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Campeão geral, SP termina Jogos da Juventude com brilho no basquete

Repro­dução: © Alexan­dre Loureiro/COB

Paulistas chegam a 107 medalhas e 45 ouros, 21 a mais que o vice, RJ


Pub­li­ca­do em 17/09/2023 — 13:08 Por Lin­coln Chaves de Oliveira — Repórter da EBC — Brasília

Assim como a camisa dez é rec­hea­da de sim­bolis­mo no fute­bol, graças a Pelé, a 23 tem grande rep­re­sen­ta­tivi­dade para o bas­quete. Foi com o número às costas que Michael Jor­dan encan­tou o mun­do com a bola laran­ja nas mãos, defend­en­do o Chica­go Bulls, time da NBA, liga norte-amer­i­cana da modal­i­dade, nos anos 1990.

Na equipe fem­i­ni­na que rep­re­sen­tou São Paulo nos Jogos da Juven­tude, a respon­s­abil­i­dade de vestir a 23 foi de Isado­ra Dutra. É ver­dade que a jovem, de 17 anos, que­ria mes­mo usar a camisa 30, do ído­lo Stephen Cur­ry, estrela da NBA. Não foi pos­sív­el, mas Isado­ra fez jus ao uni­forme que uti­li­zou. A garo­ta foi a pro­tag­o­nista do time paulista na decisão do bas­quete con­tra o Paraná, no giná­sio do Sesi de Ribeirão Pre­to (SP), no sába­do (16) à tarde. As anfitriãs gan­haram por 77 a 61 e asse­gu­raram a 107ª e últi­ma medal­ha do esta­do no even­to, sendo a 45ª doura­da. O detal­he é que, lá atrás, o esporte com bola que mex­ia com Isado­ra era out­ro.

“Sem­pre gostei muito de fute­bol, mas min­ha mãe não me deixou jog­ar. Quan­do tin­ha 9 anos, min­ha tia me lev­ou ao bas­quete, come­cei a treinar e estou até hoje. Ain­da gos­to de fute­bol, mas sou apaixon­a­da por bas­quete”, con­tou a garo­ta, que tam­bém é fã de Tainá Paixão, armado­ra da seleção brasileira e que, inclu­sive, já dis­putou os Jogos da Juven­tude.

16.09.2023- Jogos da Juventude 2023 - Ribeirao Preto (SP) - de 01 a 16 de Setembro - Basquete Feminino - 1 Divisao - Final - SP X PR - Foto:Alexandre Loureiro/COB
Repro­dução: 16.09.2023- Jogos da Juven­tude 2023 — Ribeirao Pre­to (SP) — de 01 a 16 de Setem­bro — Bas­quete Fem­i­ni­no — 1 Divisao — Final — SP X PR — Foto:Alexandre Loureiro/COB — Alexan­dre Loureiro/COB

Com­pan­heira de time de Isado­ra, Gio­vana Vic­tória tam­bém foi do fute­bol para o bas­quete, onde faz valer a estatu­ra priv­i­le­gia­da de 1,90 metro, ten­do somente 16 anos. Muitas das ces­tas paulis­tas na final sur­gi­ram de bolas recu­per­adas por Gio­vana. O entrosa­men­to se expli­ca: a base da equipe de São Paulo foi for­ma­da por atle­tas de Itat­i­ba (SP), vence­do­ras dos Jogos Aber­tos da Juven­tude do esta­do, em Tatuí (SP).

“A gente lutou até o final, não desis­tiu em nen­hum momen­to. Viemos com isso na cabeça, de que éramos boas e poderíamos gan­har”, cele­brou Gio­vana, que tem como refer­ên­cia a pivô Aline Moura, jogado­ra da seleção brasileira, campeã da edição deste ano da Liga de Bas­quete Fem­i­ni­no (LBF) pelo Sesi Araraquara e tam­bém de Itat­i­ba.

Se a final fem­i­ni­na foi ven­ci­da pelo esta­do que ter­mi­nou os Jogos na lid­er­ança do quadro de medal­has, a mas­culi­na — que decre­tou o últi­mo campeão do even­to de 2023 — decid­iu, tam­bém, o segun­do lugar ger­al. Em um con­fron­to dire­to entre Rio de Janeiro e San­ta Cata­ri­na, os flu­mi­nens­es gan­haram por 76 a 58 e chegaram ao 24º ouro em Ribeirão Pre­to, dois a mais que os catari­nens­es.

Mes­mo assim, a pre­sença da equipe do Sul na decisão, por si só, ren­deu uma das boas histórias dos Jogos. Foi para ver os fil­hos em quadra na final que as famílias de Hen­rique Faust e Gabriel Vig­no­la se mobi­lizaram para encar­ar cer­ca de 900 quilômet­ros de Rio do Peixe (SC) até a sede do even­to.

“A gente con­ver­sou e decid­iu: se eles forem para a final, vamos jun­tos. Eles vence­r­am e não íamos deixá-los na mão, era um com­pro­mis­so. Foram 14 horas de viagem de car­ro. Seria um momen­to impor­tante para eles, inde­pen­den­te­mente do resul­ta­do”, disse Vanil­lo Vig­no­la, poli­cial mil­i­tar e pai de Gabriel.

“Foi uma lou­cu­ra [risos]. Esta­va no inter­va­lo [da semi­fi­nal] e fui arru­man­do as coisas, toman­do ban­ho. Quan­do deu o final do jogo, peg­amos a estra­da. Fomos até Curiti­ba, ten­ho uma irmã que mora ali. Dormi­mos e às seis da man­hã via­jamos. Der­am acho que umas nove horas de Curiti­ba até aqui”, com­ple­tou Mau­ri­na da Sil­va, cabel­ereira e mãe de Hen­rique.

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16.09.2023- Jogos da Juventude 2023 - Ribeirao Preto (SP) - de 01 a 16 de Setembro - Basquete Feminino - 1 Divisao - Final - SP X PR - Foto:Alexandre Loureiro/COB
Repro­dução: 16.09.2023- Jogos da Juven­tude 2023 — Ribeirao Pre­to (SP) — de 01 a 16 de Setem­bro — Bas­quete Fem­i­ni­no — 1 Divisao — Final — SP X PR — Foto:Alexandre Loureiro/COB — Alexan­dre Loureiro/COB

Após reunirem cer­ca de qua­tro mil atle­tas em 18 modal­i­dades, durante16 dias de com­petição, os Jogos em Ribeirão Pre­to chegaram ao fim, mas os próx­i­mos já têm lugar para acon­te­cer. Em 2024, o even­to retornará a Blu­me­nau (SC), que o sediou em 2019, últi­ma edição antes da pan­demia da covid-19. A data ain­da será defini­da.

“Temos abso­lu­ta certeza de que, cin­co anos depois, temos uma rede hoteleira maior e mel­hor, mais insta­lações esporti­vas e mel­hores. Aque­las que ain­da não mel­ho­ramos, sofr­erão inter­venção até o iní­cio dos Jogos. Os atle­tas que estiverem conosco, cer­ta­mente, encon­trarão uma estru­tu­ra digna do even­to”, garan­tiu o coor­de­nador do Comitê Orga­ni­zador Local dos Jogos em Blu­me­nau, Paulo Funke.

“Tive­mos uma edição formidáv­el [em Ribeirão Pre­to], com cin­co mil pes­soas, entre atle­tas, ofi­ci­ais, téc­ni­cos e árbi­tros, além de novas modal­i­dades olímpi­cas. A ideia é ter­mos um even­to cada vez mais robus­to. Para isso, temos de voltar para casa, refle­tir sobre como foi, de fato, a edição de 2023 para, aí sim, decidirmos sobre a inclusão de novos esportes”, con­cluiu o dire­tor dos Jogos da Juven­tude e mem­bro do Comitê Olímpi­co do Brasil (COB), Ken­ji Saito.

Edição: Aécio Ama­do

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