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Brasil sobe em ranking de combate à violência sexual contra crianças

Repro­dução: © Wil­son Dias/Agência Brasil

País passou do 13º lugar para o 11º no índice com 60 países


Pub­li­ca­do em 16/05/2023 — 20:23 Por Pedro Lac­er­da — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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O Brasil subiu duas posições no índice Out of the Shad­ows (Fora das Som­bras), rank­ing que avalia o enfrenta­men­to à explo­ração e ao abu­so sex­u­al de cri­anças e ado­les­centes em 60 país­es, incluin­do Améri­ca Lati­na e Caribe. Na primeira edição do estu­do, pub­li­ca­do em 2018, o Brasil ficou em 13º lugar, e, pas­sa­dos cin­co anos, o país subiu para a 11ª posição.

De acor­do com a orga­ni­za­ção Child­hood Brasil, respon­sáv­el pela ver­são nacional do estu­do, ness­es 60 país­es estu­da­dos vivem aprox­i­mada­mente 85% da pop­u­lação glob­al das cri­anças, por isso a escol­ha dessas nações. Esti­ma-se que todos os anos 400 mil­hões de cri­anças e ado­les­centes sejam víti­mas de vio­lên­cia sex­u­al em todo o mun­do.

Na Améri­ca Lati­na, o Brasil encabeça a lista de nações que mel­hor respon­dem aos crimes cometi­dos con­tra essa parcela da pop­u­lação. Segun­do o lev­an­ta­men­to, o índice é sub­di­vi­di­do em duas grandes cat­e­go­rias: a cat­e­go­ria de “respos­ta” dos serviços de apoio às víti­mas e os proces­sos judi­ci­ais; e a “pre­venção”, que con­sid­era leis de pro­teção e políti­cas que coíbam esse tipo de vio­lên­cia.

O estu­do mostrou que os país­es lati­no-amer­i­canos se posi­cionaram aci­ma da média glob­al, espe­cial­mente no que­si­to “respos­ta”. O Brasil foi avali­a­do com 100% de aprovação em sub­cat­e­go­rias como enga­ja­men­to da sociedade civ­il e capaci­dade do sis­tema judi­cial.

Entre­tan­to, o desem­pen­ho foi muito ruim nos itens reabil­i­tação de agres­sores sex­u­ais e ações con­tra poten­ci­ais abu­sadores. No que diz respeito às medi­das de pre­venção da vio­lên­cia sex­u­al, o Brasil ficou atrás de país­es como Turquia, Ruan­da e Viet­nã. “No cam­po da pre­venção nós temos muito a apren­der com out­ros país­es. Alguns, inclu­sive, tem ren­da per cap­ta menor [que o Brasil]. Mas nos chama a atenção, em espe­cial, a leg­is­lação pro­te­ti­va dess­es país­es”, afir­ma a dire­to­ra-ger­al da Child­hood Brasil, Laís Peret­to.

A ONG con­clui o estu­do afir­man­do que existe “uma epi­demia glob­al, que não está atre­la­da ao sta­tus econômi­co de uma sociedade”. A enti­dade defende a implan­tação de um pro­gra­ma nacional de pre­venção à vio­lên­cia sex­u­al con­tra cri­anças e ado­les­centes, “que opere sobre as desigual­dades econômi­cas, as inequidades étni­co-raci­ais e de gênero”, além de ado­tar ações para uma edu­cação efe­ti­va no cam­po da saúde sex­u­al.

Edição: Juliana Andrade

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