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Campanha alerta sobre os riscos do feminicídio

Repro­du­ção: © Mar­cos Santos/USP

O Ligue 180 é uma das principais ferramentas


Publi­ca­do em 20/11/2021 — 15:31 Por Agên­cia Bra­sil — São Pau­lo

Os ris­cos do femi­ni­cí­dio é o tema da cam­pa­nha lan­ça­da nes­te sába­do (20), com o slo­gan “Vio­lên­cia con­tra a mulher: sua evo­lu­ção leva ao femi­ni­cí­dio. Obser­ve os sinais. Denun­cie”. A ini­ci­a­ti­va, do Minis­té­rio da Mulher, da Famí­lia e dos Direi­tos Huma­nos (MMFDH), inte­gra as ações dos 21 Dias de Ati­vis­mo pelo Fim da Vio­lên­cia con­tra as Mulhe­res.

Repro­du­ção: Fol­der da cam­pa­nha con­tra o femi­ni­cí­dio — Minis­té­rio da Mulher, da Famí­lia e dos Direi­tos Huma­nos

A cam­pa­nha naci­o­nal abran­ge a pro­du­ção de víde­os, spots para uso em rádio comu­ni­tá­ri­as e par­cei­ras, cards edu­ca­ti­vos, enque­tes inte­ra­ti­vas des­ti­na­das às redes soci­ais, car­ta­zes, fol­ders e outras peças de cunho publi­ci­tá­rio. Os mate­ri­ais tam­bém têm a pro­pos­ta de esti­mu­lar a cul­tu­ra da denún­cia.

O Ligue 180, a Cen­tral de Aten­di­men­to à Mulher, é uma das prin­ci­pais fer­ra­men­tas para ini­ci­ar o aci­o­na­men­to de toda a rede de pro­te­ção às pes­so­as em situ­a­ção de vio­lên­cia.

No que se refe­re aos núme­ros do Ligue 180, ape­nas de julho do ano pas­sa­do a novem­bro des­te ano, mais de 97,4 mil denún­ci­as de vio­lên­cia domés­ti­ca e fami­li­ar con­tra a mulher foram regis­tra­das. Outras vio­la­ções soma­ram mais de 24,5 mil casos no perío­do.

Fatores de risco

A secre­tá­ria Naci­o­nal de Polí­ti­cas para as Mulhe­res, Cris­ti­a­ne Brit­to, expli­ca que, segun­do o Códi­go Penal bra­si­lei­ro, o femi­ni­cí­dio con­sis­te no assas­si­na­to come­ti­do em razão do sexo femi­ni­no. Em resu­mo, é quan­do o cri­me envol­ve vio­lên­cia domés­ti­ca e fami­li­ar ou menos­pre­zo e dis­cri­mi­na­ção à con­di­ção de mulher.

“Lem­bro a todos que o femi­ni­cí­dio é o final do cha­ma­do ciclo da vio­lên­cia. Até che­gar nes­sa situ­a­ção, geral­men­te come­ça com algo con­si­de­ra­do por mui­tos como sim­ples, seja um empur­rão ou agres­são ver­bal, por exem­plo. Nós mulhe­res pre­ci­sa­mos estar aten­tas aos sinais que envol­vem vio­lên­cia físi­ca, psi­co­ló­gi­ca, moral, sexu­al, patri­mo­ni­al e as situ­a­ções de ris­co”, aler­ta a ges­to­ra.

Entre os fato­res de ris­co para o femi­ni­cí­dio, estão o iso­la­men­to soci­al, a ausên­cia de rede de ser­vi­ços de saú­de e pro­te­ção soci­al bem estru­tu­ra­da e inte­gra­da, a pou­ca cons­ci­ên­cia de direi­tos, his­tó­ri­co de vio­lên­cia fami­li­ar, trans­tor­nos men­tais, uso abu­si­vo de bebi­das e dro­gas, depen­dên­cia afe­ti­va e econô­mi­ca, pre­sen­ça de padrões de com­por­ta­men­to mui­to rígi­dos, exclu­são do mer­ca­do de tra­ba­lho, defi­ci­ên­ci­as, vul­ne­ra­bi­li­da­des rela­ci­o­na­das a fai­xas etá­ri­as e esco­la­ri­da­de.

Ativismo

O movi­men­to pro­pos­to pela Orga­ni­za­ção das Nações Uni­das (ONU), 16 Dias de Ati­vis­mo pelo Fim da Vio­lên­cia con­tra as Mulhe­res, ocor­re todos os anos em mais de 150 paí­ses, com ati­vi­da­des de cons­ci­en­ti­za­ção e mobi­li­za­ção. No Bra­sil, os even­tos são pro­mo­vi­dos duran­te 21 dias. A pro­gra­ma­ção come­ça de for­ma ante­ci­pa­da em 20 de novem­bro, Dia Naci­o­nal da Cons­ci­ên­cia Negra, e vai até 10 de dezem­bro, Dia Inter­na­ci­o­nal dos Direi­tos Huma­nos.

Edi­ção: Fer­nan­do Fra­ga

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