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Bombeiros encontram locomotiva usada pela Vale em Brumadinho

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Repro­dução: © Divulgação/TV Brasil

Tragédia ocorrida em 25 de janeiro de 2019 deixou 270 mortos


Pub­li­ca­do em 02/07/2021 — 17:40 Por Léo Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

O Cor­po de Bombeiros Mil­i­tar de Minas Gerais encon­trou uma loco­mo­ti­va usa­da nas oper­ações da Vale soter­ra­da após a tragé­dia de Bru­mad­in­ho (MG), ocor­ri­da na Mina Cór­rego do Fei­jão, em 25 de janeiro de 2019. O rompi­men­to da bar­ragem da min­er­ado­ra liber­ou no meio ambi­ente uma avalanche de rejeitos que destru­iu comu­nidades, cau­sou degradação ambi­en­tal e deixou 270 mor­tos. Pas­sa­dos quase dois anos e meio, ain­da fal­tam encon­trar os cor­pos de dez víti­mas, e as bus­cas con­tin­u­am.

A loco­mo­ti­va foi local­iza­da na tarde de ontem (1º), soter­ra­da a uma pro­fun­di­dade de aprox­i­mada­mente 15 met­ros, em um local dis­tante 1,5 quilômet­ros do pon­to ini­cial do rompi­men­to. Emb­o­ra a máquina não este­ja asso­ci­a­da a nen­hu­ma das víti­mas que estão sendo procu­radas, ela é con­sid­er­a­da peça rel­e­vante, segun­do nota divul­ga­da pelos bombeiros.

“Rep­re­sen­ta um impor­tante avanço na inteligên­cia e acurá­cia do nos­so mod­e­lo pred­i­ti­vo, e por con­se­quên­cia, na local­iza­ção das demais víti­mas. As téc­ni­cas uti­lizadas pelo Cor­po de Bombeiros Mil­i­tar de Minas Gerais con­seguiram realizar essa local­iza­ção em uma condição con­sid­er­a­da extrema­mente difí­cil”, diz o tex­to.

Bombeiros encontram locomotiva que era usada pela Vale em Brumadinho
Repro­dução: Bombeiros encon­tram loco­mo­ti­va que era usa­da pela Vale em Bru­mad­in­ho — Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

A máquina per­tence à MRS Logís­ti­ca, empre­sa com a qual a Vale tem con­tra­to de prestação de serviços. Os bombeiros farão ago­ra bus­cas no entorno do local onde a loco­mo­ti­va foi encon­tra­da. A expec­ta­ti­va é de que pos­sam ser local­iza­dos indí­cios e evidên­cias que con­tribuam para a bus­ca de víti­mas.

A maio­r­ia dos mor­tos eram tra­bal­hadores da min­er­ado­ra ou de empre­sas ter­ce­i­rizadas que prestavam serviço na mina. Em maio, foi recon­heci­da a 260ª víti­ma após a con­clusão do proces­sa­men­to do DNA do seg­men­to de um cor­po local­iza­do em janeiro. É o do sol­dador Rena­to Eustáquio de Sousa, de 34 anos de idade.

Na ocasião, uma men­sagem foi com­par­til­ha­da por meio das redes soci­ais pela Asso­ci­ação dos Famil­iares de Víti­mas e Atingi­dos do Rompi­men­to da Bar­ragem da Mina Cór­rego do Fei­jão (Avabrum), cri­a­da pelos famil­iares dos mor­tos na tragé­dia. “Ren­o­va­mos as esper­anças e seguimos moti­va­dos para con­tin­uar lutan­do pelo encon­tro ago­ra das dez joias. Todos serão encon­tra­dos. Desi­s­tir não é uma opção”, diz o tex­to.

A Avabrum con­tabi­liza 272 mortes na tragé­dia porque inclui na con­ta os bebês de duas víti­mas que estavam grávi­das.

Dev­i­do às restrições decor­rentes de pan­demia da covid-19, as bus­cas foram inter­romp­i­das duas vezes. A primeira par­al­isação ocor­reu de março a agos­to do ano pas­sa­do. Pos­te­ri­or­mente, em 17 de março deste ano, os tra­bal­hos foram nova­mente sus­pen­sos. A retoma­da ocor­reu no dia 12 de maio.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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