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Campanha da Voz terá 96 dias de exames para fumantes

Repro­dução: © Divulgação/Banco Mundial/ONU

Serão feitas 12 mil avaliações de pacientes em vários estados


Pub­li­ca­do em 01/04/2023 — 07:55 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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A 25ª Cam­pan­ha da Voz, pro­movi­da pela Acad­e­mia Brasileira de Laringolo­gia e Voz e pela Asso­ci­ação Brasileira de Otor­ri­no­laringolo­gia e Cirur­gia Cér­vi­co-Facial, começa neste sába­do (1º), ofer­e­cen­do 96 dias de exam­es gra­tu­itos para avali­ação da boca e gar­gan­ta de fumantes com mais de 40 anos e que ten­ham per­cepção de incô­mo­d­os ness­es dois órgãos. “Os exam­es são a nos­sa pri­or­i­dade”, disse à Agên­cia Brasil o coor­de­nador da ini­cia­ti­va, Mar­cos André de Sar­vat.

Essas doenças podem evoluir para tumores caso não sejam tratadas logo. “Quer­e­mos ofer­e­cer atendi­men­to mais cedo”, afir­mou.

O obje­ti­vo é faz­er um diag­nós­ti­co pre­coce que pode sal­var a vida de muitos fumantes “e faz­er com que parem de fumar. O sis­tema tem que ofer­e­cer condições para que se inter­rompa o vício que, infe­liz­mente, pegou tan­ta gente na juven­tude”.

As estatís­ti­cas mostram que, entre as pes­soas que fumam, a incidên­cia de câncer de boca e gar­gan­ta é de oito a dez vezes maior do que entre as que não fumam. “As pes­soas têm que ser aju­dadas e parar de fumar”, acres­cen­tou.

A Cam­pan­ha da Voz 2023 tem como tema “Afine a sua saúde; cuide da sua voz”. Ela vai comem­o­rar o Dia Mundi­al da Voz, em 16 de abril, e terá a par­tic­i­pação dos atores Taís Araújo e Mar­co Nani­ni como embaix­adores para a pre­venção do câncer da boca e da gar­gan­ta.

Dimensão maior

Mar­cos de Sar­vat salien­tou que este ano a Cam­pan­ha da Voz se jun­tou à Cam­pan­ha Jul­ho Verde, da Sociedade Brasileira de Cirur­gia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), de pre­venção e con­sci­en­ti­za­ção do câncer de cabeça e pescoço, para dar uma dimen­são maior à oper­ação, a ser real­iza­da durante 96 dias.

“Vamos aten­der mais gente em mais tem­po. É muito mais fácil para os médi­cos e para os pacientes”, expli­cou. Os mutirões de exam­es e atendi­men­to médi­co espe­cial­iza­do gra­tu­ito ocor­rerão em unidades públi­cas e pri­vadas de diver­sas cidades do Brasil, entre os dias 10 de abril e 31 de jul­ho.

Os inter­es­sa­dos podem faz­er o agen­da­men­to pelo site www.bocaegarganta.com.br a par­tir do dia 3 deste mês.

Estão sendo ofer­e­ci­dos 12 mil exam­es no país. Par­tic­i­parão do mutirão 150 unidades de saúde, engloban­do serviços públi­cos e pri­va­dos.

O coor­de­nador da cam­pan­ha espera que esse número chegue a 200 unidades. Ele rev­el­ou que o Brasil apre­sen­ta oito mil casos de câncer de laringe por ano e 25 mil ocor­rên­cias de câncer de boca/ano.

Segun­do a Orga­ni­za­ção Mundi­al de Saúde (OMS), os tumores encon­tra­dos na tireoide, boca, faringe, laringe, paratireoide, glân­du­las sali­vares, pescoço e face estão entre os dez mais comuns no mun­do. A chance de cura de um tumor na laringe e cor­da vocal, se for descober­to na fase ini­cial, é de 95%.

“Ficam cura­dos com pequenos pro­ced­i­men­tos”, acres­cen­tou. No Brasil, entre­tan­to, a cura ben­e­fi­cia somente 33% dos doentes. “Mas a gente pode mel­ho­rar muito isso. Reduz a fila, o sofri­men­to, depois a per­da e reduz tam­bém o cus­to do trata­men­to porque, se o tumor for grande, o cus­to é muito maior, inclu­sive para o próprio Esta­do”, expli­cou.

Sintomas

Alguns sin­tomas podem aler­tar a pes­soa sobre algo que não vai bem. Entre eles, a feri­da na boca, dor para engolir, inchaço na boca e afta que não some e cresce.

Na gar­gan­ta, chamam a atenção tam­bém a difi­cul­dade de engolir, pigar­ro insis­tente e difi­cul­dade para res­pi­rar. “São incô­mo­d­os na gar­gan­ta que per­sis­tem por algu­mas sem­anas”, salien­tou.

A pri­or­i­dade, con­tu­do, é deixar o hábito do fumo. Mar­cos obser­vou que a segun­da eta­pa é o trata­men­to.

“Esse é out­ro obstácu­lo que nós temos que super­ar. Nós temos filas para trata­men­to”. Ele ressaltou que, se hou­ver mais tumor ini­cial no país e menos tumor avança­do, vai ser muito mais viáv­el para o sis­tema de saúde nacional tratar. “É para isso que a gente está ten­tan­do colab­o­rar. A sol­i­dariedade é fun­da­men­tal nesse proces­so”, con­cluiu.

 

Edição: Kle­ber Sam­paio

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