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Caminhos da Reportagem mostra hospitais que atendem pelo SUS

Repro­du­ção: © Divul­ga­ção TV Bra­sil

Referências em saúde pública, hospitais estão ao alcance da população


Publi­ca­do em 14/08/2022 — 10:17 Por EBC — Bra­sí­lia

Ouça a maté­ria:

Para mos­trar as alter­na­ti­vas ofe­re­ci­das pela rede públi­ca que estão ao alcan­ce de toda a popu­la­ção, o Cami­nhos da Repor­ta­gem des­te domin­go (14) reve­la os hos­pi­tais que ofe­re­cem aten­di­men­tos pelo Sis­te­ma Úni­co de Saú­de (SUS) que são refe­rên­ci­as em saú­de no país. Entre eles, está o Ins­ti­tu­to do Cân­cer do Esta­do de São Pau­lo (Icesp). O pro­gra­ma vai ao ar às 22h na TV Bra­sil.

A onco­lo­gis­ta Maria Del Pilar Este­vez, dire­to­ra do cor­po clí­ni­co do ins­ti­tu­to, con­ta­bi­li­za: “Temos 45 mil paci­en­tes ati­vos, em tra­ta­men­to den­tro do ins­ti­tu­to”. Ela diz que é impor­tan­te tra­zer espe­ran­ça para todos eles.

Foi lá que conhe­ce­mos a paci­en­te Cin­tia Ade­li­ta, que esta­va cer­ca­da pelos fun­ci­o­ná­ri­os do hos­pi­tal. Tocan­do o sino que anun­cia a cura de quem enfren­tou a doen­ça, ela nos con­tou sobre o seu alí­vio. “Vári­as vezes, quan­do eu che­ga­va aqui, eu via gen­te tocan­do. E eu falei: Um dia eu vou che­gar lá tam­bém. Eu vou tocar [o sino]”. Depois de pas­sar por ses­sões de qui­mi­o­te­ra­pia, per­der par­te dos cabe­los, enfren­tar cirur­gia e radi­o­te­ra­pia, Cin­tia come­mo­ra: “Foi uma vitó­ria mui­to gran­de. Hoje estou cura­da”.

Paciente curada de câncer
Repro­du­ção: Paci­en­te Cin­tia Ade­li­ta toca o sino anun­ci­an­do a cura — Divul­ga­ção TV Bra­sil

Outro cen­tro de refe­rên­cia reco­nhe­ci­do den­tro e fora do país é o Hos­pi­tal de Rea­bi­li­ta­ção de Ano­ma­li­as Cra­ni­o­fa­ci­ais, liga­do à Uni­ver­si­da­de de São Pau­lo (USP), de Bau­ru. Conhe­ci­do por Cen­tri­nho, dedi­ca até hoje 100% de sua capa­ci­da­de ins­ta­la­da aos usuá­ri­os do SUS. 

“Nós somos o mai­or cen­tro SUS do Bra­sil, um dos mai­o­res na Amé­ri­ca Lati­na. Somos pio­nei­ros nes­sa área de rea­bi­li­ta­ção, e entre essa ano­ma­lia cra­ni­o­fa­ci­al, a mais comum é a fis­su­ra labi­o­pa­la­ti­na. E isso inter­fe­re na fala, na comu­ni­ca­ção, na esté­ti­ca, e, obvi­a­men­te, na ali­men­ta­ção”, expli­ca Luiz Fer­nan­do Man­zo­ni, dire­tor clí­ni­co do Cen­tri­nho.

Thaís Sou­za, mãe de paci­en­te do Cen­tri­nho, relem­bra os per­cal­ços enfren­ta­dos pelo filho, que está em tra­ta­men­to no hos­pi­tal. “Ele se ali­men­ta­va e saía pelo nariz. Como era aber­to o céu da boca, vol­ta­va tudo. Ele fechou o céu da boca e fechou os lábi­os”, expli­ca.

“Ao lon­go da vida, outras cirur­gi­as vão sen­do fei­tas a depen­der do tama­nho da fis­su­ra e do com­pro­me­ti­men­to da fis­su­ra. Outras moda­li­da­des de tra­ta­men­to são neces­sá­ri­as, como apa­re­lhos ortodôn­ti­cos para cor­ri­gir a posi­ção dos den­tes e tera­pi­as de fala. Mui­tas vezes o paci­en­te tem que apren­der a engo­lir cor­re­ta­men­te. E para isso é neces­sá­ria uma equi­pe bem gran­de de pro­fis­si­o­nais de dife­ren­tes áre­as da saú­de”, dis­se Car­los San­tos, supe­rin­ten­den­te do HRAC/USP.

Hoje, o Cen­tri­nho já ultra­pas­sou a mar­ca de mais de 100 mil paci­en­tes aten­di­dos nas áre­as de fis­su­ras labi­o­pa­la­ti­nas, ano­ma­li­as cra­ni­o­fa­ci­ais con­gê­ni­tas e defi­ci­ên­cia audi­ti­va.

Tratamento de fissura labiopalatal no Centrinho
Repro­du­ção: Tra­ta­men­to de fis­su­ra labi­o­pa­la­tal no Cen­tri­nho — Divul­ga­ção TV Bra­sil

Ali tam­bém encon­tra­mos Clí­via Don­za, mãe do meni­no Arthur. Ela dis­se que com ape­nas 3 meses de vida, por con­ta da má for­ma­ção do cora­ção e com­pli­ca­ções pos­te­ri­o­res, ele per­deu a audi­ção dos dois ouvi­dos. “Eu des­con­fi­ei da per­da audi­ti­va por­que ele não tinha nenhu­ma rea­ção aos sons. Eu nem ima­gi­na­va que uma cri­an­ça sur­da pode­ria falar. Quan­do eu che­guei aqui e eu vi uma cri­an­ça implan­ta­da, eu fiquei mara­vi­lha­da com a pos­si­bi­li­da­de do meu filho poder ouvir”. E com­ple­ta: “Se eu fos­se fazer isso de for­ma par­ti­cu­lar, eu não teria con­di­ções de fazer”.

O meni­no Arthur Don­za tam­bém expres­sa os resul­ta­dos do tra­ta­men­to por meio de uma fala cla­ra e fir­me: “Eu estou aqui escu­tan­do, len­do, falan­do, gra­ças ao Cen­tri­nho. E eu sou mui­to gra­to”.

Na cida­de de Jaú, inte­ri­or de São Pau­lo, o Hos­pi­tal Ama­ral Car­va­lho, refe­rên­cia em tra­ta­men­to onco­ló­gi­co e trans­plan­te de medu­la óssea, é outro cen­tro que traz boas his­tó­ri­as de recu­pe­ra­ção. Wan­der­son Pai­va, que teve um lon­go tra­ta­men­to para trans­plan­tar a medu­la, já come­mo­ra. “Você se sen­te nas­cen­do de novo, depois de 6 meses inter­na­do”. Ele expli­ca que rece­beu a medu­la de seu irmão. “Não dói nada”, dis­se, acres­cen­tan­do o lema para outros pos­sí­veis doa­do­res: “Sal­var uma vida é mui­to impor­tan­te”.

Já a Rede de Rea­bi­li­ta­ção Lucy Mon­to­ro, que aten­de pelo SUS, rea­li­za mais de 100 mil aten­di­men­tos por mês. Ela for­ne­ce órte­ses, pró­te­ses e mei­os auxi­li­a­res para a loco­mo­ção dos debi­li­ta­dos. É refe­rên­cia no uso de tera­pi­as de alta tec­no­lo­gia que envol­vem a robó­ti­ca. A rea­li­da­de vir­tu­al asso­ci­a­da ao exo­es­que­le­to é uma gran­de ali­a­da que per­mi­te uma inte­ra­ção lúdi­ca do paci­en­te e reduz o tem­po de tra­ta­men­to. “O paci­en­te ves­te a arma­du­ra e ele tem uma incrí­vel segu­ran­ça e uma aju­da nes­se sis­te­ma para come­çar a desen­vol­ver o padrão de mar­cha”, expli­ca a ide­a­li­za­do­ra da Rede Lucy Mon­to­ro, Lina­ma­ra Bat­tis­tel­la.

Uso de exoesqueleto na reabilitação de paciente
Repro­du­ção: Uso de exo­es­que­le­to na rea­bi­li­ta­ção de paci­en­te — Divul­ga­ção TV Bra­sil

O paci­en­te do ins­ti­tu­to Antô­nio Car­los Man­guei­ra con­ta sobre os seus resul­ta­dos. “Eu vim para cá pra­ti­ca­men­te arras­ta­do. Depois pas­sei para cadei­ra de rodas, con­se­gui a ben­ga­la de qua­tro pon­tas e depois uma [ben­ga­la] de uma pon­ta só. Hoje con­si­go andar pou­cos pas­sos sem usar nada”, dis­se.

Depois do AVC que afe­tou o lado esquer­do do cor­po, Oswal­do Tana­ka aca­bou fican­do na mão com o con­vê­nio que tinha e pas­sou a ser tra­ta­do no cen­tro de rea­bi­li­ta­ção.

“Se não fos­se a rede públi­ca, eu esta­ria per­di­do. Eu sen­ti que o que esse cen­tro de rea­bi­li­ta­ção faz é um aco­lhi­men­to mui­to impor­tan­te. Eles conhe­cem a gra­vi­da­de, ava­li­am direi­ti­nho, e colo­cam o esfor­ço pos­sí­vel para você come­çar a acre­di­tar na recu­pe­ra­ção, na rea­bi­li­ta­ção. Acho que esse apoio e vín­cu­lo soci­o­a­fe­ti­vo e psi­co­ló­gi­co foi mui­to impor­tan­te. Por­que em algum momen­to, à medi­da que você não con­se­gue comer, você fica deses­pe­ra­do. Eles con­se­gui­ram atra­vés de um tra­ba­lho mul­ti­pro­fis­si­o­nal tam­bém não dei­xar que eu entras­se em deses­pe­ro e nem desis­tis­se”, con­clui Oswal­do.

Repor­ta­gem

Sarah Qui­nes

Isa­bel Série

Pro­du­ção 

Sarah Qui­nes

Dei­se Macha­do

Apoio à pro­du­ção 

Acá­cio Bar­ros

Leo­nar­do Cat­to

Ima­gens

Pedro Gomes

Gil­mar Vaz

Auxí­lio téc­ni­co 

João Batis­ta de Lima

Jone Fer­rei­ra

Rotei­ro e edi­ção de tex­to

Sarah Qui­nes

Edi­ção de ima­gem

Fábio Pou­sa

Fina­li­za­ção 

Fábio Pou­sa

Arte

Pâme­la Lopes

LOGO AG BRASIL

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