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Brasil perde 15% de florestas naturais em quase 40 anos, diz MapBiomas

 

Repro­dução: Agên­cia Brasil / EBC

 

Rede atribui perdas ao avanço da agropecuária no país


Pub­li­ca­do em 20/10/2023 — 00:07 Por Lety­cia Bond – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Em novo lev­an­ta­men­to, a rede Map­Bio­mas con­sta­tou que, entre 1985 e 2022, hou­ve redução de 15% da área ocu­pa­da por flo­restas nat­u­rais no país, pas­san­do de 581,6 mil­hões de hectares para 494,1 mil­hões de hectares.

O prin­ci­pal fator de dev­as­tação foi a apro­pri­ação da agropecuária, e os últi­mos cin­co anos acel­er­aram o proces­so de des­mate, respon­den­do por 11% dos 87,6 mil­hões de hectares per­di­dos, rev­ela a Coleção 8 do Mapea­men­to Anu­al da Cober­tu­ra e Uso da Ter­ra no Brasil. Segun­do o tra­bal­ho, os bio­mas que mais viram flo­restas sumirem nesse perío­do foram a Amazô­nia (13%) e o Cer­ra­do (27%).

O mapea­men­to con­sid­era diver­sos tipos de cober­tu­ra arbórea: for­mações flo­restais, savanas, flo­restas alagáveis, mangue e restin­ga. De acor­do com o Map­Bio­mas, ess­es ecos­sis­temas ocu­pam 58% do ter­ritório nacional. Quan­do todos são con­sid­er­a­dos,  a Amazô­nia (78%) e a Caatin­ga (54%) apare­cem como os bio­mas com maior pro­porção de flo­restas nat­u­rais em 2022.

O Map­Bio­mas obser­vou, ain­da, que dois terços da área destruí­da, ou seja, 58 mil­hões de hectares, foram de for­mações flo­restais, que são áreas de veg­e­tação com pre­domínio de espé­cies arbóreas e dos­sel con­tín­uo como as flo­restas que prevale­cem na Amazô­nia e na Mata Atlân­ti­ca. A diminuição das for­mações flo­restais foi de 14% nos 38 anos anal­isa­dos. O Pam­pa foi o úni­co em que o pata­mar se man­teve estáv­el, mes­mo com o pas­sar dos anos.

Pelos cál­cu­los da orga­ni­za­ção, quase todo o des­flo­resta­men­to (95%) se deu como con­se­quên­cia do avanço da agropecuária, que impli­ca tan­to a trans­for­mação de flo­res­ta em pasta­gens como a uti­liza­ção das áreas para cul­ti­vo agrí­co­la. Nas duas primeiras décadas do perío­do sob análise, reg­istrou-se aumen­to da per­da de flo­restas, segui­do de perío­do de redução da área des­mata­da a par­tir de 2006.

As flo­restas alagáveis tam­bém fazem parte da pais­agem da Amazô­nia e pas­saram a ser mon­i­toradas pelo Map­Bio­mas neste ano. Tais flo­restas são car­ac­ter­i­zadas por se for­mar nas prox­im­i­dades de cur­sos d’água. Nesse caso, no inter­va­lo de quase 40 anos, foram per­di­dos 430 mil hectares de flo­restas, que ocu­pavam 18,8 mil­hões de hectares ou 4,4% do bio­ma em 2022.

Edição: Nádia Fran­co

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