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Calor em escolas é extremo nas cozinhas, alerta sindicato do Rio

Merendeiras enfrentam até 60ºC com fogões ligados

Ana Cristi­na Cam­pos – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 19/02/2025 — 17:56
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ), 24/08/2023 - Rio de Janeiro (RJ), 24/08/2023 - Termômetro, no centro da cidade, chega a marcar 40 graus em meio a forte onda de calor. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Após aler­tas sobre recordes de calor pre­vis­tos para esta sem­ana, o Sindi­ca­to Estad­ual dos Profis­sion­ais de Edu­cação do Esta­do do Rio de Janeiro (Sepe) solic­i­tou às autori­dades munic­i­pais e estad­u­ais providên­cias para garan­tir a saúde de profis­sion­ais e alunos nas esco­las públi­cas. O sindi­ca­to infor­mou que vem aler­tan­do des­de o ano pas­sa­do a grave situ­ação das esco­las das redes de ensi­no.

O sindi­ca­to disse que tem rece­bido, nos últi­mos dias, denún­cias de profis­sion­ais e mem­bros da comu­nidade esco­lar sobre altas tem­per­at­uras reg­istradas nas unidades. Há esco­las que não con­tam com clima­ti­za­ção ou os equipa­men­tos não fun­cionam de for­ma ade­qua­da. O prob­le­ma não se restringe às salas de aula: os fun­cionários das coz­in­has esco­lares tam­bém recla­mam que não há refrig­er­ação ade­qua­da.

Segun­do a coor­de­nado­ra do Sepe, Beat­riz Lugão, a situ­ação é críti­ca, pois a tem­per­atu­ra varia entre 35 e 45 graus no local de tra­bal­ho e nas salas de aula. Há 200 esta­b­elec­i­men­tos que não estão clima­ti­za­dos, incluin­do as coz­in­has. Para ela, a situ­ação das meren­deiras é desumana, pois quan­do lig­am o fogão, a sen­sação tér­mi­ca é de mais de 60 graus.

“Temos situ­ações muito gri­tantes nas redes munic­i­pais, como é o caso de São Gonça­lo, com uma rede munic­i­pal de 119 esco­las e somente 20 são clima­ti­zadas. Os gov­er­nos não foram pegos de sur­pre­sa. A onda de calor vem se esten­den­do ao lon­go do ano e não há pro­je­to de clima­ti­za­ção na maio­r­ia dos municí­pios do esta­do. A situ­ação é muito mais urgente e muito mais trág­i­ca na região da Baix­a­da Flu­mi­nense e Grande Rio onde o calor é mais inten­so do que no inte­ri­or do esta­do. É impos­sív­el ensi­nar, é impos­sív­el apren­der, impos­sív­el tra­bal­har nas coz­in­has com o calor que está fazen­do”, disse Beat­riz.

A reportagem entrou em con­ta­to com a prefeitu­ra de São Gonça­lo e aguar­da posi­ciona­men­to.

Segun­do a Sec­re­taria de Edu­cação (See­duc), das 1.234 esco­las estad­u­ais, 200 estão sem ar-condi­ciona­do.

De acor­do com o gov­er­no estad­ual, para o bem-estar dos alunos e profis­sion­ais da edu­cação, gestores rece­ber­am ori­en­tações para incen­ti­var e garan­tir a hidratação dos estu­dantes. Além dis­so, as esco­las pas­sarão a preparar ali­men­tos mais leves para a meren­da e a evi­tar ativi­dades ao ar livre ou em área exter­na.

Em alguns casos, as unidades esco­lares estão autor­izadas a reduzir a car­ga horária pres­en­cial em até 50% ou faz­er rodízio de tur­mas nas salas de aula mais refrig­er­adas. As esco­las que dimin­uírem seus horários dev­erão disponi­bi­lizar o con­teú­do pedagógi­co por meio de recur­sos tec­nológi­cos. Segun­do o gov­er­no, os colé­gios tam­bém estão amenizan­do o calor das salas com o reforço de mais ven­ti­ladores.

“As inter­venções rela­cionadas à clima­ti­za­ção são um pouco mais com­plexas, pre­cisan­do faz­er pro­je­to estru­tur­al, aumen­to de car­ga, muitas vezes o retro­fit da rede. Temos o com­pro­mis­so de, em 90 dias, faz­er a clima­ti­za­ção de 180 unidades”, afir­mou Davi Mar­in­ho, sub­se­cretário de gestão admin­is­tra­ti­va da See­duc.

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