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Boletim diz que Rio é o epicentro da variante Delta

Rio de Janeiro - O prefeito Eduardo Paes participa da campanha Blocos de Rua Unidos Pelo Distanciamento, que lança uma camisa para conscientizar contra aglomeração e ajudar financeiramente trabalhadores devido ao cancelamento do Carnaval 2021. (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Prefeito pede urgência na entrega de vacinas


Pub­li­ca­do em 13/08/2021 — 12:08 Por Ake­mi Nita­hara – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

A cidade do Rio de Janeiro é, no momen­to, o epi­cen­tro no país da vari­ante Delta do novo coro­n­avírus (covid-19). A infor­mação foi con­fir­ma­da, hoje (13), pelo prefeito Eduar­do Paes, durante a apre­sen­tação do 32º Bole­tim Epi­demi­ológi­co do municí­pio.

Ele fez um ape­lo públi­co para que o Min­istério da Saúde dê atenção espe­cial ao municí­pio, como foi dado em out­ros momen­tos para cidades que foram epi­cen­tro da crise san­itária, como Man­aus, em janeiro, e São Luís, em maio.

“O que acon­te­ceu com todos os momen­tos em que esse epi­cen­tro esteve no Maran­hão, em Man­aus, no Rio Grande do Sul? Se enten­deu que tin­ha que man­dar mais dos­es para ess­es esta­dos, equipa­men­tos. Man­dem mais dos­es para o Rio de Janeiro, porque neste momen­to o Rio de Janeiro é o lugar com mais casos de coro­n­avírus no Brasil. Graças a Deus não está viran­do óbito, muito em razão da cober­tu­ra vaci­nal e da ação ter­apêu­ti­ca da Sec­re­taria de Saúde”, disse o prefeito.

O secretário Munic­i­pal de Saúde, Daniel Soranz, infor­mou que um doc­u­men­to da Sec­re­taria de Esta­do de Saúde (SES) envi­a­do à Sub­sec­re­taria de Atenção à Saúde do esta­do solici­ta a aber­tu­ra de mais leitos para trata­men­to de covid-19 na Baix­a­da Flu­mi­nense. De acor­do com Soranz, a prefeitu­ra reabriu 60 leitos essa sem­ana e vai abrir mais de acor­do com a deman­da.

“É um doc­u­men­to inter­no da Super­in­tendên­cia de Reg­u­lação estad­ual, cobran­do a aber­tu­ra de leitos na Baix­a­da, do Hos­pi­tal Ricar­do Cruz, o hos­pi­tal mod­u­lar, colo­can­do clara­mente que é impor­tante que eles reforcem a estru­tu­ra de leitos. Os hos­pi­tais fed­erais fecharam todos os leitos de covid e pre­cisam reabrir, e estão com­pro­mis­sa­dos a faz­er isso ago­ra ao lon­go des­ta sem­ana”, infor­mou Soranz.

Segun­do o secretário, a cidade tem pelo menos 180 pacientes inter­na­dos com seque­las da covid-19 e sem pre­visão de alta. “Isso gera uma sobre­car­ga extra na rede. Então é muito impor­tante que a rede fed­er­al e a rede estad­ual este­jam preparadas para abrir o máx­i­mo de leitos pos­sív­el e eles estão se plane­jan­do para isso”, disse.

Vacina

Soranz infor­mou que a Sec­re­taria de Saúde pre­cisa de 460 mil dos­es de vaci­na con­tra a covid-19 para cumprir o cal­endário de apli­cação da próx­i­ma sem­ana, que pre­vê finalizar a primeira dose para a pop­u­lação a par­tir de 18 anos de idade.

“A gente pre­cisa para a sem­ana que vem 460 mil dos­es para com­ple­tar a pop­u­lação adul­ta. As dos­es de D2 da Astrazeneca estão reser­vadas. Nos­so cal­endário é basea­do na entre­ga dos fab­ri­cantes ao min­istério [da Saúde], que estão sendo cumpri­das. É um proces­so bem sim­ples de lib­er­ação, existe um pro­to­co­lo padroniza­do. Devem entre­gar mais dos­es ao esta­do hoje e mais provavel­mente no sába­do ou no domin­go. O Min­istério recebe dos­es todos os dias, dev­e­ria entre­gar todos os dias”, disse o secretário.

A SES, que faz a dis­tribuição das dos­es para os 92 municí­pios do esta­do, infor­mou que está pre­vista para o iní­cio da tarde de hoje a chega­da de novos lotes de vaci­nas. “De acor­do com o Min­istério da Saúde, serão entregues 308.880 dos­es da vaci­na da Pfiz­er e 183.750 dos­es da Coro­n­aVac. A sec­re­taria tam­bém rece­beu a infor­mação de que 233.000 dos­es de AstraZeneca estão sendo sep­a­radas, nes­ta man­hã, na Fiocruz, para serem entregues ao esta­do do Rio de Janeiro, ain­da sem pre­visão de horário”.

De acor­do com o painel de vaci­nação da sec­re­taria munic­i­pal, 65% da pop­u­lação total do municí­pio está vaci­na­da com pelo menos uma dose. Entre os maiores de 18 anos de idade, a pro­porção é de 84,1% com uma dose e 39,1% com as duas ou a dose úni­ca da Jansen. No públi­co pri­or­itário aci­ma de 60 anos de idade, 93% já está com o esque­ma vaci­nal com­ple­to.

No domin­go (15) será apli­ca­da a segun­da dose na pop­u­lação de Paque­tá, ilha sele­ciona­da para um estu­do da Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz) sobre a eficá­cia da vaci­na. A primeira dose foi apli­ca­da no dia 20 de jun­ho.

Situação epidemiológica

Os dados do Bole­tim Epi­demi­ológi­co da prefeitu­ra indicam que o atendi­men­to na rede de urgên­cia e emergên­cia teve um aumen­to dis­cre­to na bus­ca nos últi­mos dias, com um aumen­to de 10% nas inter­nações. Os casos con­fir­ma­dos da covid-19 no municí­pio estão com aumen­to con­sis­tente nas cin­co últi­mas sem­anas.

Os óbitos pela doença seguem com uma tendên­cia de que­da leve e esta­bil­i­dade na últi­ma sem­ana. Os casos de sín­drome gri­pal aumen­taram e os de sín­drome res­pi­ratória agu­da grave (SRAG) estão prati­ca­mente estáveis. O secretário de Saúde aler­ta que a pan­demia não acabou e que as medi­das restri­ti­vas estão man­ti­das.

“Esta­mos avançan­do na vaci­na, mas a gente tem um momen­to muito pre­ocu­pante na cidade do Rio. A gente está em pleno inver­no, com uma nova vari­ante acon­te­cen­do, com o número de casos subindo na cidade. A pan­demia não acabou, é muito impor­tante que as pes­soas respeit­em as medi­das restri­ti­vas, con­tin­uem usan­do más­cara, preferir ambi­entes aber­tos, evi­tar janelas fechadas, se pos­sív­el abrir as janelas do trans­porte públi­co. Evi­tar qual­quer tipo de exposição desnecessária”, disse.

O prefeito Eduar­do Paes disse que o plano de reaber­tu­ra, anun­ci­a­do para começar no iní­cio de setem­bro, está em stand-by, aguardan­do a evolução do quadro epi­demi­ológi­co, para ser pos­to em práti­ca ou adi­a­do. A cidade per­manece toda em situ­ação de risco alto para a trans­mis­são da covid-19 e a prefeitu­ra não autor­i­zou a pre­sença de públi­co nos está­dios de fute­bol.

Ministério da Saúde

O Min­istério da Saúde foi procu­ra­do para se posi­cionar sobre o envio das vaci­nas e a reaber­tu­ra de leitos na rede fed­er­al da cidade do Rio de Janeiro, mas ain­da não se pro­nun­ciou.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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