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Brasileiras relatam sofrer racismo e xenofobia em Portugal

Repro­dução: © Luna Costa/MIR

Grupo contou ter dificuldade em acessar serviços de saúde


Pub­li­ca­do em 24/04/2023 — 18:25 Por Daniel­la Almei­da — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Brasileiras res­i­dentes em Por­tu­gal se reuni­ram na man­hã des­ta segun­da-feira (24), em Lis­boa, com a min­is­tra da Igual­dade Racial, Anielle Fran­co, e a primeira-dama, Jan­ja Lula da Sil­va.

Durante a roda de con­ver­sa, na Casa do Brasil em Lis­boa, as inte­grantes do Comitê Pop­u­lar de Mul­heres Brasileiras em Por­tu­gal relataram casos de dis­crim­i­nação de gênero, racis­mo e xeno­fo­bia, além de desre­speito a dire­itos e difi­cul­dades de aces­so a serviços bási­cos, como na saúde públi­ca.

Após ouvir as histórias, Anielle Fran­co reforçou a neces­si­dade de se garan­tir a pro­teção dos imi­grantes brasileiros. “É fun­da­men­tal tra­bal­har pela pro­teção e dig­nidade do nos­so povo em todas as partes do mun­do, espe­cial­mente em Por­tu­gal, onde grande parte dos imi­grantes são brasileiros”.

A primeira-dama tam­bém se pro­nun­ciou sobre o encon­tro com as brasileiras em uma postagem em uma rede social. “Ouvi as deman­das dessas rep­re­sen­tantes sobre diver­sos assun­tos, como estig­mas de gênero, racis­mo e xeno­fo­bia. A difi­cul­dade no aces­so a dire­itos e serviços bási­cos, como de saúde, tam­bém foi um dos prin­ci­pais pon­tos. Vamos seguir tra­bal­han­do para garan­tir que as mul­heres ten­ham vida digna em todos os lugares”, escreveu.

Cooperação Brasil – Portugal

Durante a viagem do pres­i­dente Lula a Por­tu­gal, os gov­er­nos dos dois país­es fecharam diver­sos acor­dos de coop­er­ação inter­na­cional para com­bat­er o racis­mo con­tra a comu­nidade brasileira que vive em ter­ras lusi­tanas. Entre eles, o desen­volvi­men­to de um pro­to­co­lo de coop­er­ação com uni­ver­si­dades brasileiras e por­tugue­sas por meio do Obser­vatório de Com­bate ao Racis­mo e à Xeno­fo­bia, em Por­tu­gal.

Nes­ta segun­da-feira (24), a min­is­tra Anielle Fran­co par­ticipou de even­to na Uni­ver­si­dade Nova de Lis­boa, quan­do o Obser­vatório e o gov­er­no brasileiro fir­maram coop­er­ação para ampli­ar os canais de atendi­men­to, diag­nós­ti­co e denún­cia sobre racis­mo e xeno­fo­bia em Por­tu­gal, e para que sejam con­struí­dos mecan­is­mos semel­hantes no Brasil.

No even­to, a min­is­tra propôs cole­ta de dados sobre a pop­u­lação negra em Por­tu­gal, engloban­do migrantes brasileiros e africanos, com a inserção deste recorte no cen­so por­tuguês.

Prêmio Marielle Franco

O Obser­vatório de Com­bate ao Racis­mo e à Xeno­fo­bia e o Min­istério da Igual­dade Racial ain­da fir­maram parce­ria para cri­ação do prêmio Marielle Fran­co, com o obje­ti­vo de evi­den­ciar inves­ti­gações, em todo o país, rela­cionadas ao com­bate ao racis­mo e à xeno­fo­bia.

“O Brasil é refer­ên­cia mundi­al na pro­dução de políti­cas públi­cas de igual­dade racial e pas­sa por um momen­to de avanço com a cri­ação do nos­so Min­istério. Podemos con­tribuir com Por­tu­gal para uma for­mu­lação de diag­nós­ti­co e no con­se­quente avanço destas políti­cas”, afir­mou a min­is­tra.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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