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Brasil recebeu 194.331 migrantes em 2024

Maioria vêm da Venezuela

Luciano Nasci­men­to — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 08/02/2025 — 14:23
São Luís
Imigrantes venezuelanos cruzam a fronteira com o Brasil.
Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

O Brasil reg­istrou a chega­da de 194.331 migrantes em 2024. Os venezue­lanos lid­er­am a lista de abri­ga­dos, com 94.726 pes­soas rece­bidas pela Oper­ação Acol­hi­da. Os dados são da 8ª edição do Bole­tim da Migração, divul­ga­do pela Sec­re­taria Nacional de Justiça (Sena­jus), do Min­istério da Justiça e Segu­rança Públi­ca (MJSP).

Segun­do a pas­ta, a reunião famil­iar foi o prin­ci­pal moti­vo para as solic­i­tações de abri­go no país, com 16.567 jus­ti­fica­ti­vas. Na sequên­cia, vêm tra­bal­ho e inves­ti­men­tos, com 14.507 jus­ti­fica­ti­vas, e estu­do, com 8.725.

Os pedi­dos para cumprir mis­são reli­giosa foram 2,3 mil; para fixar residên­cia em fron­teiras somaram 1.966 e rece­ber acol­hi­da human­itária 4.317.

Os dados mostram ain­da que, no ano pas­sa­do, foram pedi­das 68.159 solic­i­tações de recon­hec­i­men­to da condição de refu­gia­do, dos quais, 13.632 já foram con­ce­di­dos; 24.887 foram extin­tos, 28.890 arquiv­a­dos e 318 inde­feri­dos.

“A Venezuela segue como prin­ci­pal nacional­i­dade entre refu­gia­dos recon­heci­dos (12.726), segui­da por Afe­gan­istão (283) e Colôm­bia (121)”, infor­ma o bole­tim.

Venezuelanos

Em dezem­bro do ano pas­sa­do entraram no país 5.837 venezue­lanos. O prin­ci­pal pon­to de entra­da é Pacaraima, em Roraima. Na cidade e em Boa Vista, são ofer­ta­dos atendi­men­tos da Oper­ação Acol­hi­da, respos­ta human­itária que ofer­ece suporte ao deslo­ca­men­to vol­un­tário, seguro e orga­ni­za­do de pop­u­lações refu­giadas e migrantes.

Segun­do dados da oper­ação, os venezue­lanos que entraram no Brasil vivem, atual­mente, em 1.026 municí­pios de todas as regiões do país. As cidades de Curiti­ba e Man­aus são as que somam maior número de migrantes recep­ciona­dos pela oper­ação.

No final de janeiro deste ano, as ações da oper­ação chegaram a ser sus­pen­sas após a Orga­ni­za­ção Inter­na­cional para as Migrações (OIM), braço da Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU) para atendi­men­to de migrantes e refu­gia­dos, infor­mar o blo­queio do repasse de ver­bas por 90 dias deter­mi­na­do pelo pres­i­dente norte-amer­i­cano, Don­ald Trump, no dia 26.

No dia seguinte, o gov­er­no fed­er­al se reuniu com rep­re­sen­tantes da orga­ni­za­ção para dis­cu­tir o impacto da sus­pen­são das ativi­dades real­izadas pela enti­dade no âmbito da Oper­ação Acol­hi­da. Na ocasião, foi definido que o gov­er­no exe­cu­taria as ações da OIM.

“As autori­dades brasileiras estão mobi­lizadas e seguem em trata­ti­vas para reduzir os impactos da ausên­cia das equipes da OIM na oper­ação logís­ti­ca e na gestão de abri­gos. Entre as ações emer­gen­ci­ais estão a realo­cação de servi­dores das áreas de saúde, assistên­cia social, da Polí­cia Fed­er­al e Defe­sa para man­terem, em caráter emer­gen­cial, as ativi­dades essen­ci­ais”, disse o MJSP em nota.

Segun­do o min­istério, o grande vol­ume de pes­soas migran­do da Venezuela indi­ca a neces­si­dade de o “gov­er­no fed­er­al prosseguir com políti­cas voltadas à crise human­itária daque­le país”.

Brasileiros no exterior

Em relação aos brasileiros no exte­ri­or, os dados mostram que, até 2023, 4.996.951 cidadãos brasileiros vivi­am fora do país.

“As prin­ci­pais regiões de des­ti­no são a Améri­ca do Norte (2,26 mil­hões) e a Europa (1,67 mil­hão). Os Esta­dos Unidos seguem como o país com o maior número de brasileiros res­i­dentes (2,08 mil­hões), segui­do por Por­tu­gal (513 mil)”, infor­mou o min­istério.

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