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Brasil é o 1º país a implantar cultura oceânica no currículo escolar

Assinatura ocorreu durante o Fórum Internacional Currículo Azul

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 12/04/2025 — 09:16
Rio de Janeiro
Pesquisa de bioacústica em Fernando de Noronha
Repro­dução: © Raul Rio/Ocean Sound

O Brasil é o primeiro país a assumir o com­pro­mis­so de incluir o tema “cul­tura oceâni­ca” nos cur­rícu­los esco­lares nacionais. A decisão foi ofi­cial­iza­da por meio do Pro­to­co­lo de Intenções, assi­na­do durante a sem­ana, com pre­sença de rep­re­sen­tantes da Orga­ni­za­ção das Nações Unidas para a Edu­cação, a Ciên­cia e a Cul­tura (Unesco).

A assi­natu­ra ocor­reu durante o Fórum Inter­na­cional Cur­rícu­lo Azul, na sede do Con­sel­ho Nacional de Desen­volvi­men­to Cien­tí­fi­co e Tec­nológi­co (CNPq), em Brasília.

A min­is­tra da Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vação, Luciana San­tos, desta­cou que a pas­ta tem lid­er­a­do ações como o Pro­gra­ma Esco­la Azul, que cria clubes de ciên­cia, for­ma jovens embaix­adores do oceano, pro­move expan­são inter­na­cional da Olimpía­da do Oceano, e artic­u­la rede de uni­ver­si­dades com­pro­meti­das com a for­mação de pro­fes­sores.

Brasília (DF), 25/02/2025 - Ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), durante cerimônia de assinatura de parcerias para fortalecimento da produção e inovação de vacinas e biofármacos Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
Repro­dução: A min­is­tra da Ciên­cia e Tec­nolo­gia, Luciana San­tos, disse que o min­istério tem pro­movi­do muitas ações rela­cionadas com o tema oceano.  Foto: Jose Cruz/Arquivo Agên­cia Brasil

“O lança­men­to do Cur­rícu­lo Azul não é um pon­to de par­ti­da, é a con­sol­i­dação de um proces­so vivo, cole­ti­vo e com­pro­meti­do com o futuro. É tam­bém um gesto de sobera­nia e visão estratég­i­ca: um país que com­preende a importân­cia do oceano para o cli­ma, a bio­di­ver­si­dade e o desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el está mais prepara­do para enfrentar os desafios do sécu­lo 21”, disse a min­is­tra.

O dire­tor-ger­al assis­tente da Unesco, Vidar Helge­sen, desta­cou o pro­tag­o­nis­mo do Brasil com o lança­men­to fed­er­al do Cur­rícu­lo Azul. Para ele, é moti­vo de orgul­ho para a Comis­são Oceanográ­fi­ca Inter­gov­er­na­men­tal da Unesco.

“A lid­er­ança do Brasil reflete a nos­sa mis­são: unir gov­er­nos e a comu­nidade cien­tí­fi­ca na con­strução do ‘Oceano que Pre­cisamos para o Futuro que Quer­e­mos’. E, como todos sabe­mos, só é pos­sív­el alcançar esse futuro por meio da edu­cação”, disse o dire­tor-ger­al.

» Espe­cial­is­tas debatem pro­teção dos oceanos em con­gres­so no Brasil

Out­ros rep­re­sen­tantes da Unesco tam­bém reforçaram o papel da edu­cação em for­mar cidadãos con­scientes da importân­cia dos oceanos e da preser­vação deles.

“O Brasil é hoje uma refer­ên­cia glob­al em edu­cação oceâni­ca. O Cur­rícu­lo Azul mostra que é pos­sív­el trans­for­mar con­hec­i­men­to cien­tí­fi­co em políti­cas públi­cas conc­re­tas, com par­tic­i­pação de edu­cadores, estu­dantes e comu­nidades. Essa é a essên­cia da Déca­da do Oceano: ação com base na ciên­cia e na colab­o­ração”, disse Francesca San­toro, ofi­cial sênior de pro­gra­mas da Comis­são Oceanográ­fi­ca Inter­gov­er­na­men­tal da Unesco e coor­de­nado­ra do Escritório de Coor­de­nação da Déca­da do Oceano da ONU sobre Conexões entre as Pes­soas e o Oceano.

“O Cur­rícu­lo Azul nasce da escu­ta ati­va e plur­al da sociedade brasileira. Durante as ofic­i­nas region­ais para a Déca­da do Oceano, real­izadas em 2020 nas cin­co regiões do país, a inclusão da Cul­tura Oceâni­ca na edu­cação foi apon­ta­da como pri­or­i­dade por todos os gru­pos par­tic­i­pantes. Esse pas­so é, por­tan­to, uma respos­ta dire­ta à voz do povo”, afir­mou Ronal­do Christo­fo­let­ti, pro­fes­sor da Uni­ver­si­dade Fed­er­al de São Paulo (Unife­sp).

“É dar vida a um dese­jo cole­ti­vo de for­mar cidadãos que com­preen­dam a importân­cia do oceano para o Brasil e para a resil­iên­cia climáti­ca glob­al. Ao mes­mo tem­po, rep­re­sen­ta um retorno à essên­cia de um país que é, por geografia, história e cul­tura, pro­fun­da­mente lig­a­do ao mar”, com­ple­tou Christo­fo­let­ti, que é co-pres­i­dente do Grupo de Espe­cial­is­tas em Cul­tura Oceâni­ca da Unesco.

Fórum Currículo Azul

Fernando de Noronha (PE)
Repro­dução: Golfin­hos no mar de Fer­nan­do de Noron­ha, con­sci­en­ti­za­ção para man­ter um oceano saudáv­el — Arqui­vo Agên­cia Brasil

O Fórum Inter­na­cional Cur­rícu­lo Azul foi pen­sa­do para tro­ca de exper­iên­cias inter­na­cionais em edu­cação e cul­tura oceâni­ca. Com a defe­sa da resil­iên­cia climáti­ca, desta­cou a importân­cia de rela­cionar ciên­cia e políti­cas públi­cas.

A men­sagem prin­ci­pal é de que todas as áreas do con­hec­i­men­to podem con­tribuir para aumen­tar a con­sci­en­ti­za­ção sobre a importân­cia de um oceano saudáv­el e uma sociedade resiliente diante das mudanças climáti­cas.

O even­to abor­dou a for­mação de cidadãos infor­ma­dos e proa­t­ivos para lidar com os novos desafios globais, que incluem questões como segu­rança ali­men­tar, econo­mia azul inclu­si­va e sus­ten­táv­el, diver­si­dade de con­hec­i­men­to e desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el.

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