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Caminhos da Reportagem conta hoje a história do Cristo Redentor

Repro­dução: © TV Brasil

Estátua símbolo do Brasil faz completa 90 anos esta semana


Pub­li­ca­do em 10/10/2021 — 11:00 Por EBC — Brasília

Imagem mais famosa do Brasil, o Cristo Reden­tor com­ple­ta 90 anos, e a história da sua con­strução ain­da é pouco con­heci­da dos brasileiros. O Cam­in­hos da Reportagem deste domin­go (10) vai falar do pro­je­to auda­cioso que foi erguer um mon­u­men­to de 38 met­ros de altura, no alto do mor­ro do Cor­co­v­a­do, a 710 met­ros do nív­el do mar. E com os braços aber­tos.

“É a história do Brasil que está ali. Envolve a políti­ca, a repúbli­ca, a monar­quia, o Getúlio Var­gas, que inau­gurou (a está­tua),” afir­ma Rodri­go Alvarez, jor­nal­ista e autor do livro Reden­tor, lança­do para o aniver­sário do Cristo Reden­tor. “Há um grande con­tex­to brasileiro no Cristo Reden­tor. Não é à toa que quan­do tem um prob­le­ma no Brasil, as revis­tas inter­na­cionais colo­cam o Cristo na capa. O Cristo é a imagem do Brasil”, con­clui.

Repro­dução: Rodri­go Alvarez, autor do livro Reden­tor — TV Brasil

Por muito tem­po a doc­u­men­tarista Bel Noron­ha, assim como mui­ta gente, chegou a acred­i­tar num mito de que a está­tua teria sido um pre­sente da França para o Brasil. Ela acha­va que a família esta­va exageran­do quan­do ouvia em casa “vovô fez o Cristo”. Até que começou a pesquis­ar o assun­to para a real­iza­ção do doc­u­men­tário Chris­to Redemp­tor (2005) e depois De braços aber­tos (2008) e res­ga­tou memórias e doc­u­men­tos que estavam sendo esque­ci­dos.

Repro­dução:  Bel Noron­ha res­ga­tou memórias da história do Cristo Reden­tor para pro­duzir doc­u­men­tários — TV Brasil

Bel Noron­ha é bis­ne­ta de Heitor da Sil­va Cos­ta, o engen­heiro e arquite­to que venceu um con­cur­so orga­ni­za­do por um grupo de católi­cos em 1921 com a final­i­dade de pro­mover a con­strução de uma está­tua em hom­e­nagem a Jesus Cristo para o cen­tenário da inde­pendên­cia, no ano seguinte. Foi o brasileiro que lid­er­ou o pro­je­to, da con­cepção até a entre­ga da obra, em 12 de out­ubro de 1931.

O teól­o­go Alexan­dre Pin­heiro, coor­de­nador do Núcleo de Acer­vo e Memória do Cristo Reden­tor, con­ta que não foi fácil na época con­seguir a autor­iza­ção do gov­er­no repub­li­cano para a obra. Um abaixo-assi­na­do de 20 mil mul­heres, lid­er­adas pela escrito­ra Lau­ri­ta Lac­er­da, aju­dou a vencer a resistên­cia do então pres­i­dente Epitá­cio Pes­soa.

A arquid­io­cese do Rio de Janeiro orga­ni­zou uma cam­pan­ha de arrecadação de fun­dos que mobi­li­zou não só o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil. Toda a con­strução do Cristo foi finan­cia­da com o din­heiro das doações dos brasileiros, desta­ca Pin­heiro.

Heitor da Sil­va Cos­ta bus­cou parce­rias na França para a obra. Para faz­er os cál­cu­los estru­tu­rais, con­tra­tou o engen­heiro Alber­to Caquot e para faz­er a está­tua, o escul­tor Paul Landows­ki, grande expoente do movi­men­to art déco. Landows­ki man­dou a maque­te de 4 met­ros para o Brasil de navio. As cabeças e as mãos foram feitas em taman­ho nat­ur­al.

Repro­dução: Con­strução do Cristo Reden­tor– TV Brasil

A escul­tura foi repro­duzi­da em con­cre­to arma­do e revesti­da em pedra-sabão. Gru­pos de mul­heres se reu­ni­am na casa paro­quial para faz­er os mosaicos que eram pos­te­ri­or­mente apli­ca­dos na está­tua. Muitas escrever­am os nomes de namora­dos e out­ras pes­soas queri­das atrás das pecin­has.

A qual­i­dade da obra impres­siona a arquite­ta e escul­to­ra Cristi­na Ven­tu­ra, coor­de­nado­ra da mais recente restau­ração do Cristo. “Os engen­heiros, os arquite­tos, os escul­tores foram auda­ciosos do mes­mo jeito que toda aque­la galera que ficou aqui, sem EPI (equipa­men­to de pro­teção indi­vid­ual), com um dese­jo enorme. Eu fico imag­i­nan­do isso quan­do nós, da equipe, faze­mos as coisas com tan­to amor, imag­i­na pra eles que estavam con­stru­in­do o Cristo Reden­tor. Que tipo de com­pro­mis­so que essa galera não tin­ha aqui, sabe?”, reflete Cristi­na.

Para o aniver­sário de 90 anos foram feitos reparos emer­gen­ci­ais em partes que havi­am sido dan­i­fi­cadas pelas intem­péries: tre­chos do man­to, dedo dire­ito e parte frontal da cabeça. Além dis­so, como parte da manutenção pre­ven­ti­va, o Cristo gan­hou uma estação mete­o­rológ­i­ca, que vai medir os ven­tos que atingem a está­tua. Gan­hou tam­bém para-raios reforça­dos.

O Cam­in­hos da Reportagem vai ar neste domin­go, às 20h, na TV Brasil.

A ínte­gra do Cam­in­hos da Reportagem fica disponív­el no site do pro­gra­ma.

 

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