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Bloco afro Ilê Aiyê completa 50 anos

Trajetória foi celebrada na Concha Acústica do Teatro Castro Alves

Mad­son Euler — Da EBC
Pub­li­ca­do em 01/11/2024 — 20:35
São Luís
Salvador - O tradicional bloco afro Ilê Ayiê nas ruas da capital baiana (Mateus Pereira/Gov-BA)
Repro­dução: : © Mateus Pereira/­Gov-BA

O primeiro blo­co afro do Brasil, o Ilê Aiyê, com sede em Sal­vador, está com­ple­tan­do 50 anos.

Emb­o­ra asso­ci­a­do ao car­naval, o iní­cio do Ilê Ayê coin­cide com um momen­to históri­co impor­tante onde o mun­do assis­tiu ao surg­i­men­to e for­t­alec­i­men­to de vários movi­men­tos que lutavam e incen­ti­vavam a val­oriza­ção da cul­tura negra como o Black Pow­er, o movi­men­to dos Dire­itos Civis amer­i­canos, e a inde­pendên­cia de vários país­es africanos.

Cri­a­do em 1º de novem­bro de 1974, no bair­ro da Liber­dade, em Sal­vador, o blo­co que leva as cores pre­to, amare­lo, ver­mel­ho e bran­co, teve seus primeiros des­files com escol­ta poli­cial. Os primeiros anos foram de muito pre­con­ceito, segun­do Anto­nio Car­los dos San­tos Vovô, con­heci­do como o Vovô do Ilê.

A conexão entre a religião e o Ilê Aiyê tam­bém é muito forte, afi­nal, grande parte da tra­jetória do blo­co se mis­tu­ra com a de Mãe Hil­da e do ter­reiro Ilê Axé Jitolú, na Ladeira do Curuzu, em Sal­vador. Por quase duas décadas, o ter­reiro serviu ao blo­co como dire­to­ria, sec­re­taria, salão de cos­tu­ra e recepção de asso­ci­a­dos.

No perío­do car­navale­sco, o Curuzu é pal­co de um ato cul­tur­al-reli­gioso: a bênção para a saí­da do blo­co, que acon­tece com uma orques­tra de dezenas de per­cus­sion­istas e o coral negro em uma cel­e­bração. Atual­mente, o rit­u­al é real­iza­do pela fil­ha de Mãe Hil­da, Hildelice Ben­ta dos San­tos, a Doné Hildelice.

O Blo­co da Liber­dade con­tin­ua com suas raízes no Curuzu. Sua sede, ago­ra, é a  Sen­za­la do Bar­ro Pre­to, onde são real­izadas dezenas de ativi­dades educa­ti­vas de inclusão e tam­bém manutenção do lega­do do Ilê Aiyê. Lá tam­bém fun­ciona a Esco­la Mãe Hil­da, com lab­o­ratórios de infor­máti­ca, salas de aula, salas de pin­tu­ra, coz­in­ha indus­tri­al e out­ros espaços.

Neste ano do cinquentenário, o blo­co gan­hou doc­u­men­tário, shows den­tro e fora do país, exposição e, na noite des­ta sex­ta-feira (1º), real­i­zou-se um show para cel­e­brar a tra­jetória do Mais Belo dos Belos. O espetácu­lo foi na Con­cha Acús­ti­ca do Teatro Cas­tro Alves, em Sal­vador. Entre  os con­vi­da­dos, par­ceiros de lon­ga data como a Orques­tra Afros­in­fôni­ca e os can­tores Matilde Charles, Daniela Mer­cury e Car­lin­hos Brown.

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