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Caminhos da Reportagem aborda hoje dia a dia dos Cinta Larga

Repro­dução: © Frame Cam­in­hos Reportagem

Programa exibe a vida dos indígenas


Publicado em 12/08/2024 — 09:00 Por Agência Brasil — Brasília

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O dia inter­na­cional dos Povos Indí­ge­nas é comem­o­ra­do em 9 de agos­to. Para lem­brar a data e cel­e­brar a cul­tura indí­ge­na, a TV Brasil via­jou até a Reser­va Roo­sevelt, em Rondô­nia, para con­hecer o dia a dia dos Cin­ta Larga.

Entrar no ter­ritório da etnia não é fácil. “A gente é con­heci­do como povo guer­reiro, mata­dor, que prende, né”, con­ta o cacique Daniel ‘Ron­don’ Cin­ta Larga, respon­sáv­el pela Aldeia Cen­tral da Reser­va Roo­sevelt. “Mas isso acon­te­cia no pas­sa­do”, com­ple­men­ta.

A mudança de per­fil, no entan­to, não sig­nifi­ca que eles não defendam seu povo e sua ter­ra com unhas e dentes. “Estão queren­do a posse do nos­so ter­ritório, e isso os nos­sos guer­reiros não vão admi­tir”, ameaça o cacique ger­al da etnia, Gilmar Cin­ta Larga.

Os indí­ge­nas Cin­ta Larga estão hoje em qua­tro ter­ritórios (Aripuanã, Par­que do Aripuanã, Roo­sevelt e Ser­ra More­na) de dois esta­dos: Mato Grosso e Rondô­nia. Mas, assim como os Yanoma­mi, os Cin­ta Larga con­vivem com a pre­sença ile­gal de inva­sores. “Garimpeiros con­tin­u­am entran­do na nos­sa área”, denun­cia o cacique Oita Mati­na Cin­ta Larga.

A equipe do pro­gra­ma con­seguiu per­mis­são para entrar na Reser­va Roo­sevelt e viu, de per­to, a roti­na dos Cin­ta Larga. Já den­tro da ter­ra indí­ge­na, os repórteres Flavia Peixo­to e Roge­rio Verçoza acom­pan­haram o atendi­men­to da Orga­ni­za­ção Não Gov­er­na­men­tal (ONG) “Doutores da Amazô­nia”.

Saúde

Há dez anos, profis­sion­ais de diver­sas for­mações – de médi­cos a den­tis­tas e de psicól­o­gos a fisioter­apeu­tas – lev­am saúde a indí­ge­nas da Amazô­nia brasileira. A visi­ta mais recente foi aos Cin­ta Larga. “É um proces­so que envolve mais de 150 vol­un­tários den­tro da reser­va. Uma ação muito potente”, diz o fun­dador da orga­ni­za­ção, Caio Macha­do.

His­tori­ca­mente, o con­ta­to com não indí­ge­nas resul­ta em prob­le­mas de saúde para os indí­ge­nas. Com o povo Cin­ta Larga não foi difer­ente. Infe­liz­mente. “Eles incor­po­raram a nos­sa ali­men­tação, e isso tem feito muito mal para eles”, expli­ca o otor­ri­no­laringol­o­gista Luiz Paulo Mon­teiro San­tos.

Ain­da segun­do o médi­co, a dieta na reser­va Roo­sevelt é basea­da em muito car­boidra­to, pou­ca pro­teí­na e quase nada de vit­a­m­i­nas e sais min­erais, o que “tem lev­a­do a uma série de doenças, dis­funções hor­mon­ais, dores mus­cu­lares e, prin­ci­pal­mente, dia­betes”.

Mas, aos poucos, os indí­ge­nas têm retoma­do bons e vel­hos hábitos. “Ago­ra tem uma roça comu­nitária onde a gente plan­ta man­dio­ca, bata­ta e banana”, diz o cacique Daniel ‘Ron­don’ Cin­ta Larga.

Enfer­meiros tam­bém fazem parte da ONG “Doutores da Amazô­nia”, entre eles, Tali­ta Fre­itas Cin­ta Larga. “Eu moro em Por­to Vel­ho, cap­i­tal do esta­do, mas sem­pre ven­ho para o inte­ri­or para aju­dar a min­ha comu­nidade. Esse era o meu foco, né: me for­mar e tra­bal­har com a comu­nidade indí­ge­na”, se emo­ciona.

O episó­dio “Cin­ta Larga: saúde e preser­vação” vai ao ar nes­ta segun­da-feira (12), às 23h, na TV Brasil, emis­so­ra da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação — EBC.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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