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Brasil vive terrorismo climático, diz Marina Silva

Repro­dução: © Lula Marques/ Agên­cia Brasil

Para ministra, pessoas usam altas temperaturas para atear fogo ao país


Publicado em 15/09/2024 — 14:51 Por Flávia Albuquerque — Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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A min­is­tra do Meio Ambi­ente e Mudança do Cli­ma, Mari­na Sil­va, afir­mou neste sába­do (14), em São Car­los, no inte­ri­or de São Paulo, que o Brasil vive um ter­ror­is­mo climáti­co, com pes­soas usan­do as altas tem­per­at­uras e a baixa umi­dade para atear fogo ao país, prej­u­di­can­do a saúde das pes­soas, a bio­di­ver­si­dade e destru­in­do as flo­restas. “Há uma proibição em todo o ter­ritório nacional do uso do fogo, mas exis­tem aque­les que estão fazen­do um ver­dadeiro ter­ror­is­mo climáti­co”, afir­mou em entre­vista a veícu­los de comu­ni­cação.

Ela ressaltou que é fun­da­men­tal que todos os agentes públi­cos que já estão mobi­liza­dos con­tin­uem agin­do, porque há uma intenção por trás dessas ações. Segun­do a min­is­tra, ape­nas dois esta­dos não estão pas­san­do por seca. Ela defend­eu pena mais rígi­da para quem comete esse tipo de crime. Atual­mente a pena varia de um a qua­tro anos de prisão.

“Não é pos­sív­el que diante de uma das maiores secas de toda a história do nos­so con­ti­nente e do país, e com a proibição exis­tente, que as pes­soas con­tin­uem colo­can­do fogo. Isso causa grande mal à saúde públi­ca, ao meio ambi­ente, aos nos­sos sis­temas pro­du­tivos e só agra­va o prob­le­ma da mudança do cli­ma. Quan­do você tem uma situ­ação em que sabe que colo­car fogo é como se estivesse acio­nan­do um bar­ril ou um paiol de pólvo­ra, isso é uma intenção crim­i­nosa”, disse.

Mari­na lem­brou que 17 pes­soas já foram pre­sas e há 50 inquéri­tos aber­tos. Para a min­is­tra, é prováv­el que haja pes­soas por trás incen­ti­van­do os crimes, o que pode ser descober­to com inves­ti­gações e tra­bal­ho de inteligên­cia da Polí­cia Fed­er­al (PF). Ela com­parou ain­da os incên­dios crim­i­nosos com a ten­ta­ti­va de golpe no dia 8 de janeiro de 2023.

“Por isso é tão impor­tante o tra­bal­ho da PF. É pre­ciso con­tin­uar inves­ti­gan­do com tra­bal­ho de inteligên­cia com­bi­na­do, porque é aí que vamos poder desco­brir de onde vem essa moti­vação. Eu estou prati­ca­mente com­para­n­do o que está acon­te­cen­do ao dia 8 de janeiro. São pes­soas atuan­do delib­er­ada­mente para cri­ar o caos no Brasil, tocan­do fogo nas flo­restas e nas ativi­dades pro­du­ti­vas das pes­soas”.

A min­is­tra ressaltou que o pre­juí­zo em São Paulo já é de R$ 2 bil­hões para os agricul­tores, prin­ci­pal­mente os plan­ta­dores de cana-de-açú­car. Segun­do ela, já são 900 mil hectares de áreas de agri­cul­tura e pecuária queimadas, 1,4 mil­hão de hectares em área de cam­po de pastagem e 1 mil­hão de hectares em áreas flo­restais.

“Uma flo­res­ta úmi­da não pega fogo, porque o fogo começa e a própria flo­res­ta con­segue faz­er com que se apague. Como já esta­mos viven­do os efeitos de mudança climáti­ca, provavel­mente a flo­res­ta está per­den­do umi­dade, como dizem os cien­tis­tas, e cer­ca de 32% dos incên­dios estão sendo feitos inten­cional­mente para degradar a própria flo­res­ta”, anal­isou.

Edição: Graça Adju­to

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