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Camelôs do Rio de Janeiro criam centro de convivência e serviços

Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Espaço servirá como ponto de auxílio e acolhimento aos ambulantes


Pub­li­ca­do em 30/06/2023 — 12:31 Por *Fran­cis­co Eduar­do Fer­reira — Rio de Janeiro

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Como parte das comem­o­rações dos 20 anos de existên­cia, o Movi­men­to Unido dos Camelôs (MUCA) real­iza hoje (30), às 18h, no cen­tro da cap­i­tal flu­mi­nense, a inau­gu­ração do Cen­tro de Refer­ên­cia dos Camelôs do Rio de Janeiro. O local tem o obje­ti­vo de val­orizar e aux­il­iar a cat­e­go­ria, rece­beu apoio do Fun­do Brasil de Dire­itos Humanos e do Fórum Nacional de Refor­ma Urbana e fun­ciona em um imóv­el ocu­pa­do na Rua Marechal Flo­ri­ano.

O espaço terá funções soci­ais e pre­tende rece­ber os tra­bal­hadores para reuniões, prestar assistên­cia jurídi­ca, aux­il­iar nos cadas­tros na prefeitu­ra, ofer­e­cer cur­sos de for­mação e orga­ni­zar a parte admin­is­tra­ti­va do movi­men­to. Tam­bém está sendo presta­do apoio psi­cológi­co aos ambu­lantes, prin­ci­pal­mente após a pan­demia.

Segun­do Maria de Lour­des do Car­mo, coor­de­nado­ra e fun­dado­ra do MUCA, em entre­vista à Agên­cia Brasil, disse que “com a inau­gu­ração estare­mos pron­tos para dar todo o auxílio necessário, dar acol­hi­men­to e orga­ni­zar a cat­e­go­ria”. Existe o pro­je­to para ampli­ar os serviços presta­dos e incluir os entre­gadores de aplica­tivos, dan­do a eles um local para des­can­so, para­da para almoço e car­rega­men­to dos celu­lares, com­ple­men­tou Maria, mais con­heci­da como Maria dos Camelôs.

Além dis­so, o local irá pro­mover even­tos para ger­ar recur­sos e abri­gará um pequeno museu com doc­u­men­tação con­tan­do a história dos camelôs e do MUCA. “O espaço servirá como base de pesquisa para estu­dantes que estão fazen­do mestra­do e doutora­do, inclu­sive já tive­mos muitas vis­i­tas com este intu­ito, já temos no acer­vo algu­mas teses final­izadas, com fotos e livros” con­tou Maria.

Fun­da­do em 2003, no intu­ito de ampli­ar as vozes dos tra­bal­hadores ambu­lantes, o MUCA sobre­vive há 20 anos lutan­do con­tra a crim­i­nal­iza­ção da cat­e­go­ria, pela reg­u­lar­iza­ção dos tra­bal­hadores, pela ocu­pação orga­ni­za­da dos espaços públi­cos, pelos dire­itos humanos e dire­ito ao tra­bal­ho. O movi­men­to se tornou uma impor­tante orga­ni­za­ção pop­u­lar na luta pela defe­sa dos camelôs do Rio de Janeiro.

“Pre­cisamos dar con­tinuidade a esse pro­je­to que aju­dará a nos­sa cat­e­go­ria tão preteri­da e mar­gin­al­iza­da pelo poder públi­co. Onde eles não agem, o MUCA agirá”. Final­i­zou a coor­de­nado­ra.

Tam­bém será entregue à Maria dos Camelôs, a Medal­ha Chiquin­ha Gon­za­ga, hon­raria cri­a­da pela Câmara Munic­i­pal do Rio de Janeiro com o obje­ti­vo de hom­e­nagear per­son­al­i­dades fem­i­ni­nas que recon­heci­da­mente ten­ham se desta­ca­do em prol das causas democráti­cas, human­itárias, artís­ti­cas e cul­tur­ais.

Estão pre­vis­tas as pre­senças de rep­re­sen­tantes de enti­dades e insti­tu­ições como Obser­vatório das Metrópoles, Ouvi­do­ria da Defen­so­ria Públi­ca, Núcleo de Asses­so­ria Jurídi­ca Uni­ver­sitária Pop­u­lar (NAJUP), Cen­tro de Estu­dos da Saúde do Tra­bal­hador e Ecolo­gia Humana (Cesteh/Fiocruz), Justiça Glob­al e Sindi­ca­to Nacional dos Docentes das Insti­tu­ições de Ensi­no Supe­ri­or (ANDES-SN).

*Estag­iário sob super­visão Viní­cius Lis­boa.

Edição: Valéria Aguiar

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