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Câmara inaugura exposição para marcar um ano dos ataques de 8/1

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Além de fotos de servidores, objetos danificados também serão expostos


Pub­li­ca­do em 06/01/2024 — 11:01 Por Lucas Pordeus León – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Uma exposição sobre a invasão do dia 8 de janeiro de 2023 na Câmara dos Dep­uta­dos será inau­gu­ra­da na próx­i­ma segun­da-feira (8), para mar­car o primeiro ano dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

A mostra é com­pos­ta por fotos do dia da invasão e pela exposição de obje­tos dan­i­fi­ca­do pelos golpis­tas que, na tarde daque­le domin­go, mar­charam pela Esplana­da dos Min­istérios pedin­do a anu­lação da eleição pres­i­den­cial de 2022 por meio de um golpe mil­i­tar.

A exposição apre­sen­ta 30 fotos feitas por servi­dores da casa e pelo repórter fotográ­fi­co Joéd­son Alves, da Agên­cia Brasil. As ima­gens mostram a destru­ição inter­na do pré­dio e a invasão do Con­gres­so Nacional.

Além dis­so, há a exposição de obje­tos restau­ra­dos, como os azule­jos do painel Ven­ta­nia, de Athos Bul­cão, e oito pre­sentes pro­to­co­lares rece­bidos de país­es estrangeiros, como vasos e escul­turas, que estavam expos­tos em vit­rines do Salão Verde no dia da invasão.

No catál­o­go da exposição, a Câmara dos Dep­uta­dos expli­ca o con­tex­to daque­las man­i­fes­tações afir­man­do que o “obje­ti­vo últi­mo era a deposição do Pres­i­dente que havia ini­ci­a­do o manda­to na sem­ana ante­ri­or, o fechamen­to do Con­gres­so Nacional e a toma­da do poder, con­tan­do com supos­to apoio mil­i­tar”.

“Restaram, na esteira dos fatos ocor­ri­dos, a recon­strução dos danos físi­cos, a restau­ração das obras artís­ti­cas pro­fanadas e a resti­tu­ição sim­bóli­ca dos val­ores da democ­ra­cia, da con­vivên­cia entre difer­entes e opos­tos”, desta­ca o catál­o­go da exposição.

Objetos como testemunhas

Os obje­tos dan­i­fi­ca­dos e restau­ra­dos pela Coor­de­nação de Preser­vação de Con­teú­dos Infor­ma­cionais (Cobec) da Câmara serão apre­sen­ta­dos como teste­munhas da história recente do Brasil. A ideia é mostrar que, assim como os seres vivos, os obje­tos tam­bém car­regam em si os sinais da pas­sagem do tem­po, e dos trau­mas.

“Orig­i­nal­mente sím­bo­los do encon­tro diplomáti­co e das relações fra­ter­nais entre difer­entes nações, estes obje­tos foram dan­i­fi­ca­dos e con­ver­tidos em cen­te­nas de frag­men­tos. Hoje servem de teste­munho dos acon­tec­i­men­tos de 8 de janeiro de 2023”, escreveu Marce­lo de Sá, dire­tor do Museu da Câmara dos Dep­uta­dos.

Dos 46 pre­sentes em exibição naque­le 8 de janeiro, qua­tro sofr­eram danos extrema­mente graves, 10 sofr­eram danos sig­ni­fica­tivos, e 2 estavam desa­pare­ci­dos, sendo um deles pos­te­ri­or­mente devolvi­do ao acer­vo da casa.

“Mes­mo em cacos, as peças des­ta exposição con­tin­u­am seu cur­so e, ain­da que restau­radas, car­regarão mar­cas do que viver­am. As cica­trizes aju­darão a con­tar sua história”, afir­mou Marce­lo de Sá.

Para cumprir esse papel de teste­munhas da história, foram man­ti­das nas peças algu­mas mar­cas da destru­ição.

“Opta­mos, como critério ger­al, por man­ter visíveis as mar­cas ger­adas (que­bras, per­das e man­chas) como uma for­ma de evi­tar o apaga­men­to desse acon­tec­i­men­to da tra­jetória de cada obje­to, assim como da insti­tu­ição em que estão inseri­dos.”

Edição: Denise Griesinger

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