­cen­tro, na Bar­ra da Tiju­ca, zona oeste da cap­i­tal flu­mi­nense.

O even­to irá reunir 350 autores nacionais e estrangeiros. Nes­ta edição, não haverá um autor especí­fi­co hom­e­nagea­do, mas várias seções que irão cel­e­brar as obras de diver­sos escritores.

A expec­ta­ti­va é rece­ber um públi­co recorde, esti­ma­do em 600 mil pes­soas. Na 19ª edição, real­iza­da em dezem­bro de 2021, ain­da com a pan­demia da covid-19, o número de vis­i­tantes ultra­pas­sou 300 mil.

Na solenidade de aber­tu­ra, será entregue o Prêmio José Olym­pio de apoio ao livro, cri­a­do em 1983 e que rece­beu o nome de José Olym­pio Pereira Fil­ho em hom­e­nagem ao edi­tor que foi um dos primeiros a pres­ti­giar os autores nacionais. O próprio José Olym­pio abriu a série de pre­mi­ações, ao rece­ber o troféu, uma escul­tura em bronze com a figu­ra de Dom Quixote, cri­a­da pelo escul­tor Mario Agostinel­li, na data do seu aniver­sário (10 de dezem­bro) naque­le ano. A par­tir da déca­da de 1990, o enfoque da pre­mi­ação pas­sou a ser o recon­hec­i­men­to a per­son­al­i­dades ou insti­tu­ições que se desta­cam por ações de apoio ao livro e à leitu­ra no país.

O pres­i­dente do Snel, Dante Cid, disse que a pro­gra­mação do even­to foi pen­sa­da para aten­der públi­co de todas as idades. “É um even­to cul­tur­al com­pletís­si­mo. E a gente está bus­can­do torná-lo cada vez mais con­fortáv­el e atraente para todas as faixas etárias”, afir­mou à Agên­cia Brasil.

Aniversário de 60 anos da Mônica

Um dos destaques é que a bien­al será pal­co do aniver­sário de 60 anos da per­son­agem Môni­ca, das histórias em quadrin­ho da Tur­ma da Môni­ca. O públi­co será con­vi­da­do a can­tar parabéns, além de uma sessão de autó­grafos com Mau­rí­cio de Sousa.

“A gente fica hon­ra­do pelo fato de o Mau­rí­cio de Sousa ter escol­hi­do a Bien­al do Rio para cel­e­brar tam­bém esse aniver­sário”, disse Dante Cid.

ABL de volta

A Acad­e­mia Brasileira de Letras (ABL) vol­ta à Bien­al do Livro do Rio de Janeiro, após 26 anos, com um estande rico em ino­vação tec­nológ­i­ca e exper­iên­cias inter­a­ti­vas para os leitores.

Um holo­gra­ma de Macha­do de Assis, primeiro pres­i­dente da Acad­e­mia, rece­berá os vis­i­tantes. Os acadêmi­cos vão mar­car pre­sença em todos os dez dias do even­to, a par­tir das 10h, como Ana Maria Macha­do e Ruy Cas­tro.

O tradi­cional Chá das Quin­tas será repro­duzi­do diari­a­mente no estande. O anún­cio da hora do chá será feito por um reló­gio que tocará às 15h, con­vi­dan­do o públi­co a entrar no estande.

As cri­anças terão um espaço onde poderão escr­ev­er, desen­har, con­tar histórias e poe­sias. As peças se trans­for­marão em pequenos fru­tos que serão pen­dura­dos em uma árvore e e pas­sarão a com­por a cenografia do espaço. Todos os pequenos rece­berão um cer­ti­fi­ca­do de par­tic­i­pação, ate­s­tando sua primeira pub­li­cação edi­to­r­i­al. Após a Bien­al, a árvore será lev­a­da para com­por o acer­vo da ABL.

O pres­i­dente da ABL, Mer­val Pereira, desta­cou que a pre­sença da insti­tu­ição na Bien­al do Livro, depois de 26 anos, sinal­iza que a Acad­e­mia quer estar cada vez mais próx­i­ma das ativi­dades cul­tur­ais rel­e­vantes e, sobre­tu­do, dos cidadãos e dos jovens. Lem­brou que a ABL de Por­tas Aber­tas dá prossegui­men­to a recentes movi­men­tos de levar a lit­er­atu­ra e a cul­tura brasileiras ao maior número de pes­soas.

Jogo de tabuleiro

Em um jogo de tab­uleiro, o públi­co vai con­hecer como um livro é cri­a­do. “É um tab­uleiro grande, de pro­porções 3D, que vai estar colo­ca­do no chão do estande do Snel. Ali, os vis­i­tantes vão apren­den­do todo o proces­so para faz­er um livro, des­de a recepção dos orig­i­nais, revisão, dia­gra­mação, como se colo­ca na grá­fi­ca. Enfim, toda eta­pa de pro­dução do livro que o leitor não sabe como acon­tece, para ter aque­le obje­to mar­avil­hoso na mão”, expli­ca Raquel Menezes, edi­to­ra da Ofic­i­na Raquel, que traz uma nova edição do game Se Joga no Livro, que inte­gra o pro­je­to Acad­e­mia Edi­to­r­i­al Júnior (AEJ).

O jogo de tab­uleiro é coor­de­na­do por mon­i­tores treina­dos e todos os vis­i­tantes poderão par­tic­i­par.

A ideia por trás do jogo é pro­mover a inter­ação com o públi­co e, ao mes­mo tem­po, esclare­cer como a cadeia pro­du­ti­va do livro envolve muitas eta­pas e diver­sos profis­sion­ais, como autores, agentes literários, tradu­tores, ilustradores, preparadores, revi­sores, dia­gra­madores, capis­tas, edi­tores, dis­tribuidores, divul­gação e livreiros.

A edi­to­ra da zona norte car­i­o­ca espe­cial­iza­da em temas como gênero, raça, LGBTQIA+ irá apre­sen­tar lança­men­tos e prin­ci­pais obras do catál­o­go da edi­to­ra de uma for­ma difer­ente. “Esta­mos levan­do uma bike cheia de livros do nos­so catál­o­go, que apon­tam para a diver­si­dade, que é um tema que acred­i­ta­mos ser essen­cial e é a nos­sa espe­cial­i­dade. E nos­sos livros vão ser com­er­cial­iza­dos na bike”, infor­mou Raquel.

Poema a 100 mãos

A aber­tu­ra da Bien­al terá a leitu­ra do poe­ma com­pos­to pelo poeta Allan Dias Cas­tro em parce­ria com cer­ca de 50 alunos do 9º ano da Esco­la Munic­i­pal Embaix­ador Bar­ros Hur­ta­do, em Cor­dovil, zona norte do Rio. A esco­la inte­gra o pro­je­to Bien­al nas Esco­las, que incen­ti­va o hábito da leitu­ra.

Em entre­vista à Agên­cia Brasil, Allan Dias Cas­tro con­tou como foi a exper­iên­cia. “Eu come­cei dividin­do um pouco da min­ha tra­jetória. Comentei com eles que eu me via muito ali. Foi daí que veio essa iden­ti­fi­cação. Falei que eu era aque­le cara cheio de son­hos que não con­seguia botar para fora. Então, foi um priv­ilé­gio poder ouvi-los. O nos­so obje­ti­vo ali era faz­er um poe­ma. A gente criou um proces­so jun­tos”.

O poe­ma feito por ele e pelos estu­dantes se inti­t­u­la “Ver­dadeiro real­ista”.

Espaços e loja

O espaço infan­til ocu­pará a maior área do Rio­cen­tro, com 600 met­ros quadra­dos, divi­di­do por lin­guagem e for­ma de con­teú­do. No novo espaço Palavra-Chave, está pre­vis­to um baile à fan­ta­sia.

No Estação Plur­al, o públi­co vai encon­trar trans­ver­sal­i­dades literárias. Um dos for­matos vai ser o Pági­nas na Tela, que vai focar em livros que resul­taram em adap­tações para cin­e­ma, séries e nov­e­las.

Esta edição terá 100% do con­teú­do do Palavra-Chave e do Café Literário trans­mi­ti­dos pelos canais da Bien­al nas redes soci­ais ou na pági­na do even­to no You tube.

Transporte

Out­ra novi­dade é uma loja de pro­du­tos ofi­ci­ais, que terá ven­das no even­to e pela inter­net. A loja resul­tou de pedi­do dos seguidores do even­to nas redes soci­ais, os auto­de­nom­i­na­dos bien­alers, que que­ri­am lem­branças da Bien­al, como camise­tas, por exem­p­lo.

A prefeitu­ra car­i­o­ca elaborou um esque­ma espe­cial com o BRT para levar o públi­co ao even­to. Os vis­i­tantes vão con­tar com um serviço de trans­fer ofer­e­ci­do pela Go2 Events para ir ao fes­ti­val, com saí­das para ida e vol­ta diari­a­mente do Rio­cen­tro. As via­gens estão pro­gra­madas para par­tir de hora em hora, com pas­sagens no val­or de R$ 60, incluin­do ida e vol­ta.

Haverá pon­tos de embar­que em Botafo­go e Copaca­bana, na zona sul; no Nova Améri­ca, em Del Castil­ho, e na Tiju­ca, ambos bair­ros da zona norte; além do Recreio dos Ban­deirantes, na zona oeste, e em Niterói, região met­ro­pol­i­tana do Rio. Os inter­es­sa­dos poderão entrar no site para obter mais detal­h­es.

Durante os dois finais de sem­ana do even­to e no feri­ado de 7 de setem­bro, quan­do é esper­a­do um públi­co maior, o BRT terá uma lin­ha espe­cial (SE010), das 9h às 21h, do Ter­mi­nal Paulo da Portela, em Madureira, até o Ter­mi­nal Recreio, com para­da na estação Olof Palme, mais próx­i­ma à entra­da da Bien­al. Nos dias úteis, tam­bém haverá reforço de ônibus, que sairão a cada dez min­u­tos, nas lin­has 50 (Jardim Oceâni­co x Cen­tro Olímpi­co), 51 (Recreio x Vila Mil­i­tar) e 41 (Madureira x Recreio — Expres­so), que tam­bém farão para­da na estação Olof Palme.

O embar­que para a Bien­al do Livro Rio, partin­do dos ter­mi­nais Jardim Oceâni­co, Alvo­ra­da, Recreio, Paulo da Portela e Cen­tro Olímpi­co, além da estação Mor­ro do Out­eiro, terá sinal­iza­ção espe­cial para o públi­co que vai de BRT.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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