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Brasil não quer provocar os EUA, diz Lewandowski sobre deportações

Prevista em tratado, medida deve ser cumprida com dignidade e respeito

Elaine Patri­cia Cruz – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 27/01/2025 — 16:55
São Paulo
Ver­são em áudio
Brasília (DF), 03/12/2024 - O ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, participa de audiência da Comissão de Segurança Publica do Senado Federal. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
© Roque de Sá/Agência Sena­do

O min­istro da Justiça e Segu­rança Públi­ca Ricar­do Lewandows­ki afir­mou, nes­ta segun­da-feira (27), em São Paulo, que, ape­sar da depor­tação de brasileiros dos Esta­dos Unidos estar pre­vista em um trata­do assi­na­do entre os dois país­es, pre­cisa ser fei­ta com respeito e dig­nidade.

Segun­do Lewandows­ki, os brasileiros que chegaram a Man­aus na sex­ta-feira (24) após terem sido depor­ta­dos pelo gov­er­no norte-amer­i­cano estavam em “situ­ação dramáti­ca” e foram sub­meti­dos a “con­strang­i­men­tos abso­lu­ta­mente ina­ceitáveis”.

Para o min­istro, a reação do gov­er­no brasileiro ao deter­mi­nar que fos­sem reti­radas as alge­mas dos pas­sageiros depor­ta­dos foi muito sóbria.

“Nós tive­mos uma reação muito sóbria. Não quer­e­mos provo­car o gov­er­no amer­i­cano até porque a depor­tação está pre­vista em um trata­do que vige há vários anos entre o Brasil e os Esta­dos Unidos e que autor­iza a depor­tação. Mas, obvi­a­mente, essa depor­tação tem que ser fei­ta com respeito aos dire­itos fun­da­men­tais das pes­soas, sobre­tu­do daque­las que não são crim­i­nosos”, desta­cou Lewandows­ki, que par­ticipou hoje de um almoço-palestra com empresários pro­movi­do pelo Grupo de Líderes Empre­sari­ais (Lide).

“Nós não quer­e­mos provo­cação, nós não quer­e­mos afrontar quem quer que seja, mas nós quer­e­mos que os brasileiros inocentes e que foram lá bus­car tra­bal­ho, sejam trata­dos com a dig­nidade que mere­cem”, enfa­ti­zou o min­istro, que ain­da hoje deve tratar da situ­ação dos depor­ta­dos com o pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va, em Brasília.

Histórico

No últi­mo sába­do (25), uma aeron­ave prove­niente dos Esta­dos Unidos, trazen­do 88 brasileiros, pousou em Man­aus, após apre­sen­tar um prob­le­ma téc­ni­co.

“Rece­bi um tele­fone­ma logo cedo me avisan­do que os brasileiros depor­ta­dos dos Esta­dos Unidos tin­ham feito um pouso de emergên­cia em Man­aus, em função de prob­le­mas téc­ni­cos, sobre­tu­do no ar-condi­ciona­do, e que os brasileiros lá tin­ham se revolta­do, porque estavam numa situ­ação real­mente dramáti­ca, acor­renta­dos pelas mãos e pelos pés, sem ali­men­tação, sem poder ir ao ban­heiro, naque­le calor de Man­aus, sem poder sair do avião. E as autori­dades amer­i­canas que estavam lá proibi­ram-nos de sair do avião”, lem­brou o min­istro.

Por causa dis­so, Lewandows­ki con­ver­sou com o pres­i­dente Lula que, ime­di­ata­mente, deter­mi­nou a ida de uma aeron­ave da Força Aérea Brasileira (FAB) de Brasília para Man­aus para resolver a situ­ação dos depor­ta­dos. Lula deter­mi­nou que as alge­mas dos brasileiros fos­sem reti­radas e que os brasileiros fos­sem lev­a­dos de Man­aus para Belo Hor­i­zonte. “Hou­ve um fris­son [forte comoção]  um mal-estar, mas o pres­i­dente, de for­ma muito deter­mi­na­da, man­dou o avião da FAB bus­car ess­es brasileiros”, expli­cou o min­istro.

No sába­do (25), a aeron­ave chegouMinas Gerais.

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