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Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Dado é do Programa Queimadas, do Inpe


Publicado em 02/09/2024 — 15:25 Por Fabíola Sinimbú — Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O Brasil ini­ciou o mês de setem­bro com mais 154 mil focos de calor reg­istra­dos este ano, segun­do o Pro­gra­ma Queimadas, do Insti­tu­to Nacional de Pesquisas Espa­ci­ais (Inpe). O maior número de frentes de fogo está na Amazô­nia, que con­cen­tra 42,7% dos focos reg­istra­dos no domin­go (1º) e nes­ta segun­da-feira (2).

De acor­do com o Inpe, como ess­es dados são ger­a­dos por ima­gens de satélite, que vari­am em cap­tação de áreas entre 375 met­ros quadra­dos (m²) e 4 quilômet­ros quadra­dos (km²), cada foco pode rep­re­sen­tar uma ou várias frentes de fogo ati­vas. Da mes­ma for­ma, uma frente de fogo muito grande pode ser cap­ta­da por mais de um satélite e rep­re­sen­tar mais de um foco de calor.

Na com­para­ção com os dados divul­ga­dos no últi­mo bole­tim do Min­istério do Meio Ambi­ente e Mudança do Cli­ma (MMA), no sába­do (31), os focos de calor con­tin­u­am avançan­do pelos bio­mas brasileiros, em relação ao reg­istra­do até o dia 27 de agos­to, até quan­do já havi­am sido cap­ta­dos pouco mais de 112 mil focos de calor no país. Emb­o­ra a Amazô­nia seja o bio­ma mais atingi­do, por causa da exten­são de seu ter­ritório, o municí­pio mais afe­ta­do foi Corum­bá, em Mato Grosso do Sul, onde o bio­ma pre­dom­i­nante é o Pan­tanal e foram detec­ta­dos 4.245 focos. Já o segun­do municí­pio mais atingi­do foi Apuí, no Ama­zonas, onde hou­ve 3.401 focos até o dia 27 de agos­to.

De acor­do com o Lab­o­ratório de Apli­cações de Satélites Ambi­en­tais da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), a área da Amazô­nia que já foi con­sum­i­da pelo fogo em 2024 ultra­pas­sou 5,5 mil­hões de hectares e o Pan­tanal já perdeu 2,5 mil­hões de hectares até esse domin­go.

Combate

O MMA infor­mou que atual­mente atu­am na Amazô­nia 1.468 brigadis­tas do Insti­tu­to Brasileiro do Meio Ambi­ente e dos Recur­sos Nat­u­rais Ren­ováveis (Iba­ma) e do Insti­tu­to Chico Mendes de Con­ser­vação da Bio­di­ver­si­dade (ICM­Bio).

Já no Pan­tanal, ess­es órgãos atu­am com 391 profis­sion­ais, que se somam a out­ros 343 das Forças Armadas, 79 da Força Nacional de Segu­rança Públi­ca e dez da Polí­cia Fed­er­al. Tam­bém estão sendo empre­gadas 18 aeron­aves e 52 embar­cações do gov­er­no fed­er­al.

Na últi­ma terça-feira (27), o Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al deter­mi­nou o pra­zo de 15 dias para que o gov­er­no fed­er­al reforce o número de pes­soas e de equipa­men­tos no com­bate ao fogo no Pan­tanal e na Amazô­nia. No dia 10 de setem­bro, o cumpri­men­to da medi­da dev­erá ser avali­a­do em audiên­cia de con­cil­i­ação que tratará de três ações de des­cumpri­men­to de pre­ceito fun­da­men­tal (ADPFs) que tratam do tema.

Edição: Juliana Andrade

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